Sei que sou sem jeito, sem graça e nem tenho o melhor humor do mundo. Sou assim, e não é porque queira me fazer de diferente dos outros e nem melhor, superior. Aliás nem sei se ser assim pode-se chamar superior. Superior em que? Só se for em desânimo, em falta de jeito. Não gosto de ser assim, mas sou assim. O que vou fazer? Cada um tem um jeito particular de ser. E eu sou muito reservada. Acho que isso me faz ser desse jeito. Mas de uma coisa sei que posso me orgulhar. Sou amiga. Não quero o mal de ninguém. Até quem me faz mal eu prefiro relevar. Não gosto de conflitos. Não gosto de desacordos. Quero ficar bem com todos. Pena que ficar bem com todos não depende só da gente. É uma relação de reciprocidade. E assim acontecem distanciamentos e julgamentos desnecessários e injustos. Prefiro pensar de forma mais leve, menos carregada e sem juízos errados. Sou assim. Mas não sou perfeita, como, aliás ninguém é. Cometo erros, muitos erros e me sinto mal, muito mal por isso.
Eu não quero o mal do mundo. Não quero que todos se danem. Quero bons sentimentos, quero leveza de alma, olhares carinhosos e bons amigos.
