sexta-feira, 31 de março de 2023

Me ouve, Senhor!

Meu Senhor, o que está acontecendo? O peso ficou maior agora. Me ajuda! Minha filha tá frágil e eu não aguento isso. Retira dela toda essa ansiedade que faz doer, comprimir cabeça, coração e estômago. Escuta meu pedido, Senhor!

domingo, 19 de março de 2023

Adubo

Que essa merda toda que tô vivendo vire adubo. Ao menos terá valido alguma coisa boa pra algo importante.

quinta-feira, 16 de março de 2023

Falsas impressões

Tô cansada de me fazer forte o tempo todo. Muito cansada. Só eu sei o que isso demanda. O que anda me destruindo. Não achei que o início da minha vida madura fosse ser tão difícil, tão cheia de crises, de medos, dúvidas, inseguranças. A gente quando é jovem acha que o adulto é maduro, bem resolvido, que não tem mais tantos problemas... Principalmente os psicológicos. E não é assim. É uma luta diária. Tem que ter muita força e coragem. Física e mental. E eu não tô conseguindo me manter com equilíbrio necessário pra me sentir bem, apesar de tudo. É duro sentir tudo isso e não saber o que fazer, ficar sem ação. A ansiedade brota rapidamente. E de repente o tempo voa e vemos nossa vida num caos.

terça-feira, 14 de março de 2023

Prioridades

Algumas coisas têm me deixado muito triste, mas uma, especificamente essa semana, me deixou ainda mais triste e chocada. E cada vez que eu penso nisso, volta a tristeza.
Meu irmão caçula, Lelek, mora na casa dos meus pais desde que se separou, já faz uns 13 anos. De lá para cá viveu na aba deles. Nunca pagou uma conta pra ajudar, nunca fez compras, nunca se mexeu nesse sentido. Meu pai faleceu faz pouco mais de um ano, depois de praticamente quase doze anos acamado devido um AVC. E ele se mantém agora na aba da minha mãe, que agora também está doente e precisa de cuidados. Nós, seus filhos, fazemos o que podemos, só que, ao meu olhar, só fazemos o necessário, poderíamos fazer mais. A minha mãe trabalhou pra gente, nos ajudou em muita coisa. Principalmente na construção das nossas casas. E continuou nos dando assistência financeira, mesmo a gente tendo nosso trabalho, nosso salário, nossas vidas. Fez até não poder mais. 
Meu irmão que mora na casa dela, protagonizou uma cena lamentável essa semana. A história foi a seguinte: nosso outro irmão, o do meio, Giovane, é quem cuida das finanças dela, paga as contas com os ganhos de sua aposentadoria, da pensão do meu pai e das casas alugadas da minha mãe. Lelek, desde que voltou a morar na casa dos nossos pais, como eu disse, não tem custo algum com nada que não seja ele próprio. Tudo é na conta da minha mãe. Então, o gás de cozinha acabou e Giovane, que tem o dinheiro da nossa mãe nas mãos, se recusou a comprar o botijão dizendo que quem tinha que comprar era ele, porque tem usado bastante o fogão. Com a nova namorada que ele leva para lá, eles têm cozinhado bastante e nada mais justo que ele comprasse com o dinheiro dele. Só comem, bebem e dormem. E passeiam. Vida boa, né? Aí não prestou. Rolou uma desavença, onde ele disse que Giovane, que tem o dinheiro de mãe, é quem tinha que comprar tudo que envolve a casa dela (onde ele mora há 13 anos!), que o dinheiro dava suficiente pra tudo, que ele não tinha dinheiro e que também não ia comprar quentinha, pois havia comprado no dia anterior por ter acabado o gás. Giovane disse que não iria comprar porque não era justo já que ele vivia lá e não paga e nem nunca pagou uma conta da casa. 
Olha, foi o ó! Eu fiquei no meio dessa merda toda porque me colocaram de ponte. Mas eu dei um basta e disse que eles se resolvessem, só não esquecendo que tinha nossa mãe no meio disso tudo e que ela era prioridade. Larguei pra lá! Mas fiquei mal, muito mal. E até agora quando lembro, ainda fico mal. Quando eu disse a ele que não era nada de vez em quando ele comprar alguma coisa pra casa que ele morava, ele falou que sendo assim, sairia de lá. Isso me detonou por dentro, então disse que isso lhe custaria muito mais caro do que comprar um botijão de gás. 
Quero pensar que as palavras ditas foram da boca pra fora, num momento de raiva, irritação de ânimos, até porque, um pouco depois, Giovane me informou que ele comprou o gás. E aí eu pergunto: pra quê tudo isso? Onde fica nossa mãe?Porque dinheiro pra cerveja, passeios, churrasco, festas, carro, perfumes caros, presente para outros, ele tem. Mas pra comprar o gás, pagar uma conta de luz... Isso me dói muito, pela nossa mãe. Isso vai quebrando tudo por dentro, numa decepção ruim demais.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Problemas de saúde

Sinto que estou com algum problema de saúde. Eu não tô bem, eu sinto que tem alguma coisa errada acontecendo com meu corpo. 
Já faz um tempo que adquiri a síndrome do carpo;  e já tem um outro tempo também que me percebo tendo tonturas estranhas, umas vertigens esquisitas, umas sensações de estar flutuando quando eu estou andando... E isso tem me assustado. 
Estou tratando uma endometriose, descoberta há um ano; estou na pré menopausa e sei que muitos sintomas podem aparecer nessa fase difícil. Desconfortos, cólicas, dores. Medo. Tenho ficado preocupada.
Eu sei que tenho que ir ao médico, que preciso investigar essas coisas que ando sentindo, mas cheguei num ponto onde eu não me sinto confiante e nem confortável com esses médicos que a gente vai. Parecem superficiais e a impressão que tenho é que eles não sabem o que dizer e também não há empatia com a preocupação do paciente. São sempre as mesmas coisas vagas, as mesmas respostas e remédios, e o problema persiste, não tem um desfecho. É desanimador não ter o retorno que se espera, um entendimento do problema, uma clareza, uma cura, um tratamento efetivo. E acaba que eu desisto. É isso que tem acontecido comigo. E é angustiante porque eu sei que preciso deles, mas fiquei cética.
Eu preciso ir no ginecologista, preciso ir ao ortopedista, preciso ir ao otorrino, preciso ir ao gastro, talvez até ao neurologista, eu nem sei mais. 
Eu passei a tentar não esquecer de, quando estou no banheiro, não trancar a porta com a chave porque tô começando a achar que eu posso ter algum problema, um desmaio, cair, apagar, e a porta estar fechada para que alguém possa me socorrer.  Eu realmente não ando me sentindo bem.

sábado, 4 de março de 2023

Deixa de evoluir

Da vida, nada se leva. Seja a vida boa ou ruim. Grande verdade que a gente nunca dá atenção. A gente se chateia, briga, se emputece, para de falar com pessoas, corta relações, carrega mágoas e mais mágoas, não tolera um monte de coisas e, no final, a gente vai embora sem nada, nada, nada. Nem o que foi bom nem o que foi ruim. A gente só atrasa nossa vida. E deixa de evoluir.