sábado, 31 de dezembro de 2022

31 de dezembro

Último dia do ano de 2022.
Momento em que os ciclos se renovam de hoje para amanhã. E é um alento poder chegar nesse momento acreditando que mais uma vez a gente pode conseguir atingir as metas que almejamos no ano anterior e que não conseguimos.
Um ano termina e outro inicia. Ciclo novo, cheio de esperança, de fé e de desejos.
Vamos tentar? Tentar fazer acontecer o que não conseguimos nesse ano. Mais uma vez renovam-se as esperanças e só depende de nós que as coisas aconteçam para que sejamos melhores para a gente mesmo e para os outros. 
Paz! A gente só quer ser feliz.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Reflexões de fim de ano

Realmente, a paz é o melhor de todos os sentimentos. Temos que parar de dar atenção ao que tira nossa paz de espírito. 
A decepção dá e passa, pode até demorar um pouco, mas passa. E não há nada que o tempo não cure.
Existe a lei do retorno. Dela eu nunca duvidei, acredito muito nisso. É necessário ser prudente e ter sabedoria com as nossas ações. Dizem que existem 4 coisas que não se recuperam: A pedra, depois de atirada; a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida; e o tempo, depois de passado. 
Mas é bom ter esperanças. Sempre haverá uma nova chance para recomeçar, e isso motiva e dá sentido à vida, se for de verdade.
As vezes é necessário dar um tempo na correria que atrapalha a vida, para organizar mente e corpo. Respirar, sentir e absorver o bom.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Virada pessoal

Fim de ano chegando e, hoje, última quinta-feira do ano, fomos almoçar num restaurante de comida mineira... enchi o bucho. Agora são 10:20 da noite eu continuo me sentindo empanturrada. Sei. Exagerei. Vou ter que repensar meu sobrepeso para mudar minha rotina. Eu preciso me cuidar. Afinal não tenho mais 20 e poucos anos... meu metabolismo tá todo zoado, tenho endometriose, mioma, lombalgia e tô a caminho da menopausa, já sentindo todos seus sintomas nada agradáveis, e já faz tempo. Para piorar detesto fazer exercícios e há muito tempo eu não mexo meu corpo. Sinto que estou enferrujando gradativamente, sentindo dores. Tá tudo errado. Preciso mudar essa realidade pra ontem! Será o ano 2023 o ano da minha virada pessoal? Vamos lá!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Culpas

Por que carregamos tantas culpas? Eu carrego tantas culpas. Culpa por ser uma pessoa sem humor. Culpa por não saber dizer não. Culpa por me sentir fraca. Culpa por não ser animada. Culpa por não ser tão espiritualizada quanto eu gostaria. Culpa por ser preguiçosa. Culpa por não ser abnegada. Culpa por ser insegura. Culpa por ser desligada. Culpa por estar acima do peso. Culpa por não gostar de fazer exercícios físicos. Culpa por ser sem graça. Culpa por não me sentir leve. Culpa por não ter conseguido manter meu relacionamento ativo. Culpa por estar sozinha. São tantas culpas. Culpas, culpas, culpas..

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Cobertas x Realidade

Tenho muitas coisas a fazer no dia de hoje, véspera de ceia de Natal. Muita coisa. E estou sozinha. Minha filha viajou. Meu filho também, mas ele já não mora aqui. Então, nesse Natal e réveillon, praticamente seremos somente eu e a minha mãe, e Celso, talvez, minha cunhada, e talvez meu irmão caçula que, logo deve sair com a namorada pra outros lugares. Se o dia de Natal na minha família sempre foi chato, esse ano vai ser pior ainda. Mas eu estou tentando abstrair. Orar, Jesus, o aniversário é dele, né? E a gente sempre acaba deixando de lado o real motivo deste dia, mesmo a gente que é católico, mesmo a gente que é cristão. Nos envolvemos tanto com os afazeres, os presentes, o movimento do dia, que esquecemos do real motivo do dia de Natal.
Eu tô desanimada, mais ainda hoje. E tem tanto pra se agir... Aí me bateu uma bad e me enfiei debaixo das cobertas de novo, às dez da manhã. Estava quase dormindo quando o telefone tocou e era dona Marinete pra falar da minha mãe. Ela trabalha na casa da minha mãe, é quem fica com ela durante o dia. E quando vi o nome dela no telefone pensei: não tem jeito, não dá pra ficar debaixo das cobertas. Dona Marinete me chamando pra a realidade!  Pra minha mãe, pra mim mesma, minha casa, pra roupa pra lavar, a comida pra fazer, banheiro pra lavar, compras a fazer pra ceia de Natal... E eu querendo só entrar e ficar debaixo das cobertas... 

Como lutar?

Todo dia uma batalha a ser vencida. Às vezes mais pesada, às vezes nem tanto, mas sempre uma batalha. Que raio de tempo é esse que nos trouxe angústias, crises de pânico, de ansiedade, medos, corações batendo fora do compasso... depressão. 
Será que isso sempre existiu e as pessoas só não sabiam nomear, ou será que isso realmente chegou com essa modernidade, esses tempos atuais tão conturbados, de pessoas cada vez mais violentas e sem qualquer empatia? São pessoas e mais pessoas cada vez mais tendo crises de ansiedade, sentindo medos, medo da vida, não sabendo o que fazer com que sentem. Pessoas que, de repente, se vêem frágeis, se sentem fracas, ficam perdidas. Como lutar contra? Como lutar? 

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Auto ajuda

Um vazio. Uma sensação oca por dentro. Acho que nem todo livro de auto ajuda ajudaria a sanar essa sensação. Esses tempos ruins estão me destruindo..

sábado, 26 de novembro de 2022

Como faz?

Como é que a gente faz pra estar sempre positiva, alegre, otimista, divertida? Como? Como a gente faz, mesmo as coisas estando ruins, doídas, pra enxergar um lado bom dentro do caos?

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Um ano de Ruby

Ontem fez um ano em que eu deixei de acordar muito tarde. O motivo? Ruby. Ruby é a cadela que o Celso encontrou na rua há um ano atrás, desnutrida, cheia de pulgas, toda destruidinha. Era noite, ele tava indo para casa e no caminho a encontrou, quase sendo atropelada. Depois de verificar se era de alguma casa ali por perto, e não sendo, a trouxe pra gente. Devia estar com uns dois meses de idade. Já tínhamos a Menah há sete anos, e Ruby chegou pra lhe fazer companhia. Bom, um ano se passou. E ela cresceu (achamos que seria pequena, mas tem porte de labrador!). Tá lindona, grande e levada. É a nossa galega. <3
E eu nunca mais dormi até tarde, o que era uma rotina quando eu estava em casa. Ok, "nunca" é tempo demais... um dia ou outro eu ainda consigo acordar um pouco mais tarde, quando sei que alguém vai cuidar dela e da Menah, mas o fato é que todo dia eu tenho que acordar no máximo até oito e meia (tá, já não é tão cedo assim, mas pra mim é, comparado com a hora que eu acordava antes dessa nova rotina). E assim vou levando. 
Curioso é que quando posso dormir até mais tarde, não consigo, e me vejo levantando por esse horário, mesmo com vontade de continuar dormindo. Eu sempre fui uma dorminhoca. Meu relógio biológico é desses! Ou era...
Ah, minhas meninas! Como ignorar vocês duas? Não dá. Amo tanto.
E Parabéns, Ruby. Você fez um aninho!

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Controle

Quando foi que me tornei uma aprendiz de controladora? Aprendiz sim, porque não consigo e nem dá pra controlar tudo, né? Mas de repente eu me sinto assim, tentando controlar o que não posso. Mal controlo a mim mesma. Mas quando acho que as coisas podem dar errado, eu tento fazer alguma coisa pra que isso não aconteça. Seja com relação a minha mãe, aos meus filhos, a Celso - meu núcleo familiar mais forte. Aí fico assim. Mas só arranjo ansiedade e angústia pra mim. Não adianta controlar, é a vida deles. Eu só posso fazer mesmo a minha parte, e ainda assim nem faço direito. E de repente, tô eu sofrendo pelo que o outro vai fazer ou não vai fazer. Que merda. Quando me tornei essa pessoa? Não quero se assim. 

domingo, 13 de novembro de 2022

Insistir, insistência, insistindo

E eu insisti. Insisti e insisti. Talvez morra insistindo. Apesar de tudo. Mas não sei mais como classificar minha relação com Celso. Eu sei é que amei muito. Foi muito amor... e muita dor, zero amor próprio, muita confusão na minha mente e coração. Não foram só momentos ruins, não. Não foram. Fui feliz também. Muitas vezes. Mas acho que fui mais triste. 
"O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." E esse foi o meu amor. 
E eu ainda queria um final de vida junto, com carinho, afeto, afago...

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Boneca

No dia 25 de outubro, chegando do trabalho a noite, eu trouxe Boneca, a cadela da minha mãe, que estava dodói, pra minha casa. Vi que era o único jeito de tentar cuidar dela, pois sozinha, lá no quintal sem ninguém olhando por ela, não ia sarar nunca. Ela estava com um sangramento num dos vários carocinhos que tinha na barriga, como se fossem cistos ou verrugas, que não cicatrizava. Eu tentei durante um tempo, com ela lá mesmo, passar pomada cicatrizante duas vezes por dia, de manhã e a noite, mas ela lambia e assim não melhorava. Infelizmente eu sou muito inexperiente nesses assuntos de cuidado e nem me liguei que tinha que colocar o colar elizabetano nela pra que não retirasse o remédio que eu colocava. Quando Celso me disse, dias depois sobre o colar, me senti idiota e culpada por não ter feito isso desde o início. E foi a partir daí que decidi trazê-la pra casa. 
As minhas duas cadelas, ainda que ressabiadas, aceitaram ela acabou ficando comido por uns 15 dias. Na primeira metade desse tempo, eu cuidando do machucado, ela ficou aparentemente bem, animadinha, ficava feliz quando eu chegava, comia e bebia, fazia xixi e cocô, e pensei que logo ficaria boa pra ter um final de vida digno e cheio de carinho. Mas infelizmente, na segunda metade, ela começou a dar sinais de que não estava bem. Começou fazendo cocô mole e logo não querendo comer - e o curioso é que as outras também ficaram assim, ou não ligando pra comida ou comendo menos, e até largando sobras, coisa que não faziam - O que ela comia, muito pouquíssimo, começou a vomitar. Dei antiemético e não resolveu. Eu dei probiótico pra ajudar na flora intestinal e suplemento vitamínico, que a vet passou pra ela, mas não adiantou. Fiz o que pude, mas ela acabou não resistindo. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Sozinha

Eu nunca quis ficar sozinha, nunca. 
Sempre quis ter um companheiro, um marido, um amor, alguém comigo até o fim da minha vida... é, eu sou uma romântica, eu sei. E nem sempre a vida é como a gente quer. 

domingo, 6 de novembro de 2022

Pessoas fortes

Tempos difíceis não duram muito. Pessoas fortes, sim. 

sábado, 5 de novembro de 2022

Sem dor

Quero uma chance de tentar viver sem dor.

domingo, 23 de outubro de 2022

Exaustão

O mundo das "mulheres insuportáveis" tem nome: exaustão. 
Exaustão. 
A maioria não entende. Não quer saber. Somos nós, mulheres, que vivemos e sentimos essa insuportável exaustão. Ser mulher é muito difícil. Nossa carga é pesada. Mas ninguém vê. Por isso é mais fácil nos chamarem loucas, frescas, insuportáveis.
Exaustão.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Hoje eu não tô boa

Hoje eu não tô boa. 
Tô irritada, cansada, estressada, vomitando incômodos com tudo o que vejo que não tá legal e me incomoda. Em relação ao meu trabalho, a minha casa, ao meu relacionamento com Celso, com minha filha, e até com as cachorras. Também com a casa da minha mãe, que meu irmão tomou conta, tentando melhorar com reformas, mas que não consegue deixá-la numa condição de bem estar e conforto pra nossa mãe. O básico que ela merece. Com ela própria, minha mãe, e suas condições precárias de saúde, de vida. Uma pessoa que não economizou nos seus interesses e nos dos outros, filhos, netos e outros, parentes ou não. E aí? Hoje ela está sozinha, ninguém faz uma visita mais demorada. Quando faz. Se faz. Três filhos que não se empenham em fazer o melhor pra ela... que é como deveria ser. Sim, eu me coloco nessa também, pois como filha, eu vejo tudo isso. Mas se eu tomar para mim o trabalho e a responsabilidade de fazer tudo que vejo que não tá legal pra ela, meus irmãos vão simplesmente me largar sozinha, aliviados de ter alguém pra cuidar de tudo, sem nem perguntar se preciso de ajuda, como fizeram nos três primeiros meses de pandemia do COVID, quando todo o mundo, com medo e pra cuidar de si e dos seus, se recolheu, se distanciou de todos o quanto pode. Mas eu fiquei indo e vindo pra cuidar dos meus pais e das coisas da casa deles. Nunca me perguntaram se eu precisava de ajuda. A coisa só piora. Não tenho deles um olhar de cuidado, de poupar trabalho, de nada. 
Sou mulher, e como tantas outras mulheres, tenho dupla jornada de trabalho. Além de trabalhar fora, também sou a "empregada doméstica" da minha casa, coisa que eles não entendem. Nem eles nem todo machista egoísta que esquece que serviço doméstico dá trabalho e cansa sim! E muito. E estressa, esgota, faz chorar muitas vezes. Sem contar dias de TPM, menstruação, doenças, dores. Nunca vão entender. E nem querem. Pra quê? É "muito mimimi", frescura. 
Hoje eu não tô boa. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Sem estruturas

Eu não tenho estrutura pra viver o que vivi hoje, pra sentir o que senti hoje.
Minha filha saiu com uma pessoa que ela conheceu por aplicativo de relacionamento. E é claro, eu fico uma pilha com esse tipo de coisa, sou de outra geração, tenho medo porque hoje tudo tá muito diferente, as pessoas não têm mais paciência, não são mais gentis e respeitosas, brigam por tudo, estão violentas e eu tenho medo por mim, mas principalmente medo por ela, que acha que tem que "viver a vida" e tá tudo bem. 
Ela saiu e num determinado momento precisou me ligar para pedir um favor, eu aproveitei para perguntar se ela ainda iria demorar, no que ela respondeu que não. Confiei. Mas ela não cumpriu. 
O problema é que a minha filha nunca fez esse tipo de coisa ela está com 28 anos apesar de ter um gênio forte nunca foi uma rebelde exatamente, e de repente ela resolveu se aventurar, viver, curtir a vida, conhecer pessoas diferentes indo facilmente a lugares que nunca foi em companhia dessas pessoas novas.
Hoje ela fez isso, disse que não demoraria, mas demorou. Sempre disse para mim que se eu quisesse, podia ligar que ela atenderia o telefone, mesmo contrariada pela minha preocupação de mãe. Eu evito ligar respeitar os seus passos entender que ela é adulta mas dessa vez eu resolvi ligar e ela não atendeu mandei mensagens e ela não respondeu liguei diversas vezes e caia na caixa postal comecei a ficar angustiada bateu uma crise de ansiedade, comecei a achar que alguma coisa errada tinha acontecido. Cabeça de mãe é um terreno muito inóspito em relação à segurança dos filhos, e eu pirei comecei a pirar com pensamentos ruins, lutando contra, mas sendo dominada tentando ligar sem sucesso até que depois de um tempo quase uma hora depois ela me respondeu dizendo que tava tudo bem, e isso já ia dar uma hora da madruga. Eu não tenho estruta pra isso.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Bagunça

Toda minha vida eu fingi que tava tudo bem, mas por dentro sempre foi uma bagunça tão grande...

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Coisa estranha

Eu nunca pensei que eu fosse ter preguiça de tomar banho ou que tomaria banho tão tarde da noite, sem a menor vontade, cansada, só pensando em me deitar. 
Lembro que eu criticava e não entendia como que o Celso fazia isso, de deixar para tomar banho tarde da noite, numa preguiça, sem nenhuma vontade, quase dormindo sujo.
Pois é. Tenho me sentido assim já há algum tempo.
Eu que tomava logo meu banho, assim que chegava do trabalho, preferia assim, me era mais aprazível. 
Não sinto mais desse jeito. Ando desanimada e cansada até pra tomar banho. 
Coisa estranha.

domingo, 18 de setembro de 2022

Sentir


Essa ilustração mostra exatamente como são as coisas do sentir.

Uma coisa que eu sempre tentei evitar, foram brigas com meus irmãos. Canso de engolir sapos em prol de manter uma boa relação. Sempre achei um absurdo brigas e mágoas entre irmãos. Depois que fiquei adulta, depois que percebi que a dinâmica das nossas famílias, de cada um, são tão diferentes. 
As formas de viver, de pensar, de ver as coisas acontecerem e do sentir são muito diferentes para cada um. Eu não gosto de brigas, de desentendimentos. Eu não sei brigar, nunca soube. Nem em vias de fato, menos ainda nas palavras. Mas nessa semana houve um desentendimento entre mim e meu irmão Giovane. Eu acho que ele foi injusto com o que disse e pra piorar, em altos brados. Eu tô muito magoada. As palavras mal ditas têm poder que não tem volta. Acho que se não fosse o fato da minha mãe estar doente, o que nos faz ter que, bem ou mal, estamos juntos nos cuidados com ela, eu ficaria longo tempo sem contato algum com ele, e nem sentiria por isso, pois não temos nada em comum, e em nada tenho a sua consideração. Pelo menos nunca percebi. Não há troca, nunca houve proteção, não há amizade. Eu nunca quis desavenças entre nós, irmãos. E ainda não quero. Mas estou reconsiderando que um maior afastamento pode ser bom. Bom pra minha sanidade principalmente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Momentos

Às vezes, a gente até consegue ficar bem, apesar das cargas que a gente carrega. Noutros momentos a gente acorda mais suscetível, e às vezes nem sabe porquê. Simplesmente se percebe pra baixo, se sentindo mais frágil. Um dia ruim. E aí, é justamente nesse dia ruim, que acontece alguma coisa, um comentário desagradável que faz você ficar mais pra baixo ainda, justamente quando o que você precisava era não se sentir mais fragilizado. Acordou mal, um dia ruim, uma gastura inquietante... E é assim que acontece.

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Fim de férias

Hoje é o meu último dia de férias. Amanhã estarei de volta ao trabalho. Eu gosto do que faço, sempre gostei. E modéstia à parte, faço muito bem. Sou comprometida com meu trabalho e procuro sempre ajudar as pessoas que precisam dele. Sinto falta dos meus afazeres. Não gosto é das conversas paralelas, que as vezes se transformam em grupão onde se fala de tudo, trabalho, política, fofocas... Já participei junto, hoje não tenho mais paciência. É um querendo falar mais que o outro, sobrepondo as vozes, cheios de achismos ou de certezas. Me afasto, na verdade eu nem me aproximo muito quando começam. Não quero saber. Depois, se for o caso, pergunto se era algo do trabalho, algo importante. Eu sei que estou me afastando, que perdi muito da vontade de estar mais junto, de incentivar encontros e festinhas. Eu sempre estive junto, a frente desses movimentos. E gostava. Mas cansei. Não ando numa fase muito boa. Espero que amanhã tudo seja tranquilo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Cinquenta e nove

Eu queria te dizer coisas bonitas, especialmente hoje que é o dia do seu aniversário. Aí, de repente, eu comecei a lembrar da gente lá no nosso começo... quando você me deu uma fita cassete com canções de cantores como Flávio Venturini, Djavan, Geraldo Azevedo, Paulo Ricardo... músicas românticas. Lembro que você me ligava, eu trabalhando, e quando atendia o telefone e dizia alô, você não falava nada, só colocava música para eu ouvir... Fez isso algumas vezes, e eu ficava toda emocionada e feliz, meus olhos marejados. Lembro da gente dançando na sala, juntinhos, ao som de uma dessas canções. Pra essa inveterada romântica aqui, você me fez muito feliz nesses momentos. Lembro de tudo e ainda com muita emoção. Ah, tenho a fita cassete até hoje, guardada, quase 23 anos depois... O tempo passa. Tantas coisas vividas e sentidas, e cá estamos nós. Nós dois. Eu e você. Você e eu. E sinto que assim sempre será. Até o fim. Feliz aniversário, meu amor. Eu te amo.

sábado, 27 de agosto de 2022

Bad

Que droga, às vezes bate uma bad... Eu, definitivamente, tenho uma vida muito insossa, sempre sozinha... Minha filha quando tá em casa fica dentro do quarto e quando tento que a gente possa ficar juntas um pouco, tomar um café, almoçar, conversar, ela sempre tá assistindo uma série ou jogando vídeo game ou conversando com alguém ao telefone ou dormindo ou... qualquer outra coisa, com certeza bem mais interessantes pra ela do que aturar uma mãe chata, sem graça e solitária. É, nossos interesses são diferentes. Fica difícil conciliar. E assim, vou seguindo sozinha, às vezes com um nó por dentro. Não a culpo de jeito nenhum. Eu só lamento.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Sempre ao seu lado

Já passei foi perrengue esses quase vinte e três anos com Celso. Esse blog está cheio de história da gente juntos, sentimentos confusos e muitas mágoas sobre a nossa relação ao longo desses anos todos. Aqui eu desabafei muito. Mas apesar de tudo, eu ainda sinto no meu coração uma vontade enorme de ajudá-lo. Queria tanto poder fazer alguma coisa para ele se sentir ativo, vivo, produtivo, feliz. Nada dá certo pra ele. E eu sinto tanto por isso. Já o ajudei muito, e sei que continuaria fazendo mais se pudesse e se ele deixasse, mas se sente constrangido e muitas vezes, derrotado. Seria essa a sua sina? Uma vida difícil, que não o faz chegar a um lugar estável e seguro? Ele tem muitos defeitos, mas sua maior qualidade é ser do bem. Uma pessoa boa, que ajuda a todos e que se pudesse faria muito por muita gente que precisa. Super prestativo, inquieto em fazer as coisas acontecerem, construir, e que não suporta o ócio. Ah, como eu queria que ele tivesse mais sorte nessa vida. Me preocupo tanto com ele. Queria fazer alguma coisa pra vê-lo feliz e em paz. Queria ver a sua sorte mudar e se estabilizar. E se depender de mim, farei sempre o que puder, estarei sempre ao seu lado. Independente de tudo o que já passamos e das nossas divergências. Eu estarei sempre ao seu lado.

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Ser grata

Eu preciso aprender a ser mais agradecida. Os últimos anos da minha vida tem sido bem difíceis. E acho que eu ainda dificultei mais a minha condição. Fui muito passiva durante muito tempo, aceitando tudo sem reclamar, sem contestar, não entendendo a gravidade dessa passividade, aonde isso poderia me levar. Não sabia e ainda não sei dizer não. Não consigo, me fere. E não resolve nada. E continuo ferida. Não que eu quisesse ter sido uma pessoa explosiva, brigona, que tudo contesta ou que nunca levasse desaforo para casa. Esse nem é o meu perfil, minha personalidade. Só que eu levei tudo, tudo pra casa, pior, pra dentro de mim, me entupindo de tanta coisa, por anos acumulados. E hoje tudo aflora, salta, sem controle, de forma que eu não tô conseguindo travar, filtrar. E isso está me fazendo muito mal, tanto quanto antes, quando eu simplesmente guardava tudo pra mim. Sei que não tive equilíbrio. E continuo sem equilíbrio.
Reconheço que tenho sido reclamona, e mal agradecida nos últimos tempos, e parece um vício reclamar tanto, até eu já não me aguento. Mas está muito difícil mudar, parar com esse "mal", e eu tenho urgência de mudança. Só não tô sabendo ter esse controle. Quando acho que posso fazer, de repente me vejo na mesma. E é frustrante e bastante penoso viver assim. Preciso agradecer mais. Tenho tanto, sei que tenho. Preciso agradecer e não reclamar tanto, ainda que eu sinta pesada as minhas demandas, preciso ser mais grata. Tenho muito, sei que tenho. Preciso agradecer mais do que reclamar.

sábado, 20 de agosto de 2022

Fase adulta

Estou passando uma fase difícil e por isso, eu sumi. A fase adulta. Acho que um tempo depois dela ter começado, aos poucos, eu comecei a sumir. Desculpem, mas essa fase é muito difícil e eu não soube encarar. Então, sumi. Sumi de mim, sumi. Caso, um dia, eu consiga superá-la, eu volto. Eu prometo que volto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Cabeça branquinha

Vejo os velhinhos por aí, de cabeça branquinha, rostos enrugados, sorriso nos lábios, apesar das agruras que a idade traz..  e fico pensando se realmente o nosso destino já vem traçado. Queria tanto que a minha mãe chegasse nessa fase velhinha, de cabeça branquinha, e apesar da fragilidade que a idade nos impõe, com um sorrisão nos lábios e com disposição de vida, caminhando, vivendo com dignidade. Queria que ela fosse mais longe no tempo com saúde e ainda alguma independência... mas cada um é cada um. Deve ter um porquê uns irem tão longe e aparente bem, enquanto outros não têm a mesma condição.  

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Equilíbrio

Eu preciso de equilíbrio urgente! Eu preciso manter a calma, se não eu vou ter um colapso nervoso. Eu não sei o que fazer, eu não consigo ter calma, eu não consigo ver e sentir com equilíbrio a situação da minha mãe, dos meus irmãos que não parecem ter a mesma preocupação que eu tenho com a sua saúde, com a sua fragilidade, com as suas necessidades. Eu me esgoto nas minhas atitudes porque eu quero que ela esteja bem, confortável, sem possibilidade de mais riscos com a sua integridade física, porque fica sozinha, porque é teimosa, porque cai, bate a cabeça, se machuca. Eu tenho dúvidas se a mente dela ainda está íntegra, se a sua capacidade de entendimento das coisas, dos riscos, dos perigos, se ainda estão lá. Ou se muita coisa já tá confusa, ou se é teimosia, ou se é desleixo, ou se tanto faz porque perdeu a vontade de viver. Eu já não sei mais o que pensar. Eu não tô bem e não sei o que fazer pra não me perder. Porque eu estou perdida, me acabando aos poucos, e numa intensidade que está me assustando. Tenho medo de sucumbir e não ter tempo de voltar pra mim. Eu não sou mais tão jovem e cheia energia assim. Eu não quero cair torta de repente, não quero dar trabalho como estou tendo. É muito duro. E meus filhos não merecem, ninguém merece. Eu preciso encontrar um equilíbrio pelo bem do meu corpo, mas principalmente pelo bem da minha sanidade mental. 

domingo, 14 de agosto de 2022

Domingo solitário

Solitária. Assim foi como me senti nesse domingo, dia dos pais. Primeiro dia dos pais sem meu pai.
Ele partiu em janeiro, depois de quase 12 anos preso numa cama - alcançou a liberdade, finalmente. E de repente me vi sozinha. Nosso almoço de domingo dos pais, com nosso pai, terminou.
Meus irmãos se voltaram para seus filhos, com suas famílias. Minha filha foi almoçar com seu pai, como todo ano. Meu filho, longe, vive em outro Estado. Meu marido foi almoçar com os irmãos - o pai deles também já não está mais entre nós. E eu até iria junto, mas o dia era dos pais e alguém tinha que ficar com a nossa mãe. E assim ficamos, só eu e minha mãe. Ela, debilitada, estava um pouco mais nesse dia. Me senti muito só. Um domingo solitário. Um domingo estranho.

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Casca

Um dia eu achei que fosse forte. Eu realmente achei que eu fosse uma pessoa forte. Não sei se na verdade nunca fui, ou se perdi as forças com o passar do tempo, com o cansaço, com o desânimo e com a desesperança que tomou conta de mim. Minha vida é tão sem graça... acho que sempre foi. Eu é que nunca havia parado pra perceber ou dar importância pra isso. O que eu vivia e o que eu fazia me satisfazia. Não me incomodava. Ou eu achava que me satisfazia. Acho que, no meu mundinho, eu vivi à margem das coisas que aconteciam, das duras realidades do cotidiano, não percebendo as malícias do mundo, as maldades das pessoas. Se por um lado isso me protegeu por muito tempo, hoje sinto que pago por ter sido tão desligada e desatenta. Tão ingênua e tão boba, eu não criei casca para minha proteção. Hoje eu me sinto descoberta, exposta e frágil. Atrapalhada, sem saber o que fazer ou como fazer. Inexperiente nos traquejos da vida. Eu, hoje, aos 53 anos, me sinto perdida. Sozinha. Desamparada. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Voltas e mais voltas

A vida dá tantas voltas... Num constante movimento, nunca para.  E acho que a gente nasce sonhando. Cresce sonhando, envelhece sonhando... Assim como o tempo não para, os sonhos também não param.
Quando que a gente iria imaginar que dos tantos sonhos sonhados, muitas vezes acordado, a vida que a gente leva nos levaria para lugares inimagináveis. A vida adulta é tão complexa. De nuances, às vezes sutis, às vezes gritantes. De situações que a gente nunca pensou viver. Chegamos a lugares inóspitos. Lugares que, acredito, eram pra gente chegar. Que fazem parte da nossa jornada. Se vamos entendê-los algum dia nessa vida, eu não sei, mas é a vida que vivemos. É a vida que fazemos. 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Insônia

O telefone atrapalha muito quem tem insônia. Você pensa que vai distrair porque tá sem sono, mas no fundo acaba sendo pior. Estou eu aqui de novo, sem sono, no telefone, pensando: eu tenho que dormir, preciso dormir, descansar o corpo e a mente... provavelmente, mais a mente. Ando estressada, cansada, mas isso não é novidade. Há quanto tempo digo isso mesmo? 
São 1h25 da madruga e eu só penso que preciso dormir. A cabeça tá vazia e tá cheia ao mesmo tempo. Escuto a Rubi latindo lá fora ..
Eu preciso dormir.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Susto

Eu tô começando a achar que tô perdendo o foco de alguns coisas... Não sei se é estresse, não sei se é alguma coisa cognitiva, sei lá... Algumas doenças começam a dar seus primeiros sinais anos antes de serem diagnosticadas. Eu li sobre isso e confesso que fiquei pensativa. 
Hoje ao levar o lixo pra rua, minha cachorra Rubi saiu logo atrás de mim, eu não vi. Entrei e fechei o portão. Algo em torno de meia hora depois, a campanhia toca. Abro o portão, e quem eu vejo balançando o rabo e com a língua de fora? Rubi. Tava na rua. Meu primo, que estava soltando pipa, tocou pra me avisar que ela estava há um tempão ali fora, querendo entrar. Que viu quando ela saiu e foi pra atrás de um carro estacionado. Por isso não a vi quando entrei. Ele achou que tinha deixado ela na rua de propósito. E pra piorar a situação, não sei porquê e sem perceber eu tranquei o portão, coisa que não faço durante o dia. Tentaram colocar ela pra dentro, mas o portão estava trancado. Levei um susto danado! Meu primo disse que ela ficou o tempo todo por ali mesmo, mas logo pensei: meu Deus, ela ficou um tempão na rua, podendo ter ido pra longe, ter se perdido ou até ter sido atropelada por algum carro! A Rubi tá com a gente a pouco tempo, uns 9 meses, mas ainda é filhote, apesar de ser grande. Celso a achou na rua, ela devia ter uns dois meses, no máximo, desnutrida e cheia de pulgas. É nosso xodó, junto com a Menah.
Acho que a sorte foi que o Celso sempre leva as duas pra passear na rua, em frente de casa, indo algumas vezes mais adiante, e ela aprendeu a conhecer o local, as pessoas, os cheiros. Até agora não sei como me distraí tanto, como não percebi que ela não estava por perto quando entrei e durante o tempo que ficou na rua. Só de pensar nas coisas ruins, chega dar um nó no estômago. Mas graças a Deus, está tudo bem. Preciso ter mais atenção com tudo ao meu redor. Preciso estar mais atenta. Foi um susto.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Esperança

Hoje, dia 27 de julho, eu iniciei a terapia online. Depois de tanto tempo precisando, dei início e vamos ver aonde ela vai me levar. Não nego estar apreensiva, mas não porque eu não acredito, mas porque a minha demanda, não querendo minimizar a dos outros, é tão intensa e conturbada, que às vezes me sinto em dúvida, se vou conseguir atingir o que preciso. Porque na verdade, eu nem sei o que que eu preciso atingir, mas sei que quero paz de espírito, eu quero tranquilidade, eu preciso voltar para mim, ser o que eu era antes das turbulências em que me meti. Chega de culpar os outros. A culpa é minha de ter chegado onde cheguei, nos meus dissabores, azedume, impaciência, amargura. Eu quero muito mudar minha vida, ao menos meus sentimentos e postura diante da vida.

domingo, 24 de julho de 2022

Danos

Definitivamente, reconheço que estou sendo um dano para mim mesma. O que aconteceu com aquela pessoa tranquila, distraída, e tão desligada das coisas que muitas vezes passava imune aos problemas externos por nem percebê-los? Quando foi que me perdi na caminhada? O que aconteceu pra eu de repente colocar todo um peso sobre mim, na maioria das vezes desnecessário, e sofrer por isso sem saber como desfazê-lo? Eu também não estou mais me aguentando, que dirá as pessoas a minha volta...  Por que fiquei amarga? Por que tanta amargura? Eu não sou assim, eu não quero ser assim! Como que eu faço pra voltar pra mim, pro meu melhor outra vez? Porque eu era uma pessoa melhor. Eu me sentia melhor. Hoje não. Sei que não estou boa. Nem pra ninguém, nem pra mim mesma. E isso me deixa muito, muito triste. 

terça-feira, 19 de julho de 2022

Não consigo dar conta

Agora é 1 hora da manhã. Eu pensei em me deitar e tentar dormir, tenho tido insônia, e não sei se isso tem a ver com a minha condição de pré-menopausa, cheia de problemas, adenomiose, falta de libido, de força, de vontade, falta de exercícios... Mas cansada. Muita coisa acontecendo de repente e eu acho que eu não tô conseguindo dar conta de tudo, ou talvez eu não queira dar conta, nem sei mais. O fato é que há muito tempo ando incomodada, inquieta, desconfortável... fui arrancada da minha zona de conforto e ainda não consegui me organizar na minha nova realidade de vida. Com meus problemas de saúde, cansaço, idade, minha mãe, minha filha, Celso, casa, cachorras... De repente me vi num turbilhão de coisas que eu não me sinto preparada pra encarar, não tô sabendo lidar. Minha vida parada, sempre pacata, e até sem graça, de repente deixou de ser por conta de tanta coisa e que eu não tô conseguindo atinar, cuidar. Um sentimento de culpa que toma conta de mim, de incapacidade, uma sensação de constante frustração... eu me sinto há tempos num esgotamento mental e sentindo meu corpo indo junto. O que que vai ser de mim? Eu não sei, eu não sei.

sábado, 2 de julho de 2022

Imbecil

Definitivamente o filho do Celso é um imbecil! Um gradessíssimo imbecil!

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Estresse x Amor

Quando não é o sangramento da edenomiose/mioma/menstruação (não sei mais pelo que eu sangro), por mais de vinte dias, sem falar nas cólicas que vem junto e tanto desconforto, ataca a azia, muita azia. Ou a dor na lombar que dê tempo em tempo da o ar da graça. Ou ainda as alergias que fazem-me coçar igual uma louca! Dores nas mãos ao dormir - síndrome do túnel do carpo - tenho! Ah, e também sangramento no olho ... Por duas vezes acordei com o olho esquerdo com sangue, a secura deve ter ajudado algum vasinho a se romper...🙄 Muitos gastos com remédios para mim.
E para as cachorras. 
Rubi, que está com 9 meses - resgatamos da rua há 7 meses - exames, vacinas, vitaminas, castração, inflamação, muita ração, muita ação! 
Menah, nossa doce velhinha, 7 anos, uma hérnia umbilical e mais cirurgia... Mais exames, mais remédios, mais cuidados. 
Muito estresse. Mas também muito mais amor.❤️

domingo, 26 de junho de 2022

Chateada

Eu tô chateada. Eu não sei nem se essa é a palavra certa, mas estou me sentindo incomodada. Fui na festa de casamento de um sobrinho do Celso, com a irmã dele e o filho dela, que levou a namorada nova. Tudo bem até então, já fui em outras festas da família e tudo bem. Não sou uma pessoa extrovertida, nunca fui. Cada um tem o seu jeito de ser e hoje eu sou mais de observar. Eu não quis beber, além de um dedinho de licor de jabuticaba só para experimentar, e fiquei só no refrigerante. Do nosso grupo à mesa, acho que fui a única que não bebeu e, talvez por isso, as coisas que aconteceram me deixaram desconfortáveis. A namorada do sobrinho de Celso, talvez para se sentir inserida no grupo familiar, pois era o primeiro encontro com a família, se comportou, ao meu ver, de forma exagerada e barulhenta. Bem, eu não não achei legal, ainda que parecesse que todos estivessem curtindo aquilo e se divertindo. Talvez eu seja anti-social, como disse o Vitor, ou ainda porque não sou da família, como ele também disse. Fiquei surpresa e me senti magoada. Brinquei, pra ser leve. Eu, 23 anos num relacionamento com seu tio, ter que ouvir que não sou da família, me feriu, ainda que não tivesse sido a sua intenção. Não acho que ele falou pra me magoar, não vi intenção verdadeira. Ele é que é um sem noção, bobo e imaturo, coisa que pude comprovar ainda mais, quando chegamos a casa. A namorada bêbada, passando mal, sendo carregada pela sua mãe e pelo Celso e ele atrás, rindo, soltando gargalhadas, como um pequeno homem que é, sem cuidado, sem respeito, sem noção. Me senti decepcionada com sua atitude. Não sabia que era assim. Mais de 30 anos, já era pra ter aprendido a ser mais cortês e empático. 
Celso por sua vez, ficou ajudando por um bom tempo, na churrasqueira, distante. E quando se juntou a nós, ficou distante de mim, próximo aos outros que se divertiam com a "espontaneidade" da namorada do sobrinho. A bebida alterou bastante toda aquela situação. Eu me senti só, cansada de segurar um sorriso nos lábios para não ser a anti social ou parecer mal humorada. Eu não estava de mau humor, mas poderia ser confundida. Como já se sabe, não sou tão extrovertida. Pra piorar, como sempre, fomos os últimos a deixar a festa, sendo claramente expulsos pelo noivo, e com razão. Já estava tarde e todos já tinham ido. Outra situação que me cansa, sermos os últimos a sair porque Celso não sabe simplesmente ir embora. Várias festas (da família e amigos dele) e sempre assim. 23 anos de relacionamento, onde por 12 anos moramos juntos e não sou da família. Durante muito tempo me esforcei para ser da família, eu quis muito. Hoje sinto que não faço mais questão. Mas talvez por tudo o que vivi, eu tenha me sentido magoada com tais palavras, a constatação de um fato, quem sabe... Mesmo acreditando que não foi a sua intenção me magoar. A noite não foi boa pra mim.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Você é forte!

Você é forte!
Só está capenga, xoxa, inconsistente, com dúvidas, insegura, frágil, cansada.

domingo, 5 de junho de 2022

Muito

Eu sempre precisei falar ou escrever pra poder botar pra fora as coisas que me angustiam, me esvaziar, respirar pra continuar seguindo. Os últimos tempos têm sido bastante difíceis... É, de novo. 
Bem, aqui é onde desabafo, né? E a gente só desabafa o que é ruim, o que angustia, o que causa aperto no coração, o que faz a mente dar uma pirada. Franca expansão de sentimentos e pensamentos íntimos. Desopressão.
Estou agora numa outra fase, bastante ruim, que já vinha se apresentando aos poucos. 53 anos, pré-menopausa, incômodos, alergias, pele e cabelos muito mais ressecados, muita coceira, dores, cólicas, mioma, hemorragias, adenomiose. Dor na coluna, nas articulações, síndrome do túnel do carpo, dor no corpo, dor na mente. 
E junto a tudo isso, a minha mãe que precisa de cuidados. 
Num outro momento, talvez, eu descreva com mais sinceridade de detalhes, tudo o que venho sentindo em relação a essa explosão de mudança de vida, porque não está fácil. Ter que cuidar de outra pessoa quando você também precisa de cuidados, precisa ter muita resistência. E eu acho que não tenho. Me sinto sem forças, fraca. 
O meu jeito de ser não ajuda, meu corpo sente, minha mente sente mais ainda.
Penso se terei trégua, um momento onde todas essas coisas serão meras lembranças. E eu, liberta da prisão da minha mente, vivendo, descansando, curtindo um lugar, em boa companhia, com a cabeça e o coração tranquilos, serena e em paz. Sem culpas, sem medos, sem sofrimento. 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Maravida

A vida, vida, vida
Que seja do jeito que for.
Mar, amar, amor
Se a dor quer o mar dessa dor.

sábado, 7 de maio de 2022

Um lamento

“São tempos difíceis para os sonhadores.”
– Amélie.

segunda-feira, 2 de maio de 2022

O que sobra? Vale a pena?

Li esse texto na internet e muito mexeu comigo...

"É foda como vamos nos acostumando a viver uma vida pior.

Não vou pedir pizza, daí economizo.

Não vou sair com meus amigos ou família no fim de semana, daí economizo.

Não vou mais comprar essas coisas no mercado, daí economizo.

O que sobra? Trabalhar e dormir? E será que tá dando pra dormir?"

Que vida é essa?

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Vermelhou

Que momento ruim eu tô passando agora. Descobri há uns meses que estou com adenomiose. Tenho ficado mal com os sangramentos e cólicas dolorosas todo mês. A médica iniciou o tratamento com um remédio chamado dienogeste, que por 6 meses tenho que usar e provavelmente não parar tão cedo. Disse que o tratamento leva uns dois anos. Eu, sinceramente, só de pensar em ficar me sentindo como estou até melhorar, sei lá.. quanto tempo? Fico mal. Antes tivesse seguido com a cirurgia que havia sido encaminhada para mim por uma outra médica, meses atrás. Mas fiquei cabrera, me assustei um pouco com isso e fui buscar outra opinião. E cá estou eu, com adenomiose, e também com um mioma que já vinha me dando um certo trabalho. E em tempos de menopausa...  Que desagradável essa fase. 
Paralelamente, junto a tudo isso, minha cadela Rubi, entrou no seu primeiro cio justamente no dia em que ia ser castrada. No vet, aguardando a sua vez, ela começou a sangrar e teve que ser desmarcado o procedimento. 
Estamos sangrando juntas. Estamos incomodadas juntas. E meu chão, salpicado de sangue, que tenho que limpar a todo momento. 
Ela lembra um labrador. Celso a encontrou na rua, desnutrida, cheia de pulgas e trouxe pra gente. A pequena cresceu rápido. E é uma levada! Deve estar com uns 7 meses agora. Devia ter uns dois quando ficamos com ela. Parece mesmo labrador, no porte e no  jeito. Então, colocar fralda nessas essas horas, não cabe. Ela destruiria em segundos. Ai, não vejo a hora disso acabar. Eu e ela. Tá tudo vermelho pra gente. E seguimos incomodadas. Eu te entendo, Rubi.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Minha filha amada

Eu olhei para minha filha hoje e enxerguei uma mulher tão linda! Senti tanta admiração! Minha menina cresceu, floresceu, se transformou. Aquela nenenzinha no meu colo, com um vestidinho fresco de florzinhas, bochechas vermelhas que num sorriso faz surgir uma covinha e olhos curiosos, bem abertos... Lembrança que trago sempre comigo. Doce memória afetiva gravada na minha mente e coração. Minha nenê, minha menina, agora uma mulher linda, inteligente, forte. Ela nem sabe que é forte, mas é. 

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Aqui

Aqui eu coloco o que sinto, o que vejo, o que vivo, e há algum tempo tenho ficado calada. As coisas aconteceram, acontecem todos os dias, mas ando desanimada e ainda que coisas interessantes estejam acontecendo, eu até penso em vir aqui, mas acabo não vindo. 
Agora, por exemplo, ando pensando em tentar ver se consigo me desligar desse aparelhinho de tela iluminada, que tudo põe em nossas mãos, pro bem e pro mal, e que sem percebermos, devagar e sem descanso, vai tomando conta das nossas vidas, ocupando nosso tempo, nossa mente, tirando o nosso sono, causando mal estar físico e mental... Será que consigo?

segunda-feira, 21 de março de 2022

Eu preciso aprender...

Sabe, gente
É tanta coisa pra gente saber
O que cantar, como andar, onde ir
O que dizer, o que calar, a quem querer
Sabe, gente
É tanta coisa que eu fico sem jeito
Sou eu sozinho e esse nó no peito
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder
Sabe, gente
Eu sei que no fundo o problema é só da gente
É só do coração dizer não quando a mente
Tenta nos levar pra casa do sofrer
E quando escutar um samba-canção
Assim como
Eu Preciso Aprender a Ser Só
Reagir
E ouvir
O coração responder
"Eu preciso aprender a só ser"
(Sábio Gilberto Gil)

domingo, 13 de março de 2022

Não está sendo fácil

Eu nunca pensei que viveria sozinha, principalmente na idade em que estou. Sei lá, eu sempre fui uma romântica, então sempre sonhei ter um amor pra vida toda, casar, ter filhos, minha casa, família. Eu não pensava nos problemas que a vida familiar também traz, eu pensava só na parte romântica. Não que eu não soubesse que não existiriam problemas. Eu sabia. Mas simplesmente eu não pensava nessa parte.
Antes de casar, eu namorei bastante. Eu tive meus príncipes encantados. Depois, casei, tive dois filhos, me separei. E, não muito tempo depois, eu conheci outra pessoa com a qual me relaciono até hoje. Vinte e poucos anos... Minhas histórias contadas neste blog diz tudo. 
É, a vida surpreende. O fato é que os meus sonhos, junto com todo meu romantismo nato, não rolou. Acho que eu não soube conduzir minha vida da melhor maneira para que pudesse tê-la hoje como sonhei. Mas eu também não tô reclamando, eu só tô pensando... nessa vida que nos surpreende. De todas as formas, em qualquer momento, em qualquer lugar. E a sensação que eu tenho é que eu já dei o que eu tinha para dar. E não sei mais o que fazer. Não estou num momento confortável da minha vida. Não está sendo nada fácil. 

terça-feira, 1 de março de 2022

Cinquenta e três

É hoje. 53 anos. Sempre sonhei muitos sonhos. Sempre fui muito sonhadora. Mas um dia eu parei de sonhar. A realidade não é fácil como um sonho, mas tive muita sorte em muitos aspectos, na minha vida. Tenho uma família boa, meus filhos cresceram e são bons. Tenho um trabalho. Tenho uma casa. Claro, ninguém é perfeito, mas conseguimos atingir uma área boa. 
Eu rogo a Deus proteção e saúde sempre, ou pelo menos condições de cuidar se a enfermidade chegar. Estamos sobrevivendo em meio a essa vida louca que o mundo está. Pandemia, guerra, perdas. Muitas perdas.  Mais uma época ruim da história. Um ciclo que, espero, logo se feche para podermos começar um outro, melhor. 
Faço hoje 53. 
Estou aqui. 
Estou viva. 
Obrigada, Deus! 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Tá tudo tão diferente

O tempo passa e pode ser que leve muito tempo, mas uma hora as coisas acontecem. O que você viveu e que não foi bom, aliás, foi péssimo, e que você tanto quis um dia poder se livrar, de repente acontece. A parte ruim é que realmente pode levar muito, muito tempo. Mas acontece. Quem diria que um dia eu fosse preferir, quiçá gostar, de ficar só. Quem diria que um dia eu nao iria sentir a sua falta. Quem diria que um dia eu fosse olhar para nossa relação com o coração totalmente desapegado. Quem diria que um dia eu iria preferir que você ficasse na sua casa e eu na minha, assim, cada um na sua. Quem diria que um dia eu ia me sentir bem com tudo isso. É. Quem diria. 

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Tombo

Faz tempo que eu não sei o que é levar um tombo. E hoje eu caí. É esquisito... Depois do susto a consciência de que você não é mais jovem e de repente ficar caindo não é legal, mas eu escorreguei, tava lavando a área e pisei na parte lisa da soleira, ensaboada, aí não teve como segurar. Caí. Aquele tombo clássico de quem escorrega na casca da banana, pernas para frente e corpo pra trás. Bati com a bunda no chão e a cabeça, que não segurou o solavanco da queda, além do cotovelo que ficou bem ralado. Me vi deitada no chão molhado, a cabeça doendo e uma sensação de desconserto, sei lá. É esquisito. Minha filha viu a cena, levou um susto. Mas estou bem, fora o ralado no cotovelo que tá doendo. De qualquer forma, terminei de lavar o chão. Mas tô bem.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Luto

Hoje termina o luto, aquele de direito do trabalho, pela lei. Porque no coração vai se estender por mais um tempo. Meu pai fez a passagem no dia 3 de janeiro, dois dias antes do seu aniversário de 81 anos. Assim, de repente, não sabemos exatamente o que aconteceu. O fato é que ele descansou, se libertou daquela prisão em seu próprio corpo, deitado e sem poder andar há quase 12 anos... É difícil pensar que há uma semana ele estava lá, aparentemente bem, eu lhe dando seu almoço na boca, seu lanche de domingo, dizendo pra ele que tinha que beber água porque idosos desidratam mais facilmente, assim eram nossos domingos desde que minha mãe ficou sem condições de cuidar dele. Acho que eu era a única pessoa que passava manteiga de cacau nos seus lábios quando ressecados, porque ele puxava a pele e se feria... ahh, é tão triste, mas também há um certo alívio pensar que aquele sofrimento finalmente acabou. 
Meu pai. Trabalhador, provedor, família, amigo, íntegro, presente. Seus pecados, desconheço. E é melhor assim. O meu pai, como pai foi exemplar. E agora fica a saudade e as lembranças. Mas meu pai está livre agora, na eternidade. Gosto de pensar nele andando e até correndo como uma vez me contou ter sonhado. Então anda, pai, corre, com muita luz na sua eternidade de liberdade. #amoreterno