quinta-feira, 18 de abril de 2024

Momento ruim

Ontem me desgastei de uma forma extrema. Eu vi, nitidamente, o copo cheio e a gota d'água o fazer transbordar. 
E tudo estava bem, até então. De repente, a explosão. Fui dormir mal, acordei mal, e continuo mal. É uma sensação estranha, de falta de energia mesmo. Foi realmente um grande desgaste pra mim.
Ando muito sobrecarregada, são tantas coisas, tantas responsabilidades... tô cansada e acho que tive um momento de piti. E que ainda está aqui, num mal estar de corpo e mente. Sinto meus ombros doídos e pesados, a cabeça doendo. Sinto meu corpo intranquilo.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Na memória

Nos últimos dias dei a lembrar de algumas pessoas da família que já se foram deste plano espiritual. Veio o meu pai, em sua condição frágil, o seu rosto, a sua presença naquele quarto, acamado por tantos anos em seu quarto/caixa protetora, por quase doze anos, até morrer. Veio a minha mãe, o seu rosto, sua presença forte, e depois sua fragilidade, a cadeira de rodas, na sala da minha casa, assistindo ao Domingo Legal na tv e pedindo pra repetir mais um prato de comida... E um dia, ela também se foi. 
Veio o meu primo, que morreu de infarto, aparentemente cheio de vida ainda, pra viver muitos anos... A mãe dele, minha tia, que também se foi de repente. Meus avós, tios, sogros... Meu Deus! Que tristeza me deu. Que lamento, que pesar. Sei que temos um fim, que um dia todos iremos embora dessa vida. Mas as vezes, as lembranças daqueles que convivemos um dia e se foram, bate doído. Bateu.

sábado, 6 de abril de 2024

Fazer nada

Então, eu hoje não quero fazer nada.. tô numa procrastinação só. Acordei tarde, fiquei de preguiça e hora após hora, o tempo foi passando e quando vi já era meio-dia. Nada de comida pronta, nada de organização das coisas... preciso lavar roupa, aproveitar o solzinho. Disseram que a partir da próxima semana vai vir uma onda de frio bem fria e preciso aproveitar esse solzinho antes que a roupa demore muito para secar. Mas a preguiça tá tão grande. Ontem eu fui pro Studio, treinar, e saí de lá morta. Meu personal me tirou o couro e acho que eu tô cansada desde então. Saindo do treino, na correria, fomos ao circo. O circo Vostok repaginado pelo Diego Hipólito. Foi legal. E depois, tarde da noite, terminamos num pub de rock and roll, muito legal. Música boa, ambiente underground. Rock na veia.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Cinquenta e cinco

O que é este primeiro de março para mim, com 55 recém completados? E eu me peguei pensando em relação a minha vida, que nesses 55 anos eu nunca tinha sentido tanto o peso da idade como comecei a sentir do ano passado pra cá. Até então, não tinha esse olhar de peso, não me via velha, nem tão frágil, apesar de me sentir frágil. Do ano passado para cá, eu comecei a me perceber enfraquecendo física, mental e emocionalmente. Foram muitas as questões médicas a explorar. O que foi verificado deu certo. Até então está tudo bem comigo, mesmo eu ainda sentindo sensações estranhas. Sigo minha vida, porém desconfiada. Já não sou mais alguém cheio de energia e disposição. Sinto muitas dores. Será que advindas das questões que envolvem a menopausa? Porque estou nessa vibe há tempos. E que desgaste tudo isso causa. Tá tudo fora de lugar!
Mas cheguei até aqui. E sou grata. Cinquenta e cinco anos. Ufa!
Terça-feira começo uma nova fase que, inicialmente, será bem difícil pra mim. Finalmente, começarei a fazer exercícios físicos acompanhada de um profissional, vibrando energia para alguma mudança na minha vida, sedentária desde sempre, acontecer. Vai ser bem difícil, eu sei. Mas ainda que sofrido, tô contando e botando fé em algo muito melhor pra mim. É um começo. O tempo vai voar e já vislumbro os 60 ali na frente. 
E como será o amanhã? Responda quem puder. O que irá me acontecer? O meu destino será como Deus quiser!

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Ser melhor comigo

Os dias têm sido bastante puxados, não muito generosos. É estresse, cansaço, irritações... Me sinto fisicamente e mentalmente debilitada. E essa irritação na minha garganta que não passa, tirando minha qualidade de vida, principalmente quando vou dormir. É bem difícil pegar no sono. Não sei o que que tá acontecendo, não sei se é alergia ou refluxo. Acho que deve ser alergia. Meu quarto tá cheio de mofo nas paredes, muita umidade e precisam ser restauradas. Quando vou dormir, o ar condicionado ligado, circulando ar com mofo, provavelmente me fez adquirir uma alergia por conta disso. Ando me sinto bem mal. Tá tudo mais difícil. E eu sei que não tenho me priorizado, então fica tudo mais difícil pra mim. Sei que sou a única responsável por isso e reclamar não vai adiantar. Sei tudo isso. Sei que só me falta agir melhor, e ser melhor comigo.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Descarga de tensão

Ontem o dia foi bem difícil.
A história começou na segunda-feira de carnaval, à noite. Minha filha saiu com as amigas pra comer um hambúrguer e voltou pra casa com uma cachorrinha que encontrou na rua, muito magra e desnutrida. Achou que o problema seria só tratar a desnutrição. Não pensou que, por ser um cachorro de rua, poderia estar com mil outros problemas de saúde... Me enviou fotos dizendo que ia trazê-la pra casa, no que eu discordei por ver que ia ser complicado. Ainda mais porque temos bastante contas pra pagar da obra que iniciamos na sua casa e que ainda falta muita coisa pra fazer. Definitivamente esse não era o momento pra mais um gasto não planejado.
Quando a cachorrinha chegou eu fiquei olhando atônita pra situação, pois ela estava visivelmente debilitada, apática. E logo vi que esse cuidado teria um alto custo.
Resumo da ópera: a cachorrinha chegou na segunda-feira à noite resistiu por três dias e morreu ontem, quinta-feira. Não sem antes gastarmos o que não podíamos, pois a levamos ao veterinário, onde foram feitos exames e tivemos que comprar remédios. Remédios nem tão baratos e que foram usados apenas por dois dias. Os resultados dos exames chegaram logo depois que ela morreu.. confesso que eu tava torcendo pra que ela se recuperasse, mas a situação estava realmente muito difícil e mesmo com as medicações, ela começou a piorar... enfim, o fato é que eu queria muito que ela tivesse resistido. E cada centavo gasto, teria sido com muita satisfação. No fim, conseguimos levar seu corpinho ao Centro de Zoonoses aqui da região e deixar lá para que fosse cremado. E esse foi um episódio em nossas vidas que aconteceu tão de repente e de forma tão rápida, trazendo desgastes e gastos, numa grande descarga de tensão, que me deixou pensando no porquê de ter acontecido assim. O que isso nos ensinou, o que isso nos mostrou. O que isso nos trouxe. Talvez nada. Talvez muito. Aquele serzinho teve amor e cuidado em seus últimos dias. Afeto que possivelmente não devia ter tido. Que São Francisco de Assis possa estar acarinhando-a nesse momento. Demos a ela o nome de Madalena. Agora descanse, Mada.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Saco de angústias

Mais uma vez me sinto angustiada e cansada demais... estressada demais...
Esse blog é o meu lugar de desabafo. São anos e anos de chororô. A maior parte do que escrevo aqui, são de situações que me fazem ou fizeram sofrer de alguma forma. E fica tão só em mim que me sufoca. Então corro pra cá. Aqui, já escrevi sobre coisas boas, mas muito mais, de coisas ruins, que foram desagradáveis pra mim, que me trouxeram sofrimento. Coisas que me incomodaram. Sinto que carrego o peso dos outros nas minhas costas. Sem saber dizer não, sem saber dar um basta, sigo com esses pesos. Até quando vou aguentar? Não sei. Talvez a vida toda. Acho que nasci pra viver isso. Minha personalidade faz isso. Tô esgotada e talvez morra por causa de tudo isso. E serei esquecida. Esquecida pelos poucos que se lembrarão de mim por um tempo. Depois, cada um com seu cadastro um.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Obrigada, meu Deus!

Obrigada Deus, por tanto amor. Pelo teu olhar de misericórdia sobre nós, sempre tão falhos, tão cheios de erros. Obrigada pela calmaria que nesse momento toma conta de mim. Obrigada porque depois de momentos tensos, de toda ordem, tenho momentos de relaxamento. Obrigada pela consciência do teu poder, por existir a bonança depois da tempestade, e assim podermos respirar, retomar o fôlego e nos preparamos para outros momentos de desacordos. Porque a vida é assim, momentos tensos e momentos leves, onde tu sempre vem e acalma nosso coração. Obrigada por ser perfeito, por nos acompanhar nessa jornada, por nos mostrar que somos forte sim, por nos acolher quando nos sentimos muito fracos. Obrigada, meu Deus!

domingo, 7 de janeiro de 2024

"Vai dar tudo certo!"

Hoje eu estou mais sensível.
As vezes tudo o que a gente precisa, diante de situações que nos deixam apreensivos é ouvir que tudo vai dar certo, e não palavras como advertência, tipo uma chamada de atenção pelo que sentimos. "Não seja negativa", "não antecipe problemas", porque nem sempre é o caso. 
Eu sempre encarei meus problemas procurando ter postura e coragem. Mesmo ouvindo de outras pessoas suas experiências não tão boas. Nem sempre é tão fácil, mas encaro. Se é necessário, então eu encaro, sem fugir. Sinto que já fui mais forte em relação a essas expectativas, mas acho que tenho ficado mais frágil com o tempo. 
Vou fazer dois exames que são desagradáveis, manometria esofágica e PHmetria esofágica, daqui há dois dias. E me sinto tensa por vários motivos. Porque um tubo vai passar pela minha garganta até o estômago, e isso é extremamente desagradável. E a minha garganta tem estado irritada por causa do refluxo, provocando coceira e, consequentemente, crises de tosse irritantes. E um outro tubo, da mesma forma, eu terei que ficar por vinte e quatro horas, acoplado a um pequeno equipamento que terei de carregar junto ao corpo, em casa, num calor de verão sem poder tomar banho. E com sintomas de pré menopausa, onde os calores se somam com os do verão. O local onde vou fazer é longe e vou de trem por uma questão de trânsito. Umas três horas pra ir e outras três pra voltar. E no dia seguinte, tudo de novo, para retirada do tubo. Só isso já é suficiente pra eu estar tensa. Não acho que isso é antecipar problema. É só como vai ser. E é claro que será de muito incômodo. Mas, como sempre, vou encarar. Eu sempre encaro. Mas, ao falar sobre isso, queria ouvir palavras encorajadoras, de ânimo e força diante da tensão que estou sentindo. 
Nem sempre as coisas são como gostaríamos. Mas, vai dar tudo certo!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Oração

Eu não sei rezar. Eu não sei o que dizer em oração para Deus nos momentos em que me sinto angustiada, nos momentos em que preciso da sua ajuda e tento fazer uma oração. Não sei pedir. Não sei agradecer. Falando assim, é tão simples, afinal é só agradecer. Pelas coisas que se tem, pelas coisas que se recebe, pela nossa saúde, pelo nosso emprego, por ter onde morar, por nossa família, amigos, pela natureza, por ter privilégios quando muitos não tem. São tantas coisas para agradecer. E não sei, mas parece sempre tão insuficiente agradecer por tudo isso diante de tanto que Deus nos dá. Fico enrolada com as palavras, me sinto não agradecendo o suficiente. E pedir, então? Piora mais ainda. Não sei como rogar, não sinto ser digna de pedir nada. Aí travo, me enrolo, as palavras não saem.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Mais um ano novo

"Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou." É assim que a gente espera. Todo ano. E eu sempre penso: será que chego até o fim de mais este ano? E os meus queridos? Pois é. Deus é quem sabe. A nós, cabe viver da melhor da maneira que conseguirmos, com fé e na graça e misericórdia de Deus. 
Novo ano, novas esperanças. É mais um recomeço para fazermos diferente e melhor. Pelos outros e principalmente por nós. E que Deus nos ajude. As esperanças foram renovadas.

sábado, 30 de dezembro de 2023

Nada

Acordei. Senti o corpo cansado e doído. E veio o sentimento de angústia. E eu pensei no meu nada. Há tempos não tenho animação, força, tesão. Não tenho vontade de nada. 
Esse ano vivi perdas. Perdas que ao longo de toda minha vida não tinham me machucado tanto. Perdi um primo muito próximo, com 50 anos, de infarto; perdi minha mãe que já vinha doente e cada vez mais numa condição muito difícil; perdi minha cachorra Menah, minha companheirinha, meu docinho, com 8 anos, e não sei o que aconteceu. Estava bem e se foi subitamente, muito cedo. 
Esse também foi um ano de muitas idas a médicos e de vários exames realizados, depois que comecei a sentir tonturas e sensações de flutuação ao caminhar, coisas estranhas com meu corpo e sentidos. Graças a Deus nada grave foi diagnosticado. Confesso que tive medo das respostas. Falam muito da vacina da COVID, de suas reações e consequências, a longo e até curto prazo... Será? Não sei. Na verdade, me recuso a acreditar nisso. Mas ainda sinto coisas esquisitas, as tonturas, vertigens, sensação de morte iminente. Como se eu fosse ter um mal súbito. Sinto medo nesses momentos. E fico esperando ver o que vai acontecer, tentando controlar minha respiração e o pânico que bate.
Os exames não deram nada que justificassem meus sintomas. Mas vivemos tempos de ansiedade. E ansiedade também causa esses sintomas. Será ansiedade, então? Também estou na pré menopausa - há tempos e fui diagnosticada com adenomiose uns anos atrás - que também pode ser responsável pelas coisas que venho sentindo, pois a redução da produção dos hormônios femininos causam muitos danos. Será pré menopausa, então? Eu não sei. Mas já estou colocando nessa conta. Enquanto não for diagnosticada com algo sério, que justifique meus sintomas, enquanto eu não tiver um mal súbito (que Deus me proteja!), eu vou pôr na conta dessa minha longa pré menopausa, responsável por tantos danos na saúde da mulher. 
Esse foi um ano tenso pra mim. Não consegui ter leveza, vivi sentimentos angustiantes. Agora, espero que ao término desse ciclo que já já se encerra, eu possa sentir a leveza da vida que não senti. Ter boas esperanças. Viver melhor. Me surpreender. Me superar.

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Natal diferente

Foi a primeira vez que meu Natal foi sem meus pais. No ano passado foi sem o meu pai e, esse ano, sem a minha mãe. Nos meus quase 55 anos de vida, esse foi meu primeiro Natal que passo sem os dois. E também, depois de muitos anos, foi o primeiro em que não me desgastei com as tantas coisas pra fazer. Foi até estranho. Fui pra casa do Celso e passamos a noite com minha cunhada, Célia. Depois chegaram duas amigas. Eu fiz algumas coisas pra ceia, mas nada que me esgotasse como nos outros anos. Foi um Natal diferente, mas nem tanto em relação ao marasmo. Existem ceias de Natal animadas e outras nem tanto. E as "nem tanto" sempre foram as minhas. Minha filha foi pra Pernambuco e meu filho ficou em Brasília mesmo. O tempo passa e muita coisa vai mudando. Quando nos damos conta, vemos e nos sentimos diferentes. A maturidade traz experiências e reflexões... Grata eu sou por ter chegado até aqui, por estar viva e bem. Mas espero que o próximo Natal seja mais feliz. Que eu me sinta feliz.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Velhice

Uma coisa que eu nunca pensei tanto foi sobre a minha velhice. Agora penso sempre. E confesso que tem me assombrado a idéia de envelhecer doente, ficar dando trabalho e sentindo dores, incapaz das menores coisas. Depender de outro(s). Tenho pensado muito nisso. E fico triste com os pensamentos. Sinto angústia. Vi meus pais que envelheceram doentes. Não sabemos como vamos chegar lá. Nem quando. Com que idade somos velhos? Estou perto de fazer 55 anos. E ao mesmo tempo que não me acho velha, também me sinto velha, envelhecendo cada vez mais rápido. É estranho. Principalmente porque tenho vertigens, tonturas que já me acompanham há um tempo, coisas esquisitas que me dão medo. Fui a médicos durante quase todo esse ano: otorrino, cardio, neuro, gastro, nutri, gineco, endócrino, pneumo, faço terapia. E fiz vários exames. Descobri pólipos que foram retirados. Dizem que está tudo bem, mas não me sinto bem. A ansiedade toma conta. Aliás, quem hoje em dia não tem crises de ansiedade? Parece uma epidemia. É muito doido tudo isso. Uma angústia, uma pressão no peito, uma tristeza que bate, medos...

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Irmãos

"Ter um irmão é ter a melhor parte da infância guardada em outro coração."

Essa frase me fez pensar na minha infância com meus irmãos e na infância dos meus filhos. Infâncias vividas diferentes. Ou eu esqueci de muita coisa ou não tive com meus irmãos, a interação que vi meus filhos terem na infância entre si, e que existe até hoje. Não levando em consideração os defeitos que cada um tem, que leva a brigas e mágoas, e que também faz parte. Mas eu não tenho lembrança de uma infância de amizade entre mim e meus irmãos, de amor, de proteção, de ciúmes. Lembro de brincadeiras, de algumas brigas. Lembro muito das muitas e grandes surras que nossa mãe dava na gente. Éramos crianças sendo crianças com uma mãe que não tinha muita paciência ou que aprendeu que também tinha que bater pra educar, porque ela contava que apanhou muito também da minha avó. Sei lá.. Mas nós não tivemos uma infância ruim, não. Mas não lembro de afeto entre nós. Essas coisas de amor, carinho, de sentimentos, não se esquece. Eu não esqueceria. Ou esqueceria? Não, acho que não. Se bem que eu sempre fui muito desligada, e talvez não tivesse percebido enquanto crescia, as coisas que aconteciam, até mesmo esses sentimentos. Pensando agora, me sinto estranha, por tanta coisa que não prestei atenção. 
Hoje sinto falta dessa afetividade entre irmãos. Eu sou a mais velha. Com meu irmão do meio me sinto sem jeito. Tenho mais proximidade com o caçula. Mas não temos intimidade de irmãos, nunca senti que tivemos. Nós damos bem , mas sem essa característica. Queria ter.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Menah, meu amorzinho

Domingo, anteontem, minha neném se foi. De repente. Minha filhinha de quatro patas estava com oito anos e sete meses. Se foi cedo. Nunca esperei que acontecesse dela ir tão cedo. Ainda elétrica, brincalhona, cheia de energia, rabugenta... Talvez eu não tenha observado os sinais. Ela corria, pulava, brincava com a irmã, Ruby, se provocavam. Mas agora me lembro que em repouso já se mostrava mais sonolenta, eu via que estava envelhecendo. Mas como saber até onde vão? Estava bem. Aparentemente bem. 
Fica a saudade, a dor dessa perda repentina. Já tá fazendo tanta falta... sua recepção quando chegávamos da rua... sua companhia... a azaração na minha comida na hora das refeições... o pulo para o nosso colo sem aviso, seu cantinho quente. Éramos dela. 
Ah, se soubesse que você iria logo, teria te oferecido mais o meu colo, te faria mais chamego, te abraçaria e te beijaria mais... Mas tanto amor e carinho nunca te faltaram, meu anjo. Você foi muito amada, minha neném, minha rainha, minha magrela. Dói muito não te ter mais conosco. Nosso colo tá vazio agora. As lembranças, ainda doídas por sua falta. Mas sei que serão amenizadas com o tempo, que essa dor vai passar e que ficarão só lembranças e saudade desse amor e do tempo que vivemos juntas. Meu amorzinho, eu te amo. 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

30 dias

Hoje faz 30 dias que minha mãe partiu, que retornou à vida espiritual. Espero em Deus Pai, Todo Poderoso, que ela possa estar sendo luz ou se, ainda assim não for, que esteja buscando ser luz, um espírito de amor. Precisamos de espíritos de luz e amor para rogar por nós, que nos ajudem a sermos dignos e salvos pela misericórdia de Deus Pai. 
Mãe, tua alma é e sempre foi desse Deus de amor, que nos criou. E eu peço a Ele que tenha misericórdia e que te abrace com amor e compaixão por toda a vida eterna, até que um dia possamos retornar com novas missões. 
Ave Maria cheia de graça
O Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres
E Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.  
Santa Maria Mãe de Deus,
Rogai por nós, pecadores,
Agora e na hora de nossa morte.
Amém.
Mãe, Deus te abençoe sempre.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Tristeza de novo

Eu tô triste. Além da tristeza pela minha mãe ter partido. Agora é pela difícil relação em família. A minha, com meu filho. Eu não esperava que fosse ficar tão triste por suas atitudes. O Léo está sem tempero. Imaturo. Não se percebe em suas atitudes que não estão agradáveis. 

domingo, 5 de novembro de 2023

Um lamento

Há um mês atrás minha mãe era internada devido uma broncoaspiração que lhe acarretou uma infecção pulmonar. Foram 22 dias internada no CTI, intubada. 
Faz 10 dias, hoje, que ela foi morar no céu. Descansou da luta que vinha travando nos últimos meses com a doença de parkinson, que já avançada, dificultava sua deglutição e seus movimentos, numa forte rigidez muscular. 
A sensação é estranha. Meus domingos, antes tão exaustivos, ficaram estranhamente vazios. Minha rotina modificada nos últimos 4 anos, mudou de novo.
Minha mãe foi muito por nós, seus filhos. E eu fico me perguntando se fomos um pouco do que ela foi por nós, para ela. Acho que não. Da mesma forma, vejo que sou muito pelos meus filhos, e percebo que eles não são tanto por mim. No geral, pais costumam fazer muito pelos filhos, que se acostumam só a receber, sem muito lhes doar. 
Isso não é uma cobrança, é só uma constatação. E um lamento.

sábado, 28 de outubro de 2023

Adeus, minha mãe.

Como já era esperado, minha mãe faleceu. Descansou. Ontem recebemos a notícia e hoje foi o seu sepultamento.
As dores e desconfortos acabaram. 
Eu ainda não consegui chorar. Mas já chorei muito. Todo esse tempo, desde que ela começou a adoecer foi muito difícil pra mim. Demorei muito a aceitar. Tive que ver e viver coisas que eu não queria. Em mim, conviviam o amor, a preocupação e o cuidado, mas também a impaciência e a raiva de tudo o que acontecia. 
Minha mãe terminou seus dias de forma doída. O parkinson foi minando sua saúde. E como costuma acontecer com pessoas que tem essa doença, a dificuldade de deglutir fez com que broncaspirasse e tivesse uma sepse pulmonar. Foram 23 dias internada no CTI, intubada, sem obter melhora. Sua idade e parkinson avançado dificultou mais ainda o processo. Foi piorando, seu organismo não conseguiu reagir a infecção. Ela descansou. E nós, ficamos aqui. E eu sinto que falhei como filha, nas minhas emoções e no cuidado com ela. Fiz o que consegui fazer, mas sinto que não fiz o suficiente. Eu peço a Deus que a tenha com amor e misericórdia, que seu sofrimento a tenha redimido de qualquer pecado. Que possa estar junto de Deus e dos queridos que também já se foram um dia. Deus Pai, tenha misericórdia de nós! Obrigada pela vida que nos destinastes. Obrigada. E perdão por ser tão pequena e falha. Mãe, será que ainda vamos nos encontrar de novo? Perdão. Me perdoa.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Misericórdia, Senhor!

Minha mãe continua internada. Já fazem 21 dias. E as notícias sobre a sua saúde não são boas. Hoje meu irmão foi visitá-la e um padre, que foi solicitado, lhe deu a extrema unção. As esperanças são mínimas. E me doeu ele dizer que hoje ela chorou, que lágrimas escorreram de seus olhos. Todas as vezes que fui visitá-la, ficava estática, as vezes com os olhos abertos, sem piscar, as vezes não. Difícil saber se ela estava realmente consciente, nos ouvindo e entendendo, mesmo os médicos dizendo que ela não estava sedada. É duro vê-la desse jeito. Pensar que pode estar sentindo toda essa situação e sofrendo, me dilacera. Com aquele tubo na garganta, sem poder emitir qualquer som. E sozinha naquele CTI frio. Meu Deus, eu te peço, liberta a minha mãe dessa agonia. E a gente tambem. Imaginar seu sofrimento é horrível. Tem misericórdia, Senhor!

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

15 dias passaram

Minha mãe tá internada há 15 dias no CTI. E a cada dia a dúvida se ela vai sair dessa, se vai ficar bem, pois está muito debilitada. A cada dia eu me pergunto como vai ser, ela saindo de lá, pelas questões do parkinson que estão muito avançadas. Eu tento agir como diz na bíblia, não me preocupar com o dia de amanhã,  porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. A cada dia basta o seu cuidado. Mas não consigo. Toda hora vem em mim a preocupação, os pensamentos que em nada ajudam. E duas forças numa briga entre si, o desejo de que ela resista, sobreviva, e seja o que Deus quiser, contra o desejo de que ela possa descansar e acabar com tanto sofrimento. Mas sei que isso pertence a Deus. É Ele quem sabe o que tem de ser e o que será. Mas nem rezar eu tô conseguindo. Não tô sabendo nem conseguindo conversar com Deus direito pra lhe pedir, rogar, porque as palavras me faltam. Tá tudo muito difícil.

domingo, 15 de outubro de 2023

Sinais

Definitivamente. Eu sou péssima em perceber sinais.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Dia melhor

Hoje o dia de visita foi mais animador. Minha mãe tava um com aspecto bem melhor. Intubada ainda, mas não sedada. Portanto, ouvindo a gente. Aspecto bom, uma carinha saudável. E as informações do médico também foram bastante positivas, acendeu a esperança lá no fundo de que tudo vai dar certo e que logo ela vai voltar para casa. Foi um alento pro nosso coração. Que o Senhor conduza nossos caminhos e faça o melhor. Sua vontade é soberana e sua misericórdia é infinita. Ele é quem sabe de todas as coisas e seus desígnios. Obrigada, Senhor, pelo afago nos nossos corações e mentes. Fortalece nossos espíritos! Amém!

domingo, 8 de outubro de 2023

Internação

E Como já era esperado, a minha mãe foi internada na última quinta feira, dia 5. Eu estava no médico, numa das minhas consultas, e meu irmão me ligou dizendo que tinha levado ela pra UPA, porque tava muito fraca, não conseguindo engolir nada, com muita sudorese e dificuldade de respirar. Foi internada na sala vermelha para fazer alguns exames.
Quando cheguei em casa, voltamos no horário da visita pra saber da sua situação. Estava com muito baixa oxigenação e foi colocada no oxigênio, fizeram um exame de sangue, que deu uma infecção, provavel quadro de pneumonia. Informaram que ela poderia ser transferida para um hospital, pois não há internação em UPA e que uma tomografia seria realizada para mais detalhes para cuidados.
No dia seguinte, pela manhã, fomos informados que ela havia sido transferida ainda de manhã, para o hospital Ronaldo Gazolla, em Acari. Ficamos sabendo que estava no CTI e meus irmãos foram no horário de visita saber dela. Novos exames foram feitos, mas respostas só teríamos no dia seguinte. 
Dessa vez fomos eu, minha filha e um dos meus irmãos, visitá-la. Chegando lá, estava sedada e intubada e também fazendo diálise. O médico quando veio falar conosco disse que a intubação se deu por motivos neurológicos e para evitar possível boncoaspiração. A diálise também se fez necessária porque ela ficou sem urinar de um dia para o outro e a orientação da nefrologia foi indicá-la. Uso de antibióticos estavam sendo feitos devido a infecção no sangue que constatou a pneumonia e que ainda aguardavam sair o resultado da tomografia para melhor entendimento e tratamento. Ela estava estável dentro do que se apresentou naquele momento, porém tudo é mais delicado quando já se é idoso.
Estamos agora aguardando que tudo possa melhorar, pois não temos muito o que fazer. O que eu temia, mas já era sabido que uma hora ia acontecer, a sua internação, aconteceu. Lembrar dos dias de idas e vindas ao hospital quando meu pai esteve internado, não me deixa bem. Mas é o vivemos agora, novamente. Agora está nas mãos de Deus e dos médicos o seu restabelecimento. E a nós, família, acompanharmos em oração. 
Deus, cuida de nós! E a mim, pessoalmente, me orienta e me dê forças pra suportar minhas angústias. E te peço perdão pelas vezes que falhei e falho como filha tua e da minha mãe aqui na terra. 


quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Desorientados

A minha mãe não tá bem. E eu já falei isso aqui outras vezes, inclusive nos últimos tempos, percebia que a situação dela oscilava muito, com momentos em que parecia que ela não iria resistir por muito tempo, e outros, onde apresentava uma melhora, aparentando que tudo o que está passando ainda ia levar muito tempo. Tipo o meu pai, que doente depois de um avc, ficou quase 12 anos acamado. E nesse tempo, várias vezes eu achei que ele não iria resistir muito... e por quase 12 anos ele resistiu.
Mas agora a coisa tá bem esquisita. E tudo que eu não queria era ter que voltar a estar em ambiente hospitalar. Porque eu tô vendo que a minha mãe vai ter que ser internada, ela não tá bem e a gente já não consegue mais saber como cuidar, como alimentá-la. Já não come direito, devido a rigidez não consegue engolir, engasgando com muita frequência, hiperventilando, e tá comendo cada vez menos, emagrecendo. Acho que agora ficou bem mais sério. Estamos desorientados.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Família em luto

Hoje um primo morreu. Meu primo e compadre. Padrinho do meu filho. Infartou. 50 anos de idade completados há dois meses. Foi chocante e muito triste. Um cara bacana, bem humorado, falante e animado igual ao pai dele, que também já se foi dessa vida, assim como a sua mãe, minha tia. Dos três irmãos, o mais carismático. 
Fiquei pensando. Fomos privilegiados até aqui. Foi a primeira perda de um primo legítimo, ao longo de tantos anos vividos. Crescemos e vivemos toda nossa infância e juventude juntos. Primos irmãos. Éramos 8 e agora somos 7. Não conto com outros 3 primos que não cresceram com a gente, pois, além de mais velhos, foram ainda pequenos, morar em Brasília e por lá fizeram suas vidas. Não vivemos perdas assim enquanto jovens. Nossa geração de primos conseguiu chegar aos 50 anos. O último a cinquentar foi o meu irmão caçula que aniversariou na última terça-feira, dia 12. Ia fazer uma festa no próximo sábado, depois de amanhã, mas cancelou tudo. Disse que o objetivo, além da comemoração, era juntar a família que há tempos não se juntava. E que por ironia do destino, e com muita tristeza, acabou se encontrando no sepultamento de Didi.
Aqui dentro, um pesar dolorido, uma angústia crescente, cabeça zonza. Difícil de acreditar, mesmos vendo. Sabemos que estamos de passagem por esse mundo e que todos teremos o mesmo destino, mas sempre vai ser difícil momentos de despedida como esse. 
Eu creio em Deus. E apesar da dor sentida, acredito na sua benevolência, e só Ele pra verdadeiramente consolar e acalmar nossos sentimentos. 
Pra gente que fica, a vida segue seu curso, com a saudade e as lembranças que ficam. Até que chegue a nossa hora também. E disso ninguém pode fugir. 
Obrigada, Deus, pela vida que nos destes. De alegrias e tristezas, ganhos e perdas. De amor, saudade, nossa vida.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Saudades da minha infância

Que saudade da minha infância,. Eu era feliz nas minhas fantasias de criança. Não tinha maldade. Tinha muitos sonhos. Que saudade da minha infância. Eu era feliz. Segui com minha ingenuidade até muito tempo depois de adulta. Só eu sei. E sei que assim me livrei de muitos sofrimentos. Mas também não fui fortalecida pelas invertidas que a vida traz. Desligada, passei por elas sem nem perceber. Mas lembro da minha infância. Eu era feliz na minha ingenuidade e inocência que durou anos, mas que hoje me tem frágil, insegura e assustada. Sentimentos que me paralisam...

domingo, 10 de setembro de 2023

Destruída

Me sinto destruída a cada domingo. A cada domingo me vejo mais fraca. Ver minha mãe definhando com esse parkinson cruel está sendo terrível pra mim. Eu não tenho estrutura pra aguentar isso. Tô mal. Fico mal. Meus domingos são horríveis. Eu só tenho vontade de me fechar em mim e chorar, chorar, chorar por tudo de ruim que tem acontecido. Estou exausta. Cansada. Triste. Perdida.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Pensando nos últimos tempos

Tantas coisas aconteceram na minha vida ao longo dos últimos tempos... Desde que a minha mãe adoeceu, a minha rotina mudou e eu que era uma pessoa muito parada, tive que me movimentar um pouco mais. Ao mesmo tempo, meu relacionamento com Celso começou a descer a ladeira. Mas também, parando pra pensar, eu não sei como é que a gente conseguiu estar juntos até hoje, porque sempre foi tudo muito complicado, nosso relacionamento sempre foi muito difícil. Acho que é porque, ainda que difícil, a gente se ajude em alguns aspectos das nossas vidas, e é por causa dessa ajuda mútua, uma ajuda fraterna, que a gente ainda está junto. Há quase dois anos, também adotamos uma cachorra de rua que o Celso encontrou e, por conta dela, de novo e mais um pouco a minha rotina foi mais alterada ainda. Não que eu tenha me transformado numa pessoa mais ativa, porque continuo bem devagar, sou uma pessoa devagar por natureza, porém muito menos do que era. De certa forma foi bom, mas uma coisa que eu ainda não consigo fazer são os exercícios físicos que são necessários e que eu sei que eu preciso fazer pra manter minha saúde melhor. Mas como é difícil! Como eu não consigo me movimentar pra isso, mesmo sabendo que isso melhoraria muito a minha vida. A coisa é tão séria que eu penso que esse é o meu grande mal. E que ainda vou pagar caro por isso. Que Deus me defenda, que tenha piedade de mim, ainda que eu ache não merecer a sua misericórdia.

sábado, 2 de setembro de 2023

Sábados também

Nos últimos tempos, meus sábados, vésperas dos domingos, têm sido de muita tensão pelo que imagino que vai ser o meu dia seguinte. Angústia e desconforto, preocupação e ansiedade começam a tomar conta de mim, então eu já não durmo direito, acordo cansada, e o dia só é salvo se eu conseguir me controlar ou se minha mãe colaborar. E tem sido muito difícil. Minha mãe tem oscilado num nível de descrepância muito grande, oras está bem, oras está bem mal. Meus fins de semana têm sido assim. E mesmo quando (raramente) acontece de eu ter algum evento no fim de semana, ficando meus irmãos a cuidar da minha mãe, nem assim eu consigo me sentir relaxada. É como se eu estivesse contaminada e mesmo tentando descontaminar, não adiantasse muito.

domingo, 27 de agosto de 2023

Muita dificuldade

Tô aqui, deitada na minha cama, embaixo das cobertas. Está frio, o tempo tá chuvoso. Tô pensando em como será o meu dia, lembrando da semana passada que foi muito ruim e assustador pra mim, ficar com a minha mãe, cuidar dela. Ajudá-la a se alimentar está sendo bem tortuoso, está sendo bem difícil. Eu desabo nessas horas porque a situação está tão precária, a dificuldade dela tá cada dia maior em engolir, que eu já não sei mais o que fazer e isso me perturba de um jeito que eu não consigo controlar minhas emoções. O dia passa e no final eu fico esgotada física e, principalmente, mentalmente. Como eu queria não precisar ir pra lá e ter que passar por tudo isso de novo. Me sinto desanimada e até fraca. Vou pra lá rezando pelo caminho, pedindo pra que o dia seja melhor, pra que ela esteja melhor, pra que tudo seja mais tranquilo. Só eu sei o que eu sinto e como isso tem afetado. Mas é a minha mãe, precisa de mim e dos meus irmãos. Mas eu confesso que me sinto sem estruturas pra lidar com o que tem sido os últimos tempos em relação a sua doença. 
Que Deus nos ajude, nos ampare. Que Ele cuide de nós, das dificuldades e do sentimento de impotência, do medo e do pânico que toma conta de mim, e de toda a nossa fragilidade. Estamos todos muito frágeis.

domingo, 20 de agosto de 2023

Domingo difícil. Ô mãe...

A situação da minha mãe tá cada vez mais difícil. E eu não sei mais o que fazer. Não queria que ela fosse pro hospital, porque a probabilidade dela ficar e talvez não voltar, acho que é bem grande. Ela não tá conseguindo engolir e com isso sua alimentação e hidratação estão ficando prejudicadas. E hoje, mais uma vez, eu estou esgotada porque está sendo um daqueles dias difíceis dela comer e beber. 
É domingo. O dia que convencionou-se, eu ficar com ela. Principalmente depois que meu pai morreu, e eu passei a trazê-la pra minha casa pra que ela pudesse sair daquele quarto empoeirado, daquelas quatro paredes de todo dia e respirar outros ares com companhia constante. Ao menos um dia na semana. No início até era mais fácil, mas agora tá ficando mais complicado. Se antes era difícil pra mim por tudo o que eu senti, da dificuldade que eu tive pra elaborar essa nova realidade que se instaurou em nossas vidas (quase quatro anos), agora piorou bastante. Eu até consegui aceitar (e demorou) os novos fatos, mas lidar com as dificuldades atuais não está nada fácil, pelo menos pra mim. Os engasgos dela estão cada vez mais frequentes e piores, sua respiração superventila. É uma imagem bem horrível de assistir. É difícil dela comer, beber e engolir qualquer coisa, sólido, mole, pastoso ou líquido, e ainda ter que respirar. É uma gosma transparente e pegajosa que acumula na garganta e faz tudo piorar. Ela consegue engolir, ela consegue cuspir. Às vezes é mais fácil, outras vezes muito difícil. Hoje foi e está sendo bem difícil. E eu estou sem prumo. Não consigo ter equilíbrio diante disso tudo, por mais que eu tente ser forte. Não sei o que fazer e me sinto sozinha, não tendo com quem dividir essas angústias. Meus irmãos, não temos cumplicidade e talvez o mesmo entendimento. Eu sinto que não temos o mesmo entendimento sobre tudo o que passa. Mas também não posso dizer o que eles sentem, pois cada um é cada um e quem sou eu pra falar do sentimento do outro, uma coisa tão intrínseca, tão de dentro. Cada um sente como tem que sentir, e eu evito julgar mais ou menos qualquer sentimento do outro. Mas sei de mim. Sei que me sinto frágil e sem saber o que fazer, mas tendo que fazer o que não sei. Tá muito difícil. Era difícil antes. Mas tá bem pior. 

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Sensações idiotas

Por que que as vezes, do nada, começa uma sensação de pesar, um aperto no peito, um incômodo estranho que chega a doer? Um mal estar espiritual que toma conta, que vai se espalhando e, de repente, você se sente pra baixo, angustiado, triste, sem ânimo e com aquele incômodo desagradável no peito. Más energias? Ansiedade atacando? Um lapso de depressão? O que é isso? O clima hoje tá frio e eu sinto mais frio ainda, chego tremer. A energia vai embora. Bate sono. Pesar. Solidão. Desânimo. E estava tudo bem poucas horas atrás. Sensações idiotas, essas!

domingo, 6 de agosto de 2023

Sem estruturas

Minha mãe tem piorado progressivamente. Tem tido engasgos mais fortes e frequentes e com isso sua respiração fica muito alterada. Geme o tempo todo. Dificilmente consegue ficar quietinha, mesmo deitada. Seu descanso não parece que descansa. Aparentemente parece sofrer muito quando come ou bebe ou toma seus remédios. Não sei o que sente, não sei se a dificuldade de engolir dói, não sei. Já não se entende quase nada do que ela fala, pois é uma fala muito embolada. Quando pergunto se está sentindo dor, diz que não. Não sei. É muito triste e inquietante olhar pra ela nessas condições. Não saber o que fazer pra ajudar a melhorar é desesperador. Tenho pedido a Deus que possa terminar com sua agonia. Um milagre ou o descanso final. Eu não tenho estruturas pra vê-la assim. Cada dia é mais um dia de angústia pra mim. E assim começo a ter medo do meu futuro, da minha velhice. Meus pais não tiveram a sorte de envelhecer bem e com saúde. Ambos adoeceram cedo, igualmente aos 69 anos. Meu pai ficou quase 12 anos acamado, com sequelas de um avc, e minha mãe está há 4 anos sofrendo com os sintomas do parkinson.
Tenho medo. Comecei a sentir medo.

sábado, 5 de agosto de 2023

Tratamento

Não, não é propaganda de remédio. É tratamento mesmo. 
Descobri através de uma endoscopia que estou com H. Pylori, bactéria que, com o tempo, causa gastrites, úlceras e outros problemas no estômago. E o tratamento se dá com bastante antibiótico. Esses aí da imagem. É um tratamento pesado, também com bastante omeprazol e pantoprazol. São 3 meses tomando remédios, pra depois repetir a endoscopia e saber se a bactéria morreu. 
Essa caixa foi o começo. Foram 8 comprimidos por dia, 4 de manhã e 4 de noite, durante 14 dias. Acabei de terminar com os antibióticos e, a partir de amanhã, sigo com omeprazol por mais 14 dias e depois, com o pantoprazol por mais 60 dias. 
Até que resisti bem a tanto antibiótico e espero continuar bem até final do tratamento. Soube que algumas pessoas passam mal tomando tanto antibiótico. 
Agora, será um comprimido por dia, pela manhã, até o final. Menos mal. Eu só quero que isso acabe logo. E que o tratamento tenha o seu efeito, acabando de vez com essa bactéria.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Não sei não ser isso

"Eu me lasquei porque eu sou romântico e não sei não ser isso."
Ariano Suassuna, faço minhas as suas palavras.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Sexualidade

O que você faz quando sua filha chega para você e diz: "mãe, eu me apaixonei por uma garota. Não era uma coisa que eu esperava porque nunca tinha sentido nada em relação a isso, mas de repente eu me apaixonei por uma garota."
Em dezembro do ano passado eu tive essa surpresa e confesso que num primeiro momento me senti atordoada. Nunca tinha visto nada, traço nenhum em meus dois filhos que pudessem levar, um dia, a essa realidade. Ela viajou para Pernambuco para conhecer a pessoa por quem, a princípio, se apaixonou pela internet. Não me disse nada sobre seus sentimentos porque, precavida, viu que tudo poderia ser só uma ilusão e, por que falar de uma coisa que poderia não ser? Mas foi. 
Lidar com essa nova realidade não foi exatamente fácil pra mim, mas também não foi tão complicado e nem demorado de aceitar. Porque eu amo muito os meus filhos e tudo o que eu quero nessa vida é que eles sejam felizes, se sintam confortáveis, estejam bem e se sintam leves. Assisti minha filha durante muitos anos ter crises de ansiedade, sem saber exatamente como agir. Uma impotência que maltrata demais. Você não pode muitas coisas. Momentos de angústias como esses, criam angústias infinitamente maiores. Sofre todo mundo que te ama. E pra quê tanto sofrimento, mais sofrimento?
Nesse mês de julho, enquanto eu estava em Brasília, na casa do meu filho, a minha nora veio passar uns dias em nossa casa. Eu já sabia, a Ingrid já tinha me falado. E tudo bem. Retornei dois dias depois que ela chegou. Conheci a minha nora. Gostei dela. Não senti nenhuma sensação estranha, nada de intuição ruim, e meu coração continua tranquilo. Tudo se encontra em harmonia. Isso me deixa muito feliz e tranquila. E me dá paz. Perfeição não existe. Mas amor, vontade que as coisas dêem certo, compreensão e respeito, têm de sobra. 

terça-feira, 4 de julho de 2023

Expectativa realizada com sucesso

Estou em casa! Graças a Deus, tudo deu certo dessa vez. Não sem mais emoções, porque não foi fácil. A princípio pareceu que eu não conseguiria o vôo novamente e voltaria pra casa angustiada.
Começamos o dia com o meu filho indo trabalhar bem cedo, iria fazer 24 horas de serviço, só retornando na manhã do dia seguinte. E eu teria que, sozinha, pegar um Uber para ir para o CAN tentar minha viagem de volta pra casa. Confesso que fiquei insegura, queria que meu filho me levasse. Não sou uma pessoa deslanchada e me sinto intimidada longe da minha zona de conforto. Mas tinha que ir, não podia perder a oportunidade. Precisava ir embora. E lá fui eu na hora combinada. O Léo chamou um Uber pra mim e me despedi de sua casa mais uma vez, não sem antes orar e pedir a proteção de Deus Pai sobre ele, e sobre cada cômodo do seu lar. 
No caminho fiquei sabendo que soltaria onde meu filho trabalha, no Cindacta, e que de lá ele me levaria até o aeroporto do CAN. E assim foi feito. Foi ótimo ter com meu filho naquele momento, mesmo que rápido, porque ele teve que voltar ao serviço. Nos despedimos e lá fiquei eu, junto de outras pessoas, aguardando mais uma vez a sorte de sermos chamados para aquele vôo. E foi tenso. Nem demorou muito e já ficamos sabendo que o vôo já tava cheio. Ou seja, que não iríamos nele, que não conseguimos de novo. Um avião com capacidade para 50 pessoas, mas que só autorizaram 35. Um desânimo frustrante tomou conta de mim... ter que voltar para casa do meu filho e ter que esperar novamente outra possível chamada sei lá quando... E eu precisava que voltar logo, ali já era o meu limite. Mais dois dias e minhas férias acabavam, eu tinha que retornar ao trabalho. E além disso, no mesmo dia era o aniversário da minha filha, que estava me esperando.
Como já estava lá mesmo, e assim como na tentativa anterior, resolvi que ficaria até que informassem o encerramento oficial das chamadas para aquele vôo. Fiquei literalmente a espera de um milagre. Eu e os outros, que também tentavam vir pro Rio. E assim, sei lá o que aconteceu, um sargento apareceu e começou a fazer mais chamadas. Fui o terceiro nome. Agradeci a Deus! Finalmente iria pra casa. Decolamos as 17h30 e aterrissamos as 19h. O vôo foi tranquilo e ainda demos carona pra Geovana, uma senhora que conheci e que também esperava ser chamada. Perguntou onde eu morava aqui no Rio e pediu carona, pois morava também pro lado de cá, em Cosmos. Tudo certo. 
Como é bom estar de volta! Minha casa, meu refúgio. Meu abrigo seguro. Obrigada, Deus!

domingo, 2 de julho de 2023

Expectativa 4

Nada é mar de rosas o tempo inteiro, mas tem momentos tão difíceis de entender e aceitar. E que doem. Por mais que eu me esforce pra minimizar os danos. Mesmo pensando que pode ser só um momento ruim. E que a pretensa intimidade faz isso com as pessoas. Descobri, ficando quase vinte dias com meu filho, na casa dele, só eu e ele, que não sei lidar com ele. A maioria do tempo foi muito bom, mas teve pelo menos dois momentos que me magoaram muito, mesmo eu tentando encontrar um outro olhar para aqueles infelizes instantes, justificar, talvez. 
Assim que cheguei, brinquei dizendo que no grupo de pagode, eles bebem muito enquanto tocam e usei o termo "encher a cara de cachaça". Ele se ofendeu de um jeito que me surpreendeu. Falei que foi só uma forma de falar, mas já era. 
Hoje, enquanto jogava vídeo game, gesticulava muito com o jogo (ele sempre faz isso), eu achei engraçado e resolvi filmar. Quando ele viu, não gostou. Eu disse que era pra mostrar pra ele como é que ele fica engraçado e usei o termo "meio doido". Sua reação mais uma vez me surpreendeu, e mesmo eu dizendo que era só pra eu mostrar como é engraçado ele jogando, não adiantou. Ficou indignado e foi onde ele disse: "talvez esteja mesmo na hora da senhora ir embora." E ainda trouxe de volta o "encher a cara de cachaça". Isso me magoou tanto. Sua capacidade de levar certos comentários meus ou atos para um lado ruim, me abalou, me deixou muito triste e me calou. Me fez querer ficar calada pra sempre. Vi que não sei lidar com ele, ou o que fazer ou dizer nessas horas. E agora eu quero ir embora pra minha casa, pro meu refúgio, meu porto seguro.
A vida dele é do seu jeito, na sua construção e nas suas convicções. Sei que fui só um instrumento para trazê-lo ao mundo e que depois do seu vôo solo, sua vida seria por sua conta. De qualquer forma, e independente de qualquer mágoa, eu sei que eu vou estar sempre por perto, ao seu lado, mas só por perto mesmo. A vida é dele.
Nessas horas eu queria tanto ter a sabedoria das mães sábias, pra dizer somente o suficiente e pra saber reagir melhor.
Um tempo antes dessa frase que me devastou, ele me informou que fui convocada, como reserva mais uma vez, para um vôo do CAN para amanhã, segunda. Na hora nem me empolguei tanto devido a tentativa anterior frustrada pelo brigadeiro. Mas agora, quero muito ir embora. Recuperar o meu eu. 
Amo muito, muito o meu filho. Sempre vou amar. Perdôo e sei que foi um momento ruim. Mas eu preciso voltar pra minha casa. Minha casa física e espiritual.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Expectativa 3

Infelizmente não consegui o vôo de ontem. Houve a interferência de um brigadeiro que decidiu diminuir a quantidade de pessoas que estavam lá, aguardando o vôo, para que ele e outros militares de maior patente pudessem viajar com mais folga dentro do avião, caso contrário ficariam todos muito apertados. Era um avião de carga, bem grande, com bastante vagas, que ele mandou diminuir a capacidade para ter mais conforto. Queria não julgar, mas não deu, fiquei indignada! Minha volta seria praticamente certa. E por isso, eu e outros não conseguimos. Tinha muita gente aguardando. Talvez todos não conseguissem a vaga, mas muitos perderam a oportunidade por conta da ordem desse brigadeiro, infelizmente. 
Agora eu tô aqui numa nova expectativa. Meu filho tinha me inscrito pra tentar um vôo até amanhã, sábado. Como ontem não aconteceu, posso ainda ser chamada para algum vôo nesse último dia dessa inscrição. E será mais uma tentativa. 
De qualquer forma, hoje ele fez uma nova inscrição pra tentar a chamada a partir de domingo até quinta-feira. Pra amanhã, sábado, eu não tô acreditando muito. Seria maravilhoso, perfeito se acontecesse! Mas, fiquei decepcionada de ontem, e não tô confiando não. Porém, mais uma vez, sinto que a confiança pode voltar para a próxima semana, já que as possibilidades melhoram. Quem sabe dessa vez acontece! Mas, também será o meu limite de espera. Infelizmente, caso não consiga de novo, comprarei uma passagem de ônibus (porque de avião está muito cara neste momento). Minhas férias acabam no dia 5 de julho. E além do retorno ao trabalho no dia 6, também é o aniversário da minha filha. Tenho motivos importantes para já estar em casa nesses dias. Então, seja o que Deus quiser! 

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Expectativa 2

Não fui chamada para o vôo de ontem, mas me chamaram para o de hoje como reserva, que eu já imaginava que seria. Como reserva não há certeza de que consigo a vaga, pois é necessário haver desistências de titulares ao vôo. Mas estou confiante que conseguirei embarcar. Preciso retornar e hoje seria ideal. É claro que se não acontecer ficarei mais preocupada com a minha volta para casa, porém, é como se diz: "um dia de cada vez" e Deus tem seus planos, que nem sempre são iguais aos nossos. Mas eu só tenho a agradecer. A estadia na casa do meu filho tem sido muito boa e me deu o que eu precisava, relaxar um pouco das tensões cotidianas da minha vida de lá. O Leo também aproveitou bastante ter a mamãe tão perto todo o tempo, afinal fomos só nos dois nesses dias. Coisa que não acontecia desde que ele saiu da nossa casa e veio morar em Brasília, há quase 10 anos. Até cozinhar, ir no mercadinho, na farmácia, na padaria foi diferente, foi mais leve e até (quem diria!) satisfatório, pois me distraía e não me deixava no completo ócio (que a Ingrid não saiba disso!). Aqui é tudo muito silencioso e quase não se vê os moradores. Deve ser porque são apartamentos. Estamos no terceiro andar, a vista da janela é para uma quadra de estacionamento praticamente vazia, telhados de casas e outros prédios em frente. Passava um carro da pamonha todo dia e eu desci duas vezes para comprar, pois adoro pamonha. Mas ele parou de passar. E justamente quando pensei em comprar mais quantidade. Fiquei na vontade.
Mas hoje, se Deus quiser, estarei voltando pra casa. E de volta à minha rotina, espero me sentir revitalizada por um bom tempo. Que assim seja! 

terça-feira, 27 de junho de 2023

Expectativa

Hoje eu fiquei aguardando que pudesse ser chamada pra voltar amanhã pra minha casa, através do CAN. Mas, infelizmente não aconteceu. Então, segue o meu pensamento mais que positivo, fervoroso, para que amanhã isso possa acontecer e assim eu possa retornar pelo menos na quinta-feira, que já seria o que eu tinha pensado. Mas, infelizmente não depende do que eu penso ou até do que eu quero. Depende da chamada, e eu preciso ir embora essa semana. Preciso dar uma força pra minha filha, ver minha mãe, meu marido, minhas Menah e Ruby. E ter que comprar passagem vai ser duro, porque tá bem caro. 
Oração positiva de rogo e dedos cruzados pra reforçar que amanhã serei chamada pro vôo. Que Deus me ajude!

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Satisfeita comigo

Hoje começa a expectativa do retorno para casa. Aguardando a chamada pro CAN e ansiosa por voltar. Foi ótimo estar aqui na casa do meu filho. Relaxei, descansei, deixei de lado um montão dos problemas. Mas tenho que voltar. 
Estou aqui, sentada no meu cantinho da janela, onde o sol bate pra me aquecer um pouco. Aqui fico algumas horas sentada, descobri esse cantinho preferido. Enquanto Leo dorme, eu me levanto, tomo minha água com limão em jejum e me aqueço enquanto olho para os telhados das casas vizinhas, os outros prédios ao redor, ouço os cachorros latindo ao longe, vejo um gato caminhando lentamente pela rua. Aqui é muito calmo. Como foi bom vir pra cá. Eu tô muito feliz. Querendo ir embora e ao mesmo tempo ficar mais um pouco. Mas minha vida é lá no Rio, em Santa Cruz, meu lugar, minhas raízes. E eu sou muito raiz. Posso dizer foi o melhor tempo que passei aqui, depois de já ter vindo outras vezes. Um sentimento de paz e tranquilidade que fazia tempo não sentia assim. Tô com saudades da minha filha, do meu marido, da minha mãe. Mas nesse momento, tô muito mais satisfeita comigo. 

domingo, 25 de junho de 2023

Dez dias

Já estou há 10 dias na casa do meu filho, aqui em Brasília. Vim com a intenção de ficar no máximo esse tempo, mas penso poder retornar para casa daqui mais três ou quatro dias. Assim espero, com ansiedade, a partir de agora. Como estou tentando voltar através do CAN, assim como vim, não há certeza se logo serei chamada. E por isso pode ser que tenha que ficar ainda mais uns dias. Mas estou confiante e torcendo muito para que eu possa realmente ir embora ou na quarta ou na quinta-feira próximas. E que assim seja! 
Pensei que fica mais angustiada ficando aqui todo esse tempo, afinal de contas não é muito fácil ficar com meu filho direto. Apesar da gente ter um bom relacionamento, cada um é cada um, com suas manias, suas peculiaridades e às vezes a gente cansa, quer voltar para nossa casa, nosso canto, nosso refúgio. Amo meu filho. Muito. E sei que ele me ama. Mas também sei que depois que nos tornamos adultos e independentes, criamos nossa própria forma de viver e conviver. Diferenças começam a surgir e muitas vezes podem causar conflitos. Eu entendo que faz parte do processo de individualidade e amadurecimento que todos nós passamos. Mas então é a hora de retornar tranquila e consciente. Para poder voltar numa outra oportunidade e tudo continuar bem. E isso é bom. Muito bom. 

domingo, 18 de junho de 2023

Descanso

Terceiro dia na casa do meu filho. Nada pra fazer. Aqui onde ele mora é bem calmo. Ainda bem que não ligo pra sair, vim mesmo para descansar minha cabeça, sair da minha rotina em casa e ficar com meu filho um pouco. Tenho feito nosso almoço e jantar. Nada demais. Como o Leo está de repouso devido ao procedimento de transplante capilar, faço o que é necessário e o restante do dia, leio, vejo tv ou fico deitada e enrolada numa manta, porque aqui está frio, a casa é fresca e como não estamos no verão, o clima aqui no terceiro andar está frio. O solzinho é muito bem vindo nesses momentos, quando desponta nos cantos da casa ou então, lá embaixo, nos bancos onde me sento só pra me aquecer um pouco. Tudo é bem calmo e silencioso.  

sexta-feira, 16 de junho de 2023

De volta a Brasília

Finalmente estou em Brasília na casa do meu filho, depois de três anos da última vez que estive aqui, no seu aniversário de 27 anos, junto com Celso, Ingrid, Adriano e Menah. Sim, nossa amada cachorrinha veio conosco. Viemos de carro, numa viagem bem tensa e demorada, pois choveu muito.
Dessa vez, depois de tudo certo para a viagem através do CAN, quase que ela não acontece. Mudaram o horário do vôo de repente, seria às 20h e anteciparam para às 17h. Quando meu filho foi avisado, eu tinha que já estar lá praticamente, devido a chamada dos passageiros que fazem cerca de duas horas antes de embarcar. Aí foi uma correria para chegar no Aeroporto da Base do Galeão e tentar, tentar. E deu certo! Com um atraso de quase uma hora e meia da chamada, cheguei e consegui ainda embarcar. Acho que a mudança do horário pegou muitos desprevenidos. Não fui a única a chegar atrasada. O problema é que moro muito longe e chegar rápido, com o trânsito caótico da Avenida Brasil, nem sempre se consegue chegar na hora onde quer que se vá, quanto mais sabendo que já se está muito atrasado. Na verdade, eu já contava que voltaria para casa, sem conseguir chegar a tempo, perdendo assim, o vôo.
Mas deu certo! Cheguei a Brasília por volta das 19h de ontem. E agora cá estou eu, na casa do meu filho, deitada, descansando. Relembrando a correria e a tensão do momento. Vim pra relaxar a tensão, esquecer um pouco minha rotina no Rio, descansar e ajudar meu filho que fez um procedimento de transplante capilar e tem que ficar de molho um pouquinho. Ele está muito bem. Estamos muito bem. Graças a Deus por tudo!

domingo, 11 de junho de 2023

Nem sombra

Eu queria que meu pai tivesse tido uma vida espetacular. No seu fim, foram quase doze anos acamado e dependente pra tudo.
Eu queria que a minha mãe tivesse tido uma vida espetacular. O seu fim está sendo com parkinson, enrijecida e débil. Nem sombra do que foi toda a sua vida independente. Triste ser testemunha desse fim.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Feriadouu

Feriadouuu! E eu aqui, sentada na varanda, esperando Ruby acabar de comer (como enrola pra comer!), pegando um solzinho, numa preguiça que esse solzinho dá, e nada muito elaborado para fazer. Já vai dar meio-dia e tenho que fazer algo junto com a minha filha pra gente comer. Algo leve, mais saudável, porque tô com h pylori e preciso me cuidar. Além de todas as outras coisas, ainda tem mais essa. É... Não é mole não! E vamos que vamos.

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Dilema

Eu posso não ser a melhor filha. A que deveria cuidar da mãe com maior zelo possível. Mas eu me preocupo muito com ela, e penso nela, no seu bem estar e melhor conforto e que nada possa lhe faltar para que possa ficar bem na medida do possível.  Eu, dentro dos meus limites, tento fazer o que posso, porque é muito difícil para mim, desde que ela adoeceu, essa mudança de tudo para mim. Mas ainda assim, me sinto muito culpada. Acho que nunca retribuirei igualmente a ela tudo o que fez por mim. Não sei se filhos conseguem fazer por seus pais tanto quanto eles fazem por nós. Isso me deixa mal. E não é só dizer "é só fazer", não é tão simples assim. Pelo menos não pra mim.

terça-feira, 30 de maio de 2023

Conselhos de classe - COC

Trabalho a 20 anos numa secretaria escolar. Como agente administrativo, tenho que participar dos conselhos de classe das turmas junto ao corpo docente e coordenações pedagógicas. Sou a responsável por lavrar a ata da reunião. Verdade seja dita: nunca gostei. Cada vez que tenho que ir num COC, me desagrada. Faz parte do meu trabalho, mas detesto. Acho que se fossem mais objetivos me sentiria melhor, mas muitas vezes parece uma reunião pra jogar conversa fora. Já não me sinto confortável e ainda ter que ficar ouvindo blá blá blá, nao tenho paciência. 
Obs: estou num conselho agora.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Silêncio e pânico

Ontem foi um dia muito difícil pra mim. Um domingo angustiante. Só de lembrar ainda me sinto muito, muito angustiada e triste. Fiquei mal, com crise de ansiedade que tive que fazer força para controlar.
Como sempre, aos domingos, trago minha mãe pra minha casa, pra ela almoçar uma comida diferente, sair daquele quarto, respirar outros ares e ter companhia por mais tempo. Ela tem parkinson. Sua rigidez muscular está bem complicada. Seu engolir, principalmente líquidos, tem ficado cada vez mais difícil, com engasgos frequentes e assustadores. Ela tem uma gosma permanente na garganta que tem ficado cada vez mais viscosa, e que ela fica tentando retirar a todo instante, puxando, fazendo barulhos, arranhando a garganta e cuspindo o que parece um catarro transparente, que se prende a sua língua dificultando limpar sua boca. É uma crise que dá e isso tem sido cada vez mais constante. Tem momentos em que fica por muito tempo tão ofegante, com dificuldade de respirar e cansada de tanto engasgar e excretar essa gosma. 
Foi o que aconteceu quando fui buscá-la. Ela já estava nessa crise, com meu irmão limpando sua boca e esperando melhorar. Disse que começou quando foi beber leite. Tentamos uma nebulização pra ver se acalmava e nada. Demorou, mas devagar foi sendo controlado. Assim, seguimos para minha casa, torcendo que não piorasse mais. Por um tempinho ela ficou bem, almoçou sem maiores problemas, mas na hora de beber água, engasgou. E foi aquilo tudo de novo. Dessa vez não demorou muito e, após acalmar, quis se deitar para descansar. Pausa no sufoco. Até que chegou a hora de tomar seu lanche da tarde. Engasgou de novo. Isso tá virando um pesadelo. Já tô desenvolvendo pânico desses momentos e nada posso fazer, só esperar se restabelecer. E enquanto isso, um desespero me bate, uma sensação horrível de impotência, de dor e de medo. Fico olhando minha mãe ter essas crises, impotente, sentindo eu a minha própria crise se instaurando, ofegante e silenciosa e apavorante, crescendo a cada dia.

sábado, 27 de maio de 2023

Fibromialgia

Houve um tempo em que eu sentia tanta dor no meu corpo que passou pela minha cabeça que pudesse ser fibromialgia. Engraçado é que depois, as dores se foram. Mas durou tempo suficiente pra eu achar que poderia ser essa doença. Lembrei disso porque navegando na internet, apareceu o nome fibromialgia, então lembrei dessa época. E não faz nem tanto tempo esse período. Será que foi estresse? Estresse dói? Eu tava passando por uma fase muito ruim na minha vida, mas tive que aos poucos aprender a lidar com tudo. Eu senti tantas dores.  Era muito ruim. Foi estranho viver aquilo.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Vamos falar da preguiça

Eu lembro que eu gostava de manter a minha casa organizada, arrumada, com as coisinhas no lugar. Até eu perceber que eu era sozinha nesse movimento, que não tinha ajuda. A obrigação era minha (?). Eu trabalhava fora e ainda tinha que limpar e arrumar tudo o que eles desarrumavam. Retirava as coisas que eles largavam pelo caminho, ajeitava tudo e eles desarrumavam de novo. Então eu cansei. Só que acho, abri um portão para a preguiça, que veio tomando conta de mim. E não é uma preguiça só de arrumar casa, é uma preguiça de tudo. Tomou conta de mim de um jeito que tenho preguiça de me arrumar, de sair, viajar, me divertir... Pra dizer a verdade acho que um espírito preguiçoso se apossou do meu corpo e não saiu mais. Simplesmente não sinto vontade, tenho pre-gui-ça. 
No meu trabalho é que as coisas seguiram normais, não sei se pelo fato de ser o meu ganha pão, o que mantém a mim e minha família, mas nessa parte as coisas se mantiveram iguais. Mas só com o meu trabalho propriamente dito, porque para encontros e festinhas da firma, não tenho vontade. Me tornei meio anti-social, sei lá. Fiquei com preguiça de gente. Percebi que prefiro ficar no meu canto e não incomodar ou precisar de ninguém. Sei que dizer "não precisar de ninguém" pode parecer um pouco pesado, mas é não precisar no sentido de não ter que pedir favores. Eu procuro me bastar dentro das minhas necessidades e incomodar menos possível o outro. Característica minha. 
A preguiça é um mal, eu sei. É um pecado capital, então o negócio é bem sério. Mas sofro desse mal. Que Deus tenha misericórdia de minha alma.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

O que pode ser?

Já tinha dito aqui que achava que estava com a síndrome do túnel do carpo, pois há uns anos, ao dormir, sinto dores nos braços e mãos, que ficam dormentes e doloridos e esses são sintomas de quem tem essa síndrome. Já fui ao ortopedista por isso, fiz um ou outro exame, fiz fisioterapia, mas nenhuma certeza no diagnóstico final. O tempo foi passando, eu deixando pra lá já, que não resolvia o problema e fui suportando o incômodo, pensando num outro momento ver isso de uma vez. E foi o que fiz agora, diante de um monte de problema que eu tenho tido, resolvi me cuidar e fui ver esse problema antigo no meu braço. Fiz o exame de eletroneuromiografia, que também detecta a doença, mas para minha surpresa não deu nada disso, tudo "dentro da normalidade". Como assim? E o que eu sinto há anos, o que é? Bem, o médico disse que podemos repetir o exame daqui a uns seis meses, mas sinceramente, não sei não. Pois eu já sinto esse incômodo, essa dor há alguns anos e acho que já era para detectar, caso fosse essa síndrome. Porém, pode ser também um processo inflamatório, artrite ou artrose, essas coisas. O médico solicitou exame de sangue, que já fiz e estou aguardando o resultado, para retornar e verificarmos se não seria esse o problema da dor no meu braço direito. Sinto dores na articulação do cotovelo, pode ser, né? Vamos ver. Também sinto, bem menos, o braço esquerdo. Mas é o direito que incomoda mais. O que será? A dor existe. E tem tempo.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Relação médico-paciente

Como eu disse anteriormente, tô indo a médicos e fazendo alguns exames que estão sendo solicitados. Acabei de chegar de uma endoscopia digestiva; fiz uma ressonância da pelve no final da semana passada; no início dessa semana, uma ultrassonografia do abdome total. Ainda tem uma colonoscopia que só consegui marcar lá pra frente, daqui há dois meses ainda.
Final dessa semana retorno ao ortopedista para levar o resultado do exame de eletroneuromiografia que ele pediu. Tudo indica que tenho síndrome do carpo.
Ontem fui no clínico e solicitei exames de sangue. Iniciei um processo de gripe, resfriado, virose, sei lá o quê. E tô com a garganta irritadíssima, rouca, tossindo e com catarro. O médico passou um xarope e pediu um RX de tórax... mais um exame.
A parte ruim disso tudo, pra mim, tá sendo a relação médico-paciente. Eu não sei onde foi parar o acolhimento da parte deles para conosco. Chegamos com a nossa queixa, preocupados com nossa saúde, fragilizados... e nos deparamos com profissinais que muitas vezes nem sequer olham pra a gente. São frios, parecem máquinas. Muitas vezes eu me sinto até constrangida de estar doente e precisando desse atendimento. Bate uma descrença e uma falta de confiança que não deveria existir, pelo contrário. Saio do consultório muitas vezes desanimada pelo desgosto que sinto. Mas eles são os médicos. E nós, meros pacientes aflitos que precisam deles, mesmo que desse jeito ruim. 

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Melhor

Eu tive sensação de morte e eu fiquei com muito medo. Mas hoje eu tô me sentindo bem melhor. Não sei se foi uma crise de ansiedade forte, naquele momento específico, onde eu senti que ia morrer e fiquei com medo, e escrevi aqui sobre isso. Tantos problemas, tantas sensações estranhas no meu corpo e na minha cabeça, que eu tive medo. Eu ainda tenho medo do que senti, mas realmente estou melhor, estou me sentindo mais confortável. Ainda passando por alguns processos de idas a médicos, fazendo exames e esperando que tudo dê positivo e que tenha sido uma fase ruim que passei, que tô passando. Mas eu tô melhor. Hoje eu tô melhor.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Ainda

Tô aqui, ainda indo a médicos pra saber o que anda me deixando preocupada. No otorrino foi descartado labirintite devido as tonturas que sinto. No cardio, os exames normais não mostraram nada. Porém mais uma vez minha pressão aferida deu 16x8. Um mês antes, na primeira consulta, estava 15x9. E assim tenho aferido, estando elevada até em momentos meus de relaxamento. O médico me passou acertalix, um remédio para controle da pressão, novo, segundo ele. E quase tive um treco ao saber o preço quando fui na farmácia. Noventa e cinco reais! Nem sei como mantive minha pressão diante desse susto. Não tem condições. Mas uma semana depois, comprei. Quem tem, tem medo. E minha pressão realmente tem estado alta. Porém, quando retornar a nova consulta, vou dizer que não tenho essa condição, muito caro. Tem que haver um mais em conta. Vou começar a tomar amanhã pela manhã. Vamos ver como vai ser, como me sentirei e como vou ficar.

domingo, 23 de abril de 2023

Tô com medo

Quando a minha mãe começou a mostrar que não estava bem de saúde, eu achei ela tão jovem com seus 69 pra 70 anos, ficar assim.. imaginava ela indo muito mais longe na idade e muito bem. De lá para cá, quase quatro anos se passaram... hoje eu olho pra ela e a vejo tão velhinha, tão debilitada... 
Eu. Eu nunca pensei que eu, mais jovem ainda, aos 54 fosse adoecer. Porque eu acho que tô doente, que alguma coisa tá errada comigo. Eu tô indo a médicos, tentando descobrir o que tá acontecendo comigo. E eu tô com medo.

terça-feira, 18 de abril de 2023

Cada vez mais sozinha

Cada dia que passa me vejo mais sozinha. Nunca fui de muitos amigos, de estar na casa deles ou deles estarem na minha. De sair, ir a festas, baladas, encontros. Sempre fui introvertida. Me sentia sem jeito nos grupos e acho que isso foi meio que me tornando anti social. Considero algumas poucas pessoas minhas amigas, mas estamos distantes faz tempo.
Meu filho mora em outro estado há quase 10 anos. Minha filha está por aqui, mas sempre distante, com seus interesses e gostos e não tem muita paciência comigo. Celso já foi faz um tempo. Quando eu pensei que podíamos ter uma vida só nós dois, velhos e companheiros, um cuidando do outro, não deu. Não deu paciência, não deu compreensão, não deu vontade, não deu mais liga. Mas sinto muito a nossa falta juntos. Sei que tenho muita culpa nisso tudo, não ajudei também. E sinto muito por isso. Sinto muito, muito mesmo. 

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Ontem

Meus domingos não têm sido tranquilos. Depois que meu pai morreu e minha mãe não teve mais a sua companhia aos domingos, eu passei a trazê-la pra minha casa pra que ela não ficasse sozinha naquela casa. Antes, aos domingos, eu ia lá, dava o almoço deles, que já ficava pronto. Então, voltava em minha casa pra retornar depois e dar o lanche da tarde a eles. Nesse meio tempo eles ficavam deitados, dormindo, ou assistindo tv. Minha mãe alternava ficar sentada, coisa que meu pai não podia fazer. Quando meu pai morreu eu vi que deixá-la sozinha como eu costumava deixá-los por alguns momentos para ir em casa, não seria legal. Então passei a trazê-la para minha casa. Isso tem mais de um ano e três meses. O domingo é comigo. Faço sacolão semanal, abasteco às necessidades da casa... E tô esgotada. Uma vez discuti com meu irmão porque disse que precisávamos fazer um rodízio de domingo, pois eu também queria um domingo só pra mim... Não foi legal. "Qual é o problema de você ficar com ela aos domingos, uma vez que não faz nada? Eu que fico com ela todo dia!" Oi? Que todo dia? Porque vai dar seus remédios diários é ficar com ela todos os dias? Nunca vou esquecer suas palavras injustas. 
Eu escrevi sobre isso aqui, pois foi algo que me magoou muito, por dias. Lembrar ainda me entristece muito. Mas acatei. Como não sou de sair, introjetei que não custava ficar com ela aos domingos. E assim ocorre sagradamente. A exceção é quando realmente surge um evento que eu queira muito participar, e assim aviso antecipadamente que tal domingo não estarei em casa. Isso só aconteceu uma vez até o momento.

terça-feira, 11 de abril de 2023

Tão frágil

Já me senti forte nessa vida. Já achei que realmente eu era uma pessoa forte. Passei por tantas coisas tão doídas, que só eu sei... Cada um tem seu sofrimento, e aos olhos de alguns pode não parecer tanto assim. Mas pra quem sente... Ah, pra quem sente... Não queira medir a dor do outro. Só você sabe a sua dor e o quanto suporta, o que faz pra suportar e esperar o tempo passar.
Eu já me senti forte, mas hoje me vejo um arremedo do que um dia pensei ter sido forte. Nunca me senti tão frágil.

sábado, 8 de abril de 2023

Piripaque

Enfim, aconteceu. Eu sempre pensei que isso nunca fosse acontecer comigo, mas as coisas mudam e muitas vezes nem percebemos a gravidade de viver tanto estresse... Tive um piripaque. Não sei explicar o que senti ao certo, mas senti tonturas, sensação de desmaio, uma certa confusão mental... acho que movida pelo medo que senti de não saber o que estava acontecendo comigo. Tive até uma certa gagueira ao falar algumas palavras. A ansiedade veio forte. O medo veio forte. Pensei que podesse estar tendo um AVC, sei lá. Senti medo, muito medo. Medo de cair, de me perceber perdendo meus movimentos, a sanidade, de coisas que podiam acontecer, mas que nem sei o que poderiam ser. Medo. Angústia. Susto. Fui levada para emergência do hospital e lá passaram uma medicação pra eu tomar. Dramin no soro. Não sei o que aconteceu, mas assim que começou a ser injetada na minha veia, comecei a passar mal, meu coração começou a disparar, minha pressão subiu mais e foi a 20/8. Nunca na minha vida tive problemas de pressão. Meu peito ficou cheio de placas vermelhas e meu braço direito, o que estava livre do acesso venal, ficou muito vermelho, senti dores abaixo da cintura, nas costas e abdômen, cólica. Tudo muito estranho. Reação alérgica? O que aconteceu eu não sei, ninguém soube dizer. Tomei um antialérgico e aferiram a pressão novamente, baixou pra 16/9. Fui pra casa. O que me fez ir pra lá, a tontura, incômodo na nuca e um pouco de dor de cabeça e sensação de desmaio, já nem me incomodava muito mais, eu até já me sentia melhor antes mesmo de tomar a medicação prescrita, eu só pensava no que podia ter causado a reação que tive. Pra mim ficou claro que teve a ver com a medicação, mas não tive confirmação. Ficou a dúvida do que aconteceu comigo.

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Meu inimigo maior

Meu maior inimigo sou eu mesma,
minha ansiedade, minha mania de
perfeição, de controle... minha auto cobrança.
Meu inimigo mora na minha mente.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Me ouve, Senhor!

Meu Senhor, o que está acontecendo? O peso ficou maior agora. Me ajuda! Minha filha tá frágil e eu não aguento isso. Retira dela toda essa ansiedade que faz doer, comprimir cabeça, coração e estômago. Escuta meu pedido, Senhor!

domingo, 19 de março de 2023

Adubo

Que essa merda toda que tô vivendo vire adubo. Ao menos terá valido alguma coisa boa pra algo importante.

quinta-feira, 16 de março de 2023

Falsas impressões

Tô cansada de me fazer forte o tempo todo. Muito cansada. Só eu sei o que isso demanda. O que anda me destruindo. Não achei que o início da minha vida madura fosse ser tão difícil, tão cheia de crises, de medos, dúvidas, inseguranças. A gente quando é jovem acha que o adulto é maduro, bem resolvido, que não tem mais tantos problemas... Principalmente os psicológicos. E não é assim. É uma luta diária. Tem que ter muita força e coragem. Física e mental. E eu não tô conseguindo me manter com equilíbrio necessário pra me sentir bem, apesar de tudo. É duro sentir tudo isso e não saber o que fazer, ficar sem ação. A ansiedade brota rapidamente. E de repente o tempo voa e vemos nossa vida num caos.

terça-feira, 14 de março de 2023

Prioridades

Algumas coisas têm me deixado muito triste, mas uma, especificamente essa semana, me deixou ainda mais triste e chocada. E cada vez que eu penso nisso, volta a tristeza.
Meu irmão caçula, Lelek, mora na casa dos meus pais desde que se separou, já faz uns 13 anos. De lá para cá viveu na aba deles. Nunca pagou uma conta pra ajudar, nunca fez compras, nunca se mexeu nesse sentido. Meu pai faleceu faz pouco mais de um ano, depois de praticamente quase doze anos acamado devido um AVC. E ele se mantém agora na aba da minha mãe, que agora também está doente e precisa de cuidados. Nós, seus filhos, fazemos o que podemos, só que, ao meu olhar, só fazemos o necessário, poderíamos fazer mais. A minha mãe trabalhou pra gente, nos ajudou em muita coisa. Principalmente na construção das nossas casas. E continuou nos dando assistência financeira, mesmo a gente tendo nosso trabalho, nosso salário, nossas vidas. Fez até não poder mais. 
Meu irmão que mora na casa dela, protagonizou uma cena lamentável essa semana. A história foi a seguinte: nosso outro irmão, o do meio, Giovane, é quem cuida das finanças dela, paga as contas com os ganhos de sua aposentadoria, da pensão do meu pai e das casas alugadas da minha mãe. Lelek, desde que voltou a morar na casa dos nossos pais, como eu disse, não tem custo algum com nada que não seja ele próprio. Tudo é na conta da minha mãe. Então, o gás de cozinha acabou e Giovane, que tem o dinheiro da nossa mãe nas mãos, se recusou a comprar o botijão dizendo que quem tinha que comprar era ele, porque tem usado bastante o fogão. Com a nova namorada que ele leva para lá, eles têm cozinhado bastante e nada mais justo que ele comprasse com o dinheiro dele. Só comem, bebem e dormem. E passeiam. Vida boa, né? Aí não prestou. Rolou uma desavença, onde ele disse que Giovane, que tem o dinheiro de mãe, é quem tinha que comprar tudo que envolve a casa dela (onde ele mora há 13 anos!), que o dinheiro dava suficiente pra tudo, que ele não tinha dinheiro e que também não ia comprar quentinha, pois havia comprado no dia anterior por ter acabado o gás. Giovane disse que não iria comprar porque não era justo já que ele vivia lá e não paga e nem nunca pagou uma conta da casa. 
Olha, foi o ó! Eu fiquei no meio dessa merda toda porque me colocaram de ponte. Mas eu dei um basta e disse que eles se resolvessem, só não esquecendo que tinha nossa mãe no meio disso tudo e que ela era prioridade. Larguei pra lá! Mas fiquei mal, muito mal. E até agora quando lembro, ainda fico mal. Quando eu disse a ele que não era nada de vez em quando ele comprar alguma coisa pra casa que ele morava, ele falou que sendo assim, sairia de lá. Isso me detonou por dentro, então disse que isso lhe custaria muito mais caro do que comprar um botijão de gás. 
Quero pensar que as palavras ditas foram da boca pra fora, num momento de raiva, irritação de ânimos, até porque, um pouco depois, Giovane me informou que ele comprou o gás. E aí eu pergunto: pra quê tudo isso? Onde fica nossa mãe?Porque dinheiro pra cerveja, passeios, churrasco, festas, carro, perfumes caros, presente para outros, ele tem. Mas pra comprar o gás, pagar uma conta de luz... Isso me dói muito, pela nossa mãe. Isso vai quebrando tudo por dentro, numa decepção ruim demais.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Problemas de saúde

Sinto que estou com algum problema de saúde. Eu não tô bem, eu sinto que tem alguma coisa errada acontecendo com meu corpo. 
Já faz um tempo que adquiri a síndrome do carpo;  e já tem um outro tempo também que me percebo tendo tonturas estranhas, umas vertigens esquisitas, umas sensações de estar flutuando quando eu estou andando... E isso tem me assustado. 
Estou tratando uma endometriose, descoberta há um ano; estou na pré menopausa e sei que muitos sintomas podem aparecer nessa fase difícil. Desconfortos, cólicas, dores. Medo. Tenho ficado preocupada.
Eu sei que tenho que ir ao médico, que preciso investigar essas coisas que ando sentindo, mas cheguei num ponto onde eu não me sinto confiante e nem confortável com esses médicos que a gente vai. Parecem superficiais e a impressão que tenho é que eles não sabem o que dizer e também não há empatia com a preocupação do paciente. São sempre as mesmas coisas vagas, as mesmas respostas e remédios, e o problema persiste, não tem um desfecho. É desanimador não ter o retorno que se espera, um entendimento do problema, uma clareza, uma cura, um tratamento efetivo. E acaba que eu desisto. É isso que tem acontecido comigo. E é angustiante porque eu sei que preciso deles, mas fiquei cética.
Eu preciso ir no ginecologista, preciso ir ao ortopedista, preciso ir ao otorrino, preciso ir ao gastro, talvez até ao neurologista, eu nem sei mais. 
Eu passei a tentar não esquecer de, quando estou no banheiro, não trancar a porta com a chave porque tô começando a achar que eu posso ter algum problema, um desmaio, cair, apagar, e a porta estar fechada para que alguém possa me socorrer.  Eu realmente não ando me sentindo bem.

sábado, 4 de março de 2023

Deixa de evoluir

Da vida, nada se leva. Seja a vida boa ou ruim. Grande verdade que a gente nunca dá atenção. A gente se chateia, briga, se emputece, para de falar com pessoas, corta relações, carrega mágoas e mais mágoas, não tolera um monte de coisas e, no final, a gente vai embora sem nada, nada, nada. Nem o que foi bom nem o que foi ruim. A gente só atrasa nossa vida. E deixa de evoluir.

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Meus domingos

Há cerca de 3 anos meus domingos não são mais os mesmos e, provavelmente, continuarão sendo como hoje estão ainda por um bom tempo. Sinto falta dos domingos sem compromisso, sem obrigações extras, sem precisar fazer nada para ninguém... só com meus afazeres de um dia comum.
Hoje tem a minha mãe que precisa de cuidados, precisa de alguém para estar e cuidar dela. E domingos são dias emblemáticos. Dia de descanso, de relaxar, passear, ir a praia, almoçar com a família, amigos, comemorar aniversários, ir ao cinema, enfim, um dia diferente, de lazer. Mas para mim não. Domingo, depois que o meu pai morreu, eu fico com a minha mãe e tudo o que isso compreende. Ela foi diagnosticada com Parkinson e desde então, cuidados específicos são necessários. Ela não anda mais, a não ser com apoio de alguém. Não tem nenhum equilíbrio e nem andador resolve. Usa fraldas, pois não tem mais autonomia motora para seus cuidados e necessidades fisiológicas. Tem o corpo enrijecido, sintomas da doença. 
Domingo meus irmãos cuidam da vida deles. Domingo eu cuido da minha mãe e das minhas coisas. E às vezes, me sinto cansada, simplesmente com vontade de não fazer nada, nem de cuidar dela, nem de ninguém. Mas não posso. E isso muitas vezes me atormenta, ainda que seja minha mãe, ainda que ela precise de mim. E não só de mim, mas dos três filhos. Só que domingo estabeleceu-se que eu é quem tenho que ficar com ela. E isso aconteceu naturalmente, porque não tenho uma vida social ativa, não sou de sair. Só, que às vezes, eu não quero fazer nada, eu não quero ter esse compromisso. Queria ficar só, na minha casa, sem ter que me preocupar em ter que cuidar de alguém, ainda que esse alguém seja minha mãe. É errado ter esses sentimentos? Isso me atormenta. Me deixa mal.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Saúde

Hoje é sexta-feira. O primeiro dia de carnaval. Primeiro dos cinco que o povo se dispôs a curtir nesses dias de folia. Quando eu era criança, lembro das sextas mais animadas, já com bastante movimento de carnaval. Mas, os carnavais de rua foram acabando, enfraquecendo, e foram se concentrando nos centros das cidades, onde há desfiles de blocos e escolas de samba. 
Eu aqui falando de carnaval, folia, alegria, farra, festa, mas preocupada comigo, com a minha saúde. Daqui a doze dias farei 54 anos. Não sou tão velha ainda, mas, sabemos que o tempo, quanto mais vivido, mais desgastes. Nunca fui adepta a exercícios físicos e eu sei que isso me prejudica muito. Não sou alimentarmente educada. Sobrepeso, endometriose, pré-menopausa, lombalgia, síndrome do carpo, cansaço físico e mental. Ando me sentindo bem cansada nos últimos anos. Sei que tenho que fazer alguma coisa, mas não faço. E talvez por isso, sinta que a minha vida não vá muito longe. Isso me assusta? Sim. Afinal, ainda que a vida não esteja satisfatória, ninguém quer morrer. Pensar na morte é esquisito, porque tem horas em que você pensa que é melhor que tudo acabe logo, mas em outras, você se enche de pânico em pensar ficar sem seus filhos, companheiro, cachorros, sua casa, suas coisas que você lutou tanto para conquistar. E como vão ficar sem você? Eles ficam. E ficam bem. Essa dicotomia é terrível. 
Mas, hoje começa o carnaval. Pra quem ama, a melhor e maior festa do ano. Não é o meu caso, não ligo. 
Segunda-feira, daqui a dez dias, muitos voltam a rotina. Pra mim, tudo igual.

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Lupícinio - Volta

Quantas noites não durmo a rolar-me na cama, a sentir tantas coisas que a gente não pode explicar quando ama. O calor das cobertas não me aquece direito, não há nada no mundo que possa afastar esse frio no meu peito. Volta, vem viver outra vez ao meu lado. Não consigo dormir sem teu braço, pois meu corpo está acostumado. Volta, vem viver outra vez ao meu lado. Não consigo dormir sem teu braço, pois meu corpo está acostumado.

Volta. Eu adoro essa composição do Lupícinio Rodrigues. As vezes me pego cantando. Ela é tão melodiosa, tão linda.
E cantei gravando as palavras aqui. 
Ah! Não tô sofrendo de amor, não. Já passei por essa fase.. rs meus problemas são outros agora.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Eu antigo

Dói lembrar que eu já fui mais leve, mais animada, com uma energia totalmente diferente... saudade desse meu eu antigo que não sei nem quando foi que deixou de existir pra dar lugar ao que sou hoje. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Mãe versus valor

Não tá fácil, e eu não sei o que fazer. Minha relação com a minha filha não é ruim, tem muito carinho e preocupação. Mas, às vezes - e tem sido constante nos últimos tempos - é de uma impaciência e de uma falta de cuidado... acontecem coisas que ao meu ver são simples, mas têm me deixado bem triste. As coisas da casa, os serviços domésticos... Pôxa, somos só nos duas. Podia haver uma divisão de tarefas mais equilibrada. Ela vive dentro do quarto, não faz nada, tá sempre cansada, mas acha que faz tudo. Agora, então, que começou a trabalhar, tem fundamento pra dizer que está cansada. Mas, e eu? Eu também trabalho, há anos tendo que cuidar de tudo, me preocupar com tudo, dentro e fora de casa, pagar as contas pra manter o mínimo do nosso conforto e vontades. Não só por isso, mas acho que merecia mais consideração. Faço tudo pra ela. Sim, reclamo. Brigo. Digo não. Coisas de mãe provedora. Mas acabo fazendo sua vontade. Deve ser por isso que não me é dado valor. Sinto uma angústia muito grande. E fico triste.
 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Vem e vai

Por que às vezes a gente é tomado por uma angústia do nada, que a gente não sabe como vem, por que vem? Tô me sentindo assim desde ontem. Uma angústia, uma bad, um baixo astral. 
Pôxa, hoje é aniversário do meu filho, e não tem nada a ver uma coisa com a outra, eu não tô angustiada por causa disso. Mas eu não queria estar me sentindo assim hoje, um dia que para mim e pra ele é tão especial. O ser humano é uma coisa complicada mesmo. Eu sei, é uma onda de ansiedade. É isso. Ela vem e vai. Estranho mesmo é às vezes nem saber o porquê. Deve ser algo que fica latente, dentro, que incomoda, mas que não dá pra ficar dando atenção o tempo todo. Aí, vem e vai. E desde ontem veio e ainda tá aqui.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Mais do que nunca

Gosto muito de assistir novelas. E filmes românticos, daqueles beeem açucarados, com o mocinho e a mocinha tendo seu final feliz no fim, depois de alguns desencontros, claro. Já disse aqui que sou uma romântica. 
Gosto de BBB também. Acho interessante assistir o convívio daquelas pessoas, confinadas, juntas num mesmo lugar, por pelo menos 90 dias e observar os conflitos que ocorrem em razão das suas opiniões e atitudes diversas. Muita gente não gosta, inclusive taxam os que gostam, assim como eu, de pessoas acéfalas. Pesado, né? Bem, sou graduada em psicologia... Talvez no meu caso, explique.. hahahaha! Mas eu fico pensando, essas pessoas devem ser a sapiência em forma de gente. Que sorte a deles! Só sabedoria e assuntos inteligentes...
Como disse o jornalista Tiago Medeiros: "BBB 23 tá no ar: Já estamos deixando de cuidar das nossas próprias vidas para cuidar da dos outros. E quem é que não gosta de uma fofoquinha, não é?" 
Eu tô mais do que nunca preferindo meus filmes românticos água com açúcar e assistir BBB do que essas notícias e atitudes insandecidas sobre esquerda e direita da política atual. 

sábado, 14 de janeiro de 2023

Sentido especial e potente

Eu penso que mães podem se enganar por um tempo, mas não por todo o tempo. Elas podem não enxergar além por um tempo, mas não por todo o tempo. Filhos acham que conseguem esconder tudo das mães. Não conseguem. Mães têm um sentido muito especial e potente para com os seus filhos. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Explorar o novo...

"Ano de Intensidade e transformações, essas são as principais características do próximo ano para você! Isso mostra que seu ano vai precisar de mais atitudes, estudos e conexão com o seu eu. Se fizer como nos anos anteriores, não será um ano muito fácil, afinal você preza pela estabilidade e será mais do que necessário explorar o novo."

A mensagem acima foi "sorteada" pra mim num desses joguinhos postados no Instagram. 
E acho que bateu bem certo, pelo que já vi do que esse ano pode me trazer... 

domingo, 1 de janeiro de 2023

1 de janeiro

Ano novo. Vida nova? É tudo o que se quer quando percebemos que não vivemos o ano que passou de forma positiva e proveitosa. E aí a gente refaz as promessas, pensa que dessa vez VAI acontecer e começa o novo ano. 
Eu gostaria muito de me sentir e ser mais grata. De não reclamar tanto, já que é difícil parar totalmente. A gente chora mazelas demais. Tô cansada de me sentir aflita.
Mas a vida é um eterno tentar, e mais uma vez vamos tentar. Espero que seja melhor do que foi. Sei que somos nós quem fazemos nossa caminhada. Se mais alegre ou não, se mais proveitosa ou não, se mais lamentosa ou não, se mais vivida ou não... Sozinho é sempre mais difícil. Mas hoje, as pessoas estão muito individualistas, até porque o mundo está muito doido. Então, em companhia de muitos, também não está fácil seguir.  Ah, o equilíbrio... Há de se ter muita resiliência e sabedoria para viver, para seguir, para sentir paz em meio ao caos desses tempos. E em tempos doidos e doídos, esperança e força de vontade, são AS palavras. Para ação. Para começar. Feliz ano novo (pra mim).

sábado, 31 de dezembro de 2022

31 de dezembro

Último dia do ano de 2022.
Momento em que os ciclos se renovam de hoje para amanhã. E é um alento poder chegar nesse momento acreditando que mais uma vez a gente pode conseguir atingir as metas que almejamos no ano anterior e que não conseguimos.
Um ano termina e outro inicia. Ciclo novo, cheio de esperança, de fé e de desejos.
Vamos tentar? Tentar fazer acontecer o que não conseguimos nesse ano. Mais uma vez renovam-se as esperanças e só depende de nós que as coisas aconteçam para que sejamos melhores para a gente mesmo e para os outros. 
Paz! A gente só quer ser feliz.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Reflexões de fim de ano

Realmente, a paz é o melhor de todos os sentimentos. Temos que parar de dar atenção ao que tira nossa paz de espírito. 
A decepção dá e passa, pode até demorar um pouco, mas passa. E não há nada que o tempo não cure.
Existe a lei do retorno. Dela eu nunca duvidei, acredito muito nisso. É necessário ser prudente e ter sabedoria com as nossas ações. Dizem que existem 4 coisas que não se recuperam: A pedra, depois de atirada; a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida; e o tempo, depois de passado. 
Mas é bom ter esperanças. Sempre haverá uma nova chance para recomeçar, e isso motiva e dá sentido à vida, se for de verdade.
As vezes é necessário dar um tempo na correria que atrapalha a vida, para organizar mente e corpo. Respirar, sentir e absorver o bom.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Virada pessoal

Fim de ano chegando e, hoje, última quinta-feira do ano, fomos almoçar num restaurante de comida mineira... enchi o bucho. Agora são 10:20 da noite eu continuo me sentindo empanturrada. Sei. Exagerei. Vou ter que repensar meu sobrepeso para mudar minha rotina. Eu preciso me cuidar. Afinal não tenho mais 20 e poucos anos... meu metabolismo tá todo zoado, tenho endometriose, mioma, lombalgia e tô a caminho da menopausa, já sentindo todos seus sintomas nada agradáveis, e já faz tempo. Para piorar detesto fazer exercícios e há muito tempo eu não mexo meu corpo. Sinto que estou enferrujando gradativamente, sentindo dores. Tá tudo errado. Preciso mudar essa realidade pra ontem! Será o ano 2023 o ano da minha virada pessoal? Vamos lá!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Culpas

Por que carregamos tantas culpas? Eu carrego tantas culpas. Culpa por ser uma pessoa sem humor. Culpa por não saber dizer não. Culpa por me sentir fraca. Culpa por não ser animada. Culpa por não ser tão espiritualizada quanto eu gostaria. Culpa por ser preguiçosa. Culpa por não ser abnegada. Culpa por ser insegura. Culpa por ser desligada. Culpa por estar acima do peso. Culpa por não gostar de fazer exercícios físicos. Culpa por ser sem graça. Culpa por não me sentir leve. Culpa por não ter conseguido manter meu relacionamento ativo. Culpa por estar sozinha. São tantas culpas. Culpas, culpas, culpas..

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Cobertas x Realidade

Tenho muitas coisas a fazer no dia de hoje, véspera de ceia de Natal. Muita coisa. E estou sozinha. Minha filha viajou. Meu filho também, mas ele já não mora aqui. Então, nesse Natal e réveillon, praticamente seremos somente eu e a minha mãe, e Celso, talvez, minha cunhada, e talvez meu irmão caçula que, logo deve sair com a namorada pra outros lugares. Se o dia de Natal na minha família sempre foi chato, esse ano vai ser pior ainda. Mas eu estou tentando abstrair. Orar, Jesus, o aniversário é dele, né? E a gente sempre acaba deixando de lado o real motivo deste dia, mesmo a gente que é católico, mesmo a gente que é cristão. Nos envolvemos tanto com os afazeres, os presentes, o movimento do dia, que esquecemos do real motivo do dia de Natal.
Eu tô desanimada, mais ainda hoje. E tem tanto pra se agir... Aí me bateu uma bad e me enfiei debaixo das cobertas de novo, às dez da manhã. Estava quase dormindo quando o telefone tocou e era dona Marinete pra falar da minha mãe. Ela trabalha na casa da minha mãe, é quem fica com ela durante o dia. E quando vi o nome dela no telefone pensei: não tem jeito, não dá pra ficar debaixo das cobertas. Dona Marinete me chamando pra a realidade!  Pra minha mãe, pra mim mesma, minha casa, pra roupa pra lavar, a comida pra fazer, banheiro pra lavar, compras a fazer pra ceia de Natal... E eu querendo só entrar e ficar debaixo das cobertas... 

Como lutar?

Todo dia uma batalha a ser vencida. Às vezes mais pesada, às vezes nem tanto, mas sempre uma batalha. Que raio de tempo é esse que nos trouxe angústias, crises de pânico, de ansiedade, medos, corações batendo fora do compasso... depressão. 
Será que isso sempre existiu e as pessoas só não sabiam nomear, ou será que isso realmente chegou com essa modernidade, esses tempos atuais tão conturbados, de pessoas cada vez mais violentas e sem qualquer empatia? São pessoas e mais pessoas cada vez mais tendo crises de ansiedade, sentindo medos, medo da vida, não sabendo o que fazer com que sentem. Pessoas que, de repente, se vêem frágeis, se sentem fracas, ficam perdidas. Como lutar contra? Como lutar? 

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Auto ajuda

Um vazio. Uma sensação oca por dentro. Acho que nem todo livro de auto ajuda ajudaria a sanar essa sensação. Esses tempos ruins estão me destruindo..

sábado, 26 de novembro de 2022

Como faz?

Como é que a gente faz pra estar sempre positiva, alegre, otimista, divertida? Como? Como a gente faz, mesmo as coisas estando ruins, doídas, pra enxergar um lado bom dentro do caos?

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Um ano de Ruby

Ontem fez um ano em que eu deixei de acordar muito tarde. O motivo? Ruby. Ruby é a cadela que o Celso encontrou na rua há um ano atrás, desnutrida, cheia de pulgas, toda destruidinha. Era noite, ele tava indo para casa e no caminho a encontrou, quase sendo atropelada. Depois de verificar se era de alguma casa ali por perto, e não sendo, a trouxe pra gente. Devia estar com uns dois meses de idade. Já tínhamos a Menah há sete anos, e Ruby chegou pra lhe fazer companhia. Bom, um ano se passou. E ela cresceu (achamos que seria pequena, mas tem porte de labrador!). Tá lindona, grande e levada. É a nossa galega. <3
E eu nunca mais dormi até tarde, o que era uma rotina quando eu estava em casa. Ok, "nunca" é tempo demais... um dia ou outro eu ainda consigo acordar um pouco mais tarde, quando sei que alguém vai cuidar dela e da Menah, mas o fato é que todo dia eu tenho que acordar no máximo até oito e meia (tá, já não é tão cedo assim, mas pra mim é, comparado com a hora que eu acordava antes dessa nova rotina). E assim vou levando. 
Curioso é que quando posso dormir até mais tarde, não consigo, e me vejo levantando por esse horário, mesmo com vontade de continuar dormindo. Eu sempre fui uma dorminhoca. Meu relógio biológico é desses! Ou era...
Ah, minhas meninas! Como ignorar vocês duas? Não dá. Amo tanto.
E Parabéns, Ruby. Você fez um aninho!

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Controle

Quando foi que me tornei uma aprendiz de controladora? Aprendiz sim, porque não consigo e nem dá pra controlar tudo, né? Mas de repente eu me sinto assim, tentando controlar o que não posso. Mal controlo a mim mesma. Mas quando acho que as coisas podem dar errado, eu tento fazer alguma coisa pra que isso não aconteça. Seja com relação a minha mãe, aos meus filhos, a Celso - meu núcleo familiar mais forte. Aí fico assim. Mas só arranjo ansiedade e angústia pra mim. Não adianta controlar, é a vida deles. Eu só posso fazer mesmo a minha parte, e ainda assim nem faço direito. E de repente, tô eu sofrendo pelo que o outro vai fazer ou não vai fazer. Que merda. Quando me tornei essa pessoa? Não quero se assim. 

domingo, 13 de novembro de 2022

Insistir, insistência, insistindo

E eu insisti. Insisti e insisti. Talvez morra insistindo. Apesar de tudo. Mas não sei mais como classificar minha relação com Celso. Eu sei é que amei muito. Foi muito amor... e muita dor, zero amor próprio, muita confusão na minha mente e coração. Não foram só momentos ruins, não. Não foram. Fui feliz também. Muitas vezes. Mas acho que fui mais triste. 
"O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." E esse foi o meu amor. 
E eu ainda queria um final de vida junto, com carinho, afeto, afago...

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Boneca

No dia 25 de outubro, chegando do trabalho a noite, eu trouxe Boneca, a cadela da minha mãe, que estava dodói, pra minha casa. Vi que era o único jeito de tentar cuidar dela, pois sozinha, lá no quintal sem ninguém olhando por ela, não ia sarar nunca. Ela estava com um sangramento num dos vários carocinhos que tinha na barriga, como se fossem cistos ou verrugas, que não cicatrizava. Eu tentei durante um tempo, com ela lá mesmo, passar pomada cicatrizante duas vezes por dia, de manhã e a noite, mas ela lambia e assim não melhorava. Infelizmente eu sou muito inexperiente nesses assuntos de cuidado e nem me liguei que tinha que colocar o colar elizabetano nela pra que não retirasse o remédio que eu colocava. Quando Celso me disse, dias depois sobre o colar, me senti idiota e culpada por não ter feito isso desde o início. E foi a partir daí que decidi trazê-la pra casa. 
As minhas duas cadelas, ainda que ressabiadas, aceitaram ela acabou ficando comido por uns 15 dias. Na primeira metade desse tempo, eu cuidando do machucado, ela ficou aparentemente bem, animadinha, ficava feliz quando eu chegava, comia e bebia, fazia xixi e cocô, e pensei que logo ficaria boa pra ter um final de vida digno e cheio de carinho. Mas infelizmente, na segunda metade, ela começou a dar sinais de que não estava bem. Começou fazendo cocô mole e logo não querendo comer - e o curioso é que as outras também ficaram assim, ou não ligando pra comida ou comendo menos, e até largando sobras, coisa que não faziam - O que ela comia, muito pouquíssimo, começou a vomitar. Dei antiemético e não resolveu. Eu dei probiótico pra ajudar na flora intestinal e suplemento vitamínico, que a vet passou pra ela, mas não adiantou. Fiz o que pude, mas ela acabou não resistindo. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Sozinha

Eu nunca quis ficar sozinha, nunca. 
Sempre quis ter um companheiro, um marido, um amor, alguém comigo até o fim da minha vida... é, eu sou uma romântica, eu sei. E nem sempre a vida é como a gente quer. 

domingo, 6 de novembro de 2022

Pessoas fortes

Tempos difíceis não duram muito. Pessoas fortes, sim. 

sábado, 5 de novembro de 2022

Sem dor

Quero uma chance de tentar viver sem dor.

domingo, 23 de outubro de 2022

Exaustão

O mundo das "mulheres insuportáveis" tem nome: exaustão. 
Exaustão. 
A maioria não entende. Não quer saber. Somos nós, mulheres, que vivemos e sentimos essa insuportável exaustão. Ser mulher é muito difícil. Nossa carga é pesada. Mas ninguém vê. Por isso é mais fácil nos chamarem loucas, frescas, insuportáveis.
Exaustão.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Hoje eu não tô boa

Hoje eu não tô boa. 
Tô irritada, cansada, estressada, vomitando incômodos com tudo o que vejo que não tá legal e me incomoda. Em relação ao meu trabalho, a minha casa, ao meu relacionamento com Celso, com minha filha, e até com as cachorras. Também com a casa da minha mãe, que meu irmão tomou conta, tentando melhorar com reformas, mas que não consegue deixá-la numa condição de bem estar e conforto pra nossa mãe. O básico que ela merece. Com ela própria, minha mãe, e suas condições precárias de saúde, de vida. Uma pessoa que não economizou nos seus interesses e nos dos outros, filhos, netos e outros, parentes ou não. E aí? Hoje ela está sozinha, ninguém faz uma visita mais demorada. Quando faz. Se faz. Três filhos que não se empenham em fazer o melhor pra ela... que é como deveria ser. Sim, eu me coloco nessa também, pois como filha, eu vejo tudo isso. Mas se eu tomar para mim o trabalho e a responsabilidade de fazer tudo que vejo que não tá legal pra ela, meus irmãos vão simplesmente me largar sozinha, aliviados de ter alguém pra cuidar de tudo, sem nem perguntar se preciso de ajuda, como fizeram nos três primeiros meses de pandemia do COVID, quando todo o mundo, com medo e pra cuidar de si e dos seus, se recolheu, se distanciou de todos o quanto pode. Mas eu fiquei indo e vindo pra cuidar dos meus pais e das coisas da casa deles. Nunca me perguntaram se eu precisava de ajuda. A coisa só piora. Não tenho deles um olhar de cuidado, de poupar trabalho, de nada. 
Sou mulher, e como tantas outras mulheres, tenho dupla jornada de trabalho. Além de trabalhar fora, também sou a "empregada doméstica" da minha casa, coisa que eles não entendem. Nem eles nem todo machista egoísta que esquece que serviço doméstico dá trabalho e cansa sim! E muito. E estressa, esgota, faz chorar muitas vezes. Sem contar dias de TPM, menstruação, doenças, dores. Nunca vão entender. E nem querem. Pra quê? É "muito mimimi", frescura. 
Hoje eu não tô boa.