sexta-feira, 30 de julho de 2021

Em mim

Eu tô achando que hoje, se eu trabalhasse todos os dias, talvez vivesse mais fácil o que está acontecendo entre mim e Celso. Desde que ele decidiu ir embora, morar na sua casa e eu na minha, e ainda assim mantermos nossa relação, eu nem sei mais o que sinto direito. Acho que se eu me ocupasse de forma que ficasse cansada e com outros problema na cabeça, talvez me sentisse mais confortável nessa nova situação. Tem momentos que fico bem e outros que fico mal. Ainda não consegui elaborar essa nova realidade. Sonhei tanto todos esses anos em tê-lo comigo, ao meu lado, vivermos juntos, ter um bom casamento... e as coisas não terem acontecido como sonhei... É muito frustrante e difícil. Mas eu sei, eu sei, não soubemos fazer a nossa vida juntos. E também sei que se eu não superar tudo isso, sentirei essa dor para sempre em mim.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Tatuagem

Minha filha fez uma tatuagem. No braço. E eu lembrei de mim quando fiz a minha. Na perna, tamanho médio. Não sei se escrevi aqui, faz tanto tempo... Foi um dilema. Minha mãe teve um ataque. Desabou no chão literalmente. Fez uma cena dantesca. E eu não era uma menininha não, tinha 32 anos... nem pra retocar eu voltei. 
Fiquei dias sem ir na casa dos meus pais pra que ela não olhasse a tatuagem. Durante os primeiros anos só ia lá de calça comprida. Quando lembro disso, acho tão absurdo. Fui travada. É claro que o tempo foi arrumando as coisas, como sempre. Mas foi surreal. Quanto a minha tatuagem, está desbotada pelo tempo e do mesmo jeito que foi feita há 17 anos. Tenho vontade de fazer uma nova sobre ela. 

Nada será como antes

Algumas coisas nunca mais serão as mesmas. Hoje eu percebo isso. Lutei, e perdi. Insisti, não deu. Chorei, não adiantou. Acreditei, em vão. 
Agora tô num processo muito sofrido de desapego. De resgate de mim mesma. De deixar ir o que não me pertence, nunca pertenceu. Eu insisti numa teimosia burra que só depois de muito apanhar, aceitei a realidade. Dói. Não há mais como negar. A realidade veio com força. E eu fui vencida.

terça-feira, 27 de julho de 2021

A gente merecia mais

Eu tô aqui sentada, observando o Celso colocar revestimento de cerâmica na parede da minha área de serviço. Não, não voltamos. Mas a crise pessoal que vivemos não impediu que ele se oferecesse pra fazer isso pra mim, pra eu não pagar mão de obra de pedreiro. E eu fico muito grata. 
Mas tô aqui olhando e pensando... A gente sempre foi tão legal. A gente é tão gente boa. Ele, até mais do que eu. Intuitivo, prestativo, amigo, solidário, desapegado de coisas materiais. A gente merecia mais. Uma melhor vida. Uma melhor sorte. Um fim melhor.

domingo, 25 de julho de 2021

Sigo em frente

Tenho morrido muitas vezes. Depois, respiro fundo, lavo o rosto, sigo em frente.
Não é fácil morrer, difícil é renascer, fingir-se de sol, cegar a lua, beber o mar.
Detestável seria ter a covardia dos que me mataram.
Eu sigo renascendo, eles seguem covardes.

_Pedro Munhoz

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Escuta

Sei que só eu posso resolver minhas merdas, mas valorizo quem me escuta e me acolhe. Faz um bem tão necessário... E não precisa dizer nada, só escutar, estar perto.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Tantas vezes

Quantas e quantas vezes eu escrevi aqui o suposto fim do meu relacionamento e quantas vezes não foi bem o que aconteceu. Pela quantidade de vezes que eu já escrevi sobre isso, dá pra perceber que há tempos não há sincronismo na nossa relação. E quando falo "há tempos", significa muito tempo mesmo. Tanto tempo que eu tô mais cansada do que nunca, esgotada emocionalmente e até fisicamente, por ter me dedicado tanto a essa relação que, na grande verdade, nunca foi como eu esperei, como eu sonhei. E não é segredo aqui, nesse tanto que eu já escrevi, o quanto que sou uma pessoa que sonha e sonha e sonha. Talvez esse tenha sido meu maior vacilo. Sonhar demais. Esperar demais. E não saber dizer não.

"Quantas vezes, Nani
Tantas vezes, Nani
Eu te desenhei num papel de pão
Tempestade clara
Sol do meu Saara
Eu te bronzeei sem você notar
Quantas vezes, Nani
Tantas vezes, Nani
Eu te procurei sem te encontrar
Numa tarde clara ou de madrugada
Vejo amanhecer sem você chegar
Ah! Foi bom te reencontrar
Saber que está feliz, linda e feliz
Ah! Foi bom que me abraçou
Mas sinto que o nosso amor já se acabou
Nani, Nani, Nani
Apenas mais uma
Nani, Nani, Nani..."

segunda-feira, 19 de julho de 2021

O que eu queria dizer

Celso, eu acho que tudo que eu podia ter feito pra nossa relação, pra você, eu fiz.
Eu sei que chegou um momento em que você enxergou que as coisas não podiam mais ser como eram, sentiu o desconforto de não ter uma estabilidade financeira pra se manter e consequentemente nos manter. Eu entendi. 
Mas eu tô cansada. Desde o ano passado as coisas que vêm acontecendo, nenhuma delas foi da minha vontade. Eu fui obrigada a ter que aceitar e sofri muito.
Eu me dediquei a nossa relação por muitos anos e também pra você de uma forma que eu não fiz nem em relação aos meus filhos. E sei que eu errei. 
Mas eu tô cansada de ficar em segundo plano, de ficar de lado até que você volte, mas que na verdade nunca volta de verdade. Eu tô triste e decepcionada. Mais comigo mesma do que com tudo o que aconteceu e tem acontecido. Eu nunca consegui ser forte e dar um basta em tudo isso que sempre me deixou mal, mais frágil, mais triste. Sempre esperando por uma coisa que não acontecia.
Eu também acho que a gente insiste mais por comodismo, porque a gente sabe que não vive mais uma relação de casal há muito tempo.
Se tudo isso não mexesse tanto comigo, se me fosse cômodo, de forma que não me abalasse, tudo bem. Acho que eu poderia viver assim até morrermos. Mas eu sinto. E muito.
Eu sou uma pessoa pacata, não tenho grandes ambições. Claro que um pouco mais de conforto e facilidades ajuda, mas eu ficaria muito bem e contente com o suficiente pra viver com dignidade. 
Cada dia que passa vou percebendo e tendo a certeza que não há mais nós dois juntos. Não conseguimos mais nos entender faz tempo. Não há paciência. Já esperei e me enganei muito. 
Eu também não suporto mais ver o seu sofrimento e não suporto mais sofrer por nossa relação. Sei que seu sofrimento é legítimo, eu o assisto há 20 anos. E me dói porque não acho justo. Nunca achei. Mas sofrimento é coisa que a gente sente, não dá pra simplesmente arrancar da gente. No máximo, aprender a viver com ele. Você tem o seu, eu tenho meu. 
Assim como não acho justo pra você, também não acho justo eu ficar sofrendo indefinidamente.
Por isso, eu acho que chegou a hora de caminharmos separados, cada um pro seu lado, com tudo o que esses novos caminhos possam nos trazer. E eu espero, que dessa vez, mais feliz pra nós dois.

domingo, 18 de julho de 2021

Que pena, amor. Que pena...

Você tá matando amor que eu sinto por você... e olha que ele foi insistente...

489 dias - 2ª dose - Vacina Sim!

Vacinada. Ontem tomei a segunda dose da vacina Astrazeneca contra o novo coronavirus, que já matou no Brasil, mais de 541 mil pessoas até o momento. Agora sim, a imunização se completará. Mais duas semanas e estarei protegida, segundo os estudos científicos. Graças a Deus, que me privilegiou chegar até aqui.
Eu creio que tudo vai passar e que a gente vai sobreviver, que a gente vai ser muito feliz. Os dias ruins ficarão para trás e pra frente só coisas boas nos aguardam. A gente merece um tempo melhor, de boas vibrações, de paz e tranquilidade. Amém.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Hoje

Hoje não tô bem, estou bem mal. Sem vontade, sem ânimo, sem forças. Estou sentindo frio, me deitei, joguei uma manta nas pernas e pés. Espero aquecer meus pés que estão frios. Meu espírito está triste, vazio e sem rumo. Estou deprimida. Hoje eu estou com depressão. Hoje.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Gosto do meu trabalho

Vou falar um pouco de trabalho...
Enquanto tenho colegas que não fazem seu trabalho direito, não se empenham, não se apressam, não dão a importância que, na minha opinião, deveria ser dada para algumas coisas da rotina diária do nosso trabalho, eu fico aqui procurando o que fazer, querendo me ocupar, realizar, finalizar e estar pronta para o próximo, coisas que eu tanto gosto de fazer... É, coisas da vida.

domingo, 11 de julho de 2021

Um grande embrulho

Os domingos têm sido dias bem difíceis para mim nos últimos tempos. 
Domingo é um dia de preguiça e a gente quer ficar jogado, sem compromisso, assistindo qualquer porcaria na TV ou navegando na internet pelo celular. Se for o caso, jogando conversa fora com quem aparecer ou simplesmente não fazendo nada. No verão, nos dias brabos de calor, qualquer movimento é um sofrimento, e nos dias de frio você quer ficar aconchegado, agasalhado, bem quentinho dentro de casa, com sua melhor roupa de mendigo, também sem compromisso de nada.
Mas nos últimos tempos, os meus domingos não têm sido mais meus. Não inteiramente. Não com a preguiça que quero sentir ou com a vontade de não fazer nada nem para mim, nem para ninguém. 
Há quase dois anos que eu tenho o compromisso de ter que ir religiosamente a casa dos meus pais para cuidar das coisas que eles  já não conseguem mais fazer. Meu pai é acamado já faz 11 anos. Minha mãe, há quase dois, perdeu sua autonomia e vitalidade depois de um tombo que fraturou o pulso. Após internação pra cirurgia, ficou evidente um desequilíbrio no seu caminhar, e não teve mais condições de continuar trabalhando como vendedora ambulante, sua profissão há mais de 35 anos. Deve ter sido difícil pra ela. A mente diz pra gente que dá pra continuar, e o corpo mostra o contrário. E assim, devido às suas condições físicas, infelizmente teve que parar. 
Por conta disso, e eu sendo a única filha mulher, acabei ficando sobrecarregada com coisas que os outros 2 filhos poderiam fazer igual, mas que não fazem. Todos fazemos alguma coisa, mas sempre um mais que o outro. E o "geral" (marcar médico, exames, fazer supermercado, farmácia, açougue, hortifruti, roupas, entre outros) ficou pra mim. Como sou mais preocupada, me sobrecarrego ainda mais. São quase dois anos assim, e eu ainda não sei lidar com tudo de forma menos pesada. Tenho sentido muito e fico esgotada. Me sinto só com tudo o que sinto. 
Meu casamento acabou. Sei que já estava meio mal das pernas, mas foi o empurrão que faltava pra cair de vez. Sofri muito. Eu tava mais frágil que nunca. 2020 foi um ano horrível pra mim em muitos sentidos. Tive crises de ansiedade. Melhorei sozinha. E até hoje não sei se foi bom ou ruim ele ter ido embora. A coisa ainda tá mal arrumada em mim. E esse grande embrulho da minha vida tá me desestruturando. E só eu sei.

sábado, 10 de julho de 2021

Boba romântica

Eu sou uma boba romântica que choro com histórias de amor. Eu queria tanto uma pra mim, que me fizesse feliz. Que me fizesse ter a certeza, sentir de verdade, que apesar dos dissabores que acontecem (nada é perfeito), eu realmente me sentisse mais feliz. 
Eu sei, ando muito sensível nos últimos tempos.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Pouca coisa de vontade igual

"Dormir sozinho é muito bom."
Ouvir isso me doeu. Eu sei que teve um contexto sem a intenção de me ferir. Mas doeu. Porque eu sinto a tua falta ao meu lado quando me deito pra dormir, toda noite, desde que você foi embora.
É, a gente tem muito pouca coisa de vontade igual. Eu fico me perguntando como é que a gente ficou todos esses anos juntos. Mas eu sei, foi a minha teimosia. Eu fui muito teimosa e fraca em insistir nessa relação. Foram muitos os sinais ao longo do tempo, que eu escolhi ignorar. 
Eu só queria que a consciência de tudo isso me fizesse deixar de sofrer, de sentir o lamento que carrego dentro do meu peito. Mas fico esperando a ação do tempo, aquele que põe tudo no lugar. No seu devido lugar. 

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Sonhadora-mor

Eu tenho uma visão muito romântica de tudo. Sou uma otimista que acredita em interagir com o mundo de um lugar de compreensão, empatia e carinho. 
Eu acredito em almas gêmeas e prefiro relacionamentos sérios a ser solteira. Embora isso signifique me conformar com o segundo melhor por uma questão de conforto. Eu sei que às vezes fico cega pelo amor que sinto, mas sei também que isso me permite, às vezes, aproveitá-lo. 
Sou uma sonhadora-mor. Sempre fui. Sonho com o amor sincero e atento, com a amizade leal, com as boas relações e tranquilidade da vida. Ilusão é a minha praia. 
Não estou aqui dizendo que isso tudo é bom ou é ruim. É só uma constatação.

domingo, 4 de julho de 2021

Gripezinha

Tudo começou em dezembro. Era só um caso isolado.
Era lá na China. Nada demais.
Não tinha muito com o que se preocupar.
Depois chegou na Itália. 
A primeira morte.
O primeiro lockdown.
De repente aquela cena de corpos empilhados.
E o problema cada vez mais perto.
No Brasil eram tempos de carnaval.
E por aqui nada pode ser mais importante que isso.
O vírus que lute.
Depois da quarta-feira de cinzas a gente vê o que faz.
Disseram que só atacava idosos.
Aí a blogueira fitness ficou mal.
Um atleta saudável foi parar na UTI.
O primeiro jovem morreu.
Disseram para fechar tudo.
Depois protestaram para reabrir.
Morrer de fome ou de corona?
Sem leito ou sem emprego?
Salve-se quem puder.
O primo do amigo da minha vizinha pegou.
Depois o vizinho do cunhado dela.
Depois ela. 
Depois vários outros.
De repente os números começaram a ganhar rostos.
Nomes, histórias, saudades...
Mil pessoas mortas por dia é só um dígito.
Uma pessoa amada morta é um punhal.
Uma cicatriz eterna.
A gripezinha que quebrou a economia.
Que adiou uma olimpíada.
Que colocou o mundo de joelhos.
Que fez o ateu ter vontade de rezar.
Uma guerra contra um inimigo invisível.
Que os livros do futuro hão de registrar.
Faltou caixão, sobrou soberba.
Faltou ar, sobrou medo.

_Texto retirado da internet.

sábado, 3 de julho de 2021

Noites traiçoeiras

As noites são as piores... queria poder deitar, fechar os olhos e dormir. Simples assim. Nem os pensamentos me inquietam tanto, mas os sentimentos que afloram e faz a solidão gritar. As lágrimas vêm. E bate uma tristeza doída. 
Eu me sinto tão exausta. Quando que isso vai passar, quando? Será que passa?

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Quem sabe?

Definitivamente eu não fui feliz no amor. Eu sonhei com histórias românticas. Eu sou uma romântica. Mas não deu. Acho que não é pra mim. Não nessa vida. Quem sabe numa outra?