terça-feira, 29 de setembro de 2020

Tristeza

Não é só mal estar, dor no estômago, cólicas, dor na coluna, no ciático, diarréia, desânimo e fraqueza.  É muita tristeza também. Eu tô triste, muito triste. E a tristeza é o pior de tudo o que estou sentindo. 

sábado, 26 de setembro de 2020

Imagem

Essa imagem mexeu muito comigo... Mesmo que agora pareça difícil, eu sei que vou chegar lá. Eu sei.

Sem alento

Acho que ninguém passa por alguma coisa a toa. Se hoje meu sofrimento é duro pra mim e muito difícil de superar, com certeza é porque eu mereço. Acredito que o mundo dá voltas e devo estar na volta que tenho que pagar por coisas que fiz ou que deveria ter feito e não fiz. Cabe a mim tentar fazer diferente pra superar e vencer, mas essa tá sendo uma luta de tão difícil embate... Me sinto tão fraca, tão incapaz. Meu coração tá tão destruído e sem alento... Nesse momento me sinto morrendo aos poucos. Não sei nem se sou digna dessa batalha.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Sem equilíbrio

Eu tô me sentindo tão sem equilíbrio. Tão triste, tão sem chão. Respirar dói. Eu tô tão cansada. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Sinto muito

Hoje o meu dia está sendo especialmente difícil, mais difícil. Eu não sei aonde eu vou parar nessa turbulência de sentimentos, de emoções que estão tomando conta de mim dia após dia, noite após noite. Acho que eu tô começando a pirar, tá muito difícil de aguentar a barra que se transformou a minha vida. Sinto vergonha, tédio, medo, desespero. Sinto tudo ruir. Sinto tudo, sinto muito.

sábado, 19 de setembro de 2020

Eu me sinto presa

Ele ligou ontem a tarde, dia seguinte a sua chegada em Aiuruoca, pra dizer que sabe que vacilou em não ter me avisado que havia chegado bem... Eu mandei uma mensagem anteontem a noite, perguntando se ele tinha chegado bem. E até ele ligar, antes esteve on line e deve ter visto minha mensagem, mas não respondeu, deve ter esquecido. Antes de ligar também postou fotos do lugar no Facebook. E eu me senti tão pouco importante. Sua demora em me responder me fez sentir de novo que as coisas mudaram. Que seus sentimentos e atenção não estão mais tão ligados a mim. E que eu preciso com urgência me libertar da dor que isso me causa e insiste em corroer minha alma. Eu sempre o incluí facilmente na minha vida, nos meus planos e interesses. Ele nem tanto. Sempre foi mais livre. E isso sempre me entristeceu.
Eu não sei porquê, diante de tudo o que já foi e está sendo jogado tão explicitamente na minha cara de novo, eu ainda não ter conseguido dar um basta em tudo isso e começar a buscar um novo caminho pra minha vida. Isso me faz sofrer muito. Sempre fez. Eu me sinto presa.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Eu juro

Dessa vez Celso foi para Aiuruoca, um município de Minas Gerais, onde o seu primo mora e está montando um empreendimento. É um lugar cheio de belezas naturais, muito verde, muitas cachoeiras, muita natureza. Estivemos lá há uns dois anos atrás e o lugar é realmente encantador. Seu primo lhe pediu uma assessoria em relação a uma área de camping que está criando, com uma cozinha comunitária, e como o Celso gosta de lidar com essas coisas, pediu uma ajuda pro layout do local. E ele foi com gosto. É interessante ver como que ele fica empolgado com essas coisas, parecendo uma criança que ganhou ou sabe que vai ganhar um presente esperado. Foi hoje e disse que retorna no domingo. Três dias e três noites.
Eu vou ficar esses dias e noites sozinha. E agora, ao deitar, fico me imaginando nessa rotina, mas sem o seu retorno, daqui um tempo quando ele for embora... Eu juro, eu não queria me sentir tão deprimida quando me lembro disso. Eu juro que eu não queria que doesse tanto quanto dói cada vez que eu penso que esse dia pode chegar a qualquer momento, mas eu não estou  conseguindo. A sensação de pânico é terrível, e eu só sinto medo. Muito medo. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Viagem

Eu nunca gostei de sair sozinha. Imagina viajar sozinha... difícil de imaginar. Mas estou começando a ponderar sobre isso e fazer, viver a experiência de ir para algum lugar, um final de semana sozinha para ver como que eu vou me sentir.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Ledo engano

Meus últimos três dias foram tranquilos. Sem aquela ansiedade horrível, aquelas sensações de pânico que eu tava sentindo e todo o desconforto das últimas semanas... uma trégua. O Celso ficou em casa esses dias, e acho que por isso eu relaxei. Eu sinto falta dele perto de mim. Infelizmente a minha hemorróida me atacou e coincidentemente, a dele também. Eu a tenho há muitos anos desde que tive o Leonardo. Já o Celso, reclamou de um incômodo há uns dois anos, talvez, e agora aconteceu de novo. Foi meio hilária a situação, e descontraiu um pouco nossa relação apesar do incômodo físico que uma hemorróida causa. A gente com nossas bundas inflamadas, andando meio de perna aberta, usando pomada para aliviar... nosso cumprimento ao acordar era sempre, "E aí, melhorou a beirola?" E ríamos juntos. Ainda estamos cuidando, mas realmente melhorou bastante. 
Isso fez com que ficássemos um pouco mais próximos. Mas o que não mudou ainda e eu tô sentindo muita falta é de uma aproximação maior quando nos deitamos para dormir. Não tô falando de sexo, até porque nesse momento, com o nosso probleminha não daria. Tô falando de carinho, de um conchego nesse momento onde só estamos nós dois na cama, no silêncio da noite. Mas ficamos cada um no seu lado, parecendo não saber o que fazer. Nessa hora eu não sei o que ele pensa, mas eu sinto muito por essa distância estranha que me deixa bastante incomodada e sensível até adormecer. 
Em contrapartida, todo dia antes de sair para continuar com suas ocupações diárias, ele não sai sem me dar um beijinho nos lábios. Um ato que ao mesmo tempo que me deixa feliz, também me causa certa estranheza. Estranheza Porque diante de tudo o que a gente passou e falou nesses últimos dias, e a iminência dele ir embora, fez com que eu não saiba ao certo qual é o seu sentimento ao me beijar. Talvez eu esteja procurando fantasmas onde não existem, mas ele disse que vai embora, e eu não consigo esquecer isso. Eu me baseio nisso. Falamos duas vezes sobre esse assunto, antes dele viajar para Natal e depois que ele voltou, há um mês atrás, onde reafirmou sua intenção. Depois não falamos mais sobre isso novamente e, confesso, tenho medo do que posso ouvir. E isso está me causando um redemoinho de sentimentos e emoções, num desconforto real por essa nova realidade na minha vida.
Ele continua na obra, arrumando a casa. Enquanto isso, continuamos juntos numa relação delicada, pelo menos da minha parte, porque como eu não quero que ele se vá, não sei como me comportar diante disso. 
Consegui dormir três noites mais tranquila, mas ontem bateu a angústia novamente. Foi só ele comentar que pela manhã iria sair para procurar pisos, pois o filho já tinha disponibilizado um dinheiro para a compra do material. E aí a ficha caiu de novo. A reforma da casa tá acontecendo porque eles estão empenhados em irem morar lá assim que a casa tiver condição de abrigá-los. E como ele sabe que eu não quero que ele vá embora, então penso que esse beijinho que me dá antes de sair, de uma certa forma, é um afago de consolo para que eu não sinta tanto antes dele ir de uma vez. Ledo engano.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Pausa

Meu domingo foi mais agradável. Foram poucos os níveis de tensão. Consegui me manter mais relaxada e o dia passou bem mais tranquilo. Houve um momento em que fiquei sem saber o que fazer, quando ele me perguntou se eu ia no aniversário da filha de um amigo, e eu fiquei num dilema em pensar se deveria ir ou não, por ele. Eu não fui no ano passado, esse amigo me aborreceu uns poucos anos atrás e eu me afastei dele. Mantenho só um contato educado, não me sinto mais a vontade. Mas ponderei porque quase não saio com ele pra ir em eventos de amigos dele, então as vezes penso que deveria fazer um esforço pra acompanhá-lo, afinal somos um casal. E diante do que estamos passando, pensei que não ir pioraria um pouco mais nossa situação já distante. Mas decidi não ir. Como no ano passado, ele foi sozinho. Mas foi melhor assim, eu ia me sentir mais só ainda nesse momento. Ia ficar meio que sozinha na festa, porque ele iria se juntar pra beber e conversar com seus amigos e eu ia ficar desconfortável e sem assunto junto de pessoas que não tenho intimidade. Foi o que expliquei pra ele, e tenho certeza que foi melhor. Eu já sei como funciona. Ele sabe. Nós sabemos. E assim, passei a tarde sozinha em casa assistindo filmes, mas me sentindo realmente tranquila. Foi uma boa pausa nos meus sentimentos conturbados. Poderia ficar sempre assim. 

domingo, 13 de setembro de 2020

Preciso

Me ame quando eu menos merecer,
pois é quando eu mais preciso.

sábado, 12 de setembro de 2020

Ainda não dá

Eu tô com uma puta pena de mim. E sei que as coisas só vão começar a melhorar quando eu parar de sentir pena de mim. Mas por enquanto, ainda não dá.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Companhia fria

Sinto que a internet se transformou na minha única companhia. Com tristeza eu digo isso. E com mais tristeza ainda eu digo, que é uma companhia fria demais. 
Eu tô tão cansada, tão cansada...

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Embate

Eu me sinto levando tapas na cara o tempo inteiro cada vez que eu me deparo com essas reflexões que surgem a todo momento. E Por que eu não aprendo? Por que está tão difícil superar esses incômodos que venho sentindo? Estou em conflito comigo mesma. Mente e coração num embate opressivo.
"Nada aprisiona você, a não ser seus pensamentos;
Nada limita você, a não ser seus medos;
Nada controla você, a não ser suas crenças".

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Insone

Praticamente, todas as noites quando eu deito pra dormir, eu choro. Num sentimento de grande solidão. Tem sido assim nas últimas semanas. É o momento em que me sinto mais sozinha, ainda que o Celso esteja deitado ao meu lado. Raramente há um toque. Ele se vira para um lado e eu para o outro. Mas isso já é meio que uma coisa nossa, porque infelizmente, eu me sinto mais confortável deitada, virada para o lado direito, enquanto ele se sente melhor deitado, virado para o lado esquerdo. Desse jeito, acabamos ficando um de costas para o outro. 
Antes de entrarmos na crise em que estamos, já estávamos numa outra crise. Essa primeira crise já tava me incomodando pelo tempo de duração que tava levando. Foi muito ruim, e culminou com ele indo viajar para Natal e ficando praticamente dois meses por lá. É claro que nesse tempo eu pensei e refleti muitas coisas. Se antes dele viajar eu já estava incomodada com nosso distanciamento, quando ele foi embora a coisa só piorou pra mim. Ele retornou e as coisas não melhoraram. Pelo contrário, ele decidiu que seria melhor não moramos mais juntos. Isso me doeu e me dói muito até agora. Eu já disse a ele que não é uma coisa que eu queira, mas me parece que ele continua com esse pensamento. E ainda só não foi embora porque tá arrumando a casa da mãe dele para ficar habitável novamente e assim poder voltar pra lá. E pelo que me disse, seu filho vai também. Eu ainda não sei se é ele que vai morar com o filho na casa, ou se é o filho que vai morar com ele. Falando assim, pode parecer que "a ordem dos fatores não altera o produto", que não faz diferença. Mas no contexto de tudo o que vivemos ao longo de todos esses anos, faz sim, muita diferença. Ao menos pra mim.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Cadê você, amor próprio

Eu tô aqui me olhando e pensando... Eu tô com 51 anos de idade, que não é pouca coisa, eu jamais pensei chegar nessa idade. Quando eu era criança achava essa idade tão distante, que pensava não chegar até aqui. E hoje cá estou, sentindo coisas que acho não deveria sentir, não tanto quanto estou sentindo. Me acabando num sentimento horroroso de pena de mim mesma, que eu já vivi antes, nos imaturos anos da juventude. Já passei pelas mesmas dores anos atrás. Iguais. Era pra eu ter aprendido alguma coisa. Pelo menos a me blindar. Por um tempo eu achei que já tivesse superado e cheguei a bradar que nunca mais eu passaria por isso novamente. Eu achei. E aí, de repente, eu me vejo agora, sentindo tudo de novo com pavor, num sufoco, num incômodo, porque o meu marido disse que vai embora. São 20 anos juntos, e é verdade que nossa relação andava bem desgastada nos últimos meses e essa quarentena devido a pandemia piorou muito tudo isso, deu um nó na nossa vida. Ele tá todo na reflexão, se dizendo com a cabeça mais organizada em relação as coisas da vida, e decidiu que vai embora. Se antes era um falar da boca para fora, se aproveitou do fato que coincidiu com seu filho, que está com 29 anos, lhe dizer que quer morar na sua casa, que está vazia, e então acho que ele se apegou a uma idéia de resgate de si próprio e ao mesmo tempo de um outro resgate com esse filho, com qual sempre se sentiu culpado por coisas que ficaram mal resolvidas em relação à maneira como se comportou na sua infância e depois, ao longo dos anos, gerando um fastamento entre eles. Eu, particularmente não vejo dessa forma. Nunca vi. Peguei uma parte desse tempo, principalmente quando o garoto, ainda criança, morou com ele. E só o que eu vi foi amor, dedicação e preocupação. Uma importância tremenda do pai para com esse filho. E do que eu conheço do meu marido e o pouco que conheci do seu filho, me fez ver o quanto esse filho é egoísta e só age por interesse próprio, na verdade pouco se importando com o pai. Sempre achei e continuo achando que ele tem algum problema. Mas, eu acho que ele se aproveitou desse incentivo. Porém, me disse que não é a sua intenção que a gente se separe, ou seja, vamos continuar juntos, porém morando em casas separadas. Houve um tempo em que eu achei que isso poderia ser bom para nossa relação, mas dessa vez, e talvez pela maneira como as coisas aconteceram nos últimos tempos, isso bugou minha cabeça. Talvez porque eu tenha me acostumado com a sua presença, em tê-lo sempre por perto, eu também me acostumei a cuidar dele mesmo que às vezes me sentisse esgotada com isso. Simplesmente minha cabeça não tá aceitando essa nova realidade que ele pensa em vivermos. 
E aí eu não tô bem, e desde que ele me comunicou essa novidade, eu não consigo dormir até tarde como antes eu fazia (e gostava), se bem que isso tem um lado bom, porque eu queria passar a acordar cedo. Mas acordar cedo e não fazer nada não adianta muita coisa. Eu acordo cedo por desassossego, coração batendo a mil de ansiedade, numa angústia que não passa, e assim fico parada numa letargia que toma conta de mim. Fico deprimida, me sentindo fraca...
Eu preciso me ocupar com alguma coisa, eu preciso fazer algo de útil pra mim. Eu oro para que Deus me liberte desses sentimentos, me cure dessas emoções ruins. Eu tô esgotada, querendo fazer terapia, só que a grana é curta e eu fico pensando como é que eu vou bancar mais isso. Estou me sentindo sufocada, perdida, e sentindo dores que não sei como curar. E isso já tem uns meses (ele ainda não foi embora porque está arrumando a casa, fazendo umas reformas), começou antes dele ir pra Natal, meio que para ajudar sua sobrinha que mora lá, e tem um filho autista, meio que pra se afastar dessa nossa relação ruim. Ficou por lá quase dois meses e voltou ainda com a mesma idéia. Eu o sinto se distanciando e não sei como agir. Não sei se é coisa da minha cabeça, pois não falamos mais sobre isso. Estamos agindo normalmente, aparentemente. Tenho medo. E tô me acabando em angústias. Só consigo pensar que eu preciso me preparar para quando ele sair de casa. E eu não tô conseguindo. Cada dia que passa, meu esgotamento mental e físico me mostra que isso não é vida. Que eu preciso tomar uma atitude em prol de mim, resgatar meu amor próprio que eu nem sei por onde anda tem tanto tempo. E essa busca tá sendo tão terrivelmente dolorosa e difícil que me faz me perguntar se eu tenho mesmo esse tal amor próprio. E como é triste me fazer essa pergunta. Porque não é possível que eu seja uma pessoa tão fraca, tão sem brilho, tão sem luz assim. Que ponto eu cheguei.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Nao há

Não tenha medo da dor, não se deixe subjugar pela solidão. Não há crise que não passe, não há tormenta emocional que não se dissipe. Não há dificuldades que não possam ser transpostas.

Augusto Cury

domingo, 6 de setembro de 2020

Cada um com seu cada um

São 20:22 de um domingo de temperatura quente. Um domingo preguiçoso como todos os domingos, em sua maioria. Pra quem tem coragem, devido a pandemia, e condições pra isso, esses dias de final de semana prolongado é prato cheio para quem tem para onde viajar, e sinceramente, às vezes sinto uma invejinha dessas pessoas, mesmo com o transtorno de pegar trânsito pesado nesse período. Mas deve valer a pena.
Enquanto isso, aqui em casa, estou eu na sala assistindo a um filme antigo na tv, a minha filha no seu quarto, talvez e também assistindo algum filme ou batendo papo no whatsapp ou ainda no vídeo game. E Celso no nosso quarto, também assistindo na tv a algum esporte. Juntos nessa noite quente de domingo, porém separados, cada um num cômodo da casa... E vida que segue. 

Esquecer

Eu percebi que eu tô indo pelo caminho contrário há 20 anos. Tô indo pelo caminho errado. 
Durante todo esse tempo eu chorei, eu me desesperei, eu sofri, sempre querendo que ele me amasse, que me olhasse, que me percebesse, que me desse a importância que eu sentia não ter em sua vida. Eu ouvia aquela música do Peninha, que o Caetano Veloso gravou e que diz: "Por que você me deixa tão solta? Por que você não cola em mim? Tô me sentindo muito sozinha." E como doía no meu coração esses ouvir esses versos... Porque era exatamente assim que eu me sentia. Solta. Foram tantos anos, tanta dor por amar demais... Eu amei mais a ele do que a mim mesma, e isso nunca podia ter acontecido. Isso não pode ser normal. Eu não posso ter menos importância do que qualquer outra pessoa. Mas infelizmente foi assim que eu me senti, foi assim que eu agi, foi assim que eu vivi.
E hoje eu percebi que eu tenho que mudar essa realidade, ainda que tenha se passado tantos anos, não pode ser tarde. Eu tô viva e apesar da minha vida ser difícil no que tange a parte sentimental, não é uma ideia que me atrai deixar de viver. 
Eu hoje quero uma coisa só: focar em me desvencilhar desse sentimento que eu vivi sozinha muito tempo. Não quero mais amar essa pessoa que não me dá o retorno que eu preciso. Eu acho que ele sempre foi mais meu amigo do que outra coisa. E não que isso não tenho seu valor, não é isso! Mas eu sinto falta de um homem que me ame, que mostre isso com os olhos, com atos, palavras, com saudade, com vontade de estar perto de mim, que sinta minha falta como mulher. Mesmo com a massacrante rotina que a vida nos impõe. Se um dia ele sentiu isso, com certeza já acabou. Perdeu-se a motivação, a vontade, o tesão. Eu sei que tive minha parcela culpa, bastante até. Mas não adianta eu continuar amando e sonhando, tendo vontades, querendo ele para mim, comigo, sendo meu homem, se ele não sente mais a mesma coisa em relação a mim. Então, em nome de tudo que eu já vivi, de tudo que eu já passei com ele, todas as dores e mágoas, tudo que eu chorei por tanto tempo, eu não quero mais amá-lo. Eu desisto desse amor unilateral. Quero retirar esse amor de dentro de mim, quero poder olhar para ele como ele deve olhar para mim hoje, com carinho sim, amizade sim, e com respeito. Mas sem esse amor que eu cultivei por tanto tempo, e ainda que tenha adormecido pela rotina e dificuldades que encontramos ao longo do caminho, estava sempre ali. Eu preciso começar meu processo de esquecer esse amor. Esquecer ou transformá-lo em outro que seja bom pra nós dois, mas principalmente pra mim. Eu preciso. E é urgente.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Esperança vã

Dizem que sempre há esperança.
E eu já tive muita esperança. Mas por outro lado, a esperança, as vezes, corrói. Se torna algo a temer, quando se percebe que é uma esperança vã...
Eu espero que esse tempo que estou tendo, até que ele vá embora, me ensine a lidar com a falta que vou sentir. Que não doe tanto quanto ja doeu (e ainda dói), e que eu possa entender e aceitar os porquês dessa história.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Viver só

É diferente quando eu tô em casa sozinha o dia todo, porque saber que ele retorna em algum momento, me traz conforto, me deixa em paz. Imaginar que, daqui a pouco, ele vai estar dizendo "tô indo embora", me traz de volta toda uma angústia e desespero que já senti e não queria mais sentir. Eu tô tentando me preparar para não enlouquecer quando chegar esse momento, mas é muito difícil. Não sei se eu vou conseguir.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Dói muito

"A dependência emocional é uma prisão que nós mesmos nos algemamos".

Desde que Celso disse que pretende ir embora, depois dos primeiros dias tensos e dolorosos pra mim, tenho alternado dias frios com outros cheios de angústia. Os dias frios são apáticos, não sinto nada. Os dias de angústia, a palavra já diz.
Tô me sentindo muito sozinha. Eu nunca tive problema em ficar sozinha. Até gostava. Sou introspectiva, e por isso um tanto antissocial. Eu sempre fiquei relativamente bem sozinha. Sempre me foi confortável. Mas hoje percebo que esse conforto se dava porque eu sabia que na verdade, eu não estava sozinha realmente. Eram momentos sozinha, mas ciente de que logo alguém chegaria, afinal não moro só.
Mas nos últimos tempos tenho sentido solidão mesmo. Mesmo com minha filha em casa, mas dentro do quarto o tempo todo, e Celso passando o dia todo fora, que quando chega sinto seu distanciamento. Essa quarentena sem fim, com expectativas das mais diversas, desencadeou momentos muito ruins na minha vida. E eu tô sentindo a solidão batendo forte.