terça-feira, 30 de março de 2021

Eu achava que era forte

São tantas situações acontecendo ao mesmo tempo. A pandemia no auge de sua devastação, com a vacina sendo aplicada na população por ordem de idade e 
o medo de ser infectado nesse momento em que esperamos pela nossa vez. A esperança da imunização se debatendo na insegurança de como tudo está acontecendo. A vida não espera. A vida acontece. E eu prefiro acreditar que vai dar tudo certo.  
Pelas datas de vacinação nos calendários que estão sendo divulgados pelo governo, a minha deve acontecer pelo próximo mês de maio. E eu espero que eu consiga chegar até lá, resistindo a tudo o que vem ocorrendo. Lá se vão mais de 12 meses de pandemia... e tanta gente já morreu, tanta gente ta morrendo a cada dia, cada vez mais.
Tirando a pandemia, calamidade mundial, tem todo o resto da vida da gente que também não é fácil. Nosso trabalho parado, muita coisa parada, o medo que a gente vem sentindo há mais de um ano. Meus pais precisando de cuidados, debilitados pela idade e saúde. Minha mãe, a cada dia que passa, se não tá piorando, melhora a gente não vê. Cada vez mais precisando de mim e dos meus irmãos. E eu sentindo, até o momento, que ainda não consegui olhar a ficha caída. É muito difícil quando você tem a sua vida sacudida por conta de uma coisa que você não esperava, não imaginava. Minha mãe sempre foi tão ativa sempre tão forte. Eu nunca imaginei que ela fosse ficar como está. E o pior é não saber como isso aconteceu, porque não vimos, não percebemos. Uma hora ela estava trabalhando e noutra não tinha mais condições sequer de caminhar direito. E ainda que vá ao médico e que faça exames, nada ainda explicou exatamente o porquê de tanta debilidade numa pessoa que foi ativa toda a vida. É muito estranho. Eu tenho muito medo do que vem por aí. Eu tenho medo de não aguentar. Eu achava que era forte. Mas tô vendo que não sou. Eu tô descobrindo minhas fraquezas, cada vez mais, e só eu sei. 

quinta-feira, 25 de março de 2021

374 dias

Desde que parei de trabalhar para iniciar o meu distanciamento social devido a pandemia do novo coronavirus, já se passaram 374 dias. Um ano e nove dias. 
O início de tudo foi muito apavorante devido a estarmos ainda conhecendo a extensão desse grande mal. O tempo passou e continuamos com medo, com muito medo. Mas pelo menos com informações sobre como nos cuidarmos. Com tudo, estamos vivendo muitos problemas econômicos e políticos, moral, de saúde e de educação, entre outros. São muitos os problemas e muitas as divergências entre as pessoas. Só me vem à cabeça a frase da música de Renato Russo: "a humanidade é desumana". Enquanto isso, muita gente tá morrendo. Assustadoramente chegamos ao número de mais de 3.000 mortes em 24 horas. E mais de 300.000 mortos pela covid-19, desde que começou a pandemia, só no Brasil. Dizem estarmos na 3ªonda dessa tragédia. Nunca houve tantos mortos por dia levados por essa doença.
É assustador. Dói. O que vai ser de nós? Onde isso vai parar? Vai acabar? Quem vai sobreviver?

sexta-feira, 19 de março de 2021

Eu te amo

Você nunca devia se sentir trouxa por dizer eu te amo. Afinal, é você quem sente amor. E isso diz muito mais coisas sobre quem você é.

terça-feira, 16 de março de 2021

O que será o amanhã?

A vida da gente é cheia de altos e baixos. Uma hora a gente tá bem, e de repente, se vê mergulhando fundo num abismo absurdo.
Que loucura é essa? 
Vivi momentos duros nos últimos meses. Aliás, praticamente o ano de 2020 todo num sentimento doído. Me arrasei. Foram crises de ansiedade duradouras. Foram medos assustadores de não conseguir sair daquela situação. 
Eu superei?
Na verdade, sinto que melhorei. O tempo sempre ajuda. Continuo numa gangorra, porém me sentindo bem mais tranquila depois de tudo o que vivi e senti. A vida é um redemoinho de emoções e nem sempre a gente consegue se manter equilibrado. Às vezes é difícil manter algum equilíbrio. 
Eu tô vivendo do jeito que consigo, sentindo o que o sentimento traz na hora. Porque sou uma pessoa singular, e todos têm seu ponto fraco, seu ponto forte. Quais os meus? Depende. Depende de muita coisa. Hoje eu estou bem. Amanhã? O que será o amanhã?

quinta-feira, 11 de março de 2021

Peso de existir

Eu queria aprender a controlar minha ansiedade. Nos últimos tempos têm sido muito difícil. Eu não consigo ficar tranquila com as coisas difíceis que acontecem comigo. Me dá angústia, medo, insegurança... Ando sentindo certo pavor em lidar com os infortúnios que vem surgindo. Minha cabeça dá uma pirada, me sinto perdida e sozinha pra resolver tanto. Não tenho com quem contar. E isso me abala de um jeito que eu não queria. Me questiono: o que é ser forte? É passar por situações difíceis, com medo, dúvidas e não demonstrar? Não falar, passar sufocos, até sentir dores fisicas e fingir que nada está acontecendo? É sufocante demais. Eu queria tanto ajuda. 
"Ninguém tem ombro pra suportar sozinho o peso de existir."
E eu cheguei aos 52 anos numa crise existencial bem sofrida. Que ninguém sabe. Ninguém quer saber. E como tá difícil sair dela. 

terça-feira, 9 de março de 2021

Da sua maneira

Não generalize o sentir. Cada um sente da sua maneira.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Perdida

Eu tô perdida. Eu tô perdida. Preciso me achar.

Comigo mesma

Eu preciso de um grande encontro comigo mesma. Preciso me fortalecer, me blindar, me sentir forte comigo mesma. Será que eu consigo? Eu já sei que preciso, eu só ainda não sei como chegar lá.

Me deu muita coisa, sim

Você pode achar que não me deu muita coisa, mas me deu sim.
Me deu seu olhar prático quando eu não tive; sua disposição em fazer as coisas que eu não tinha; sua boa vontade em ajudar enquanto eu nem me tocava. Sua criatividade a mil, uma idéia e sua construção; me deu sua atitude em realizar coisas que eu nem imaginava; sua comida gostosa, enquanto que eu não gosto de cozinhar; um conserto aqui, um ajuste ali; um me levar e me buscar sem reclamações, onde quer que fosse; um afago e um abraço. 
Tem mais coisas. Tem muito mais coisas.

Eu vou me adaptar

Coração ficou pesado de novo depois de outra divergência de idéias com Celso. Mas vou superar novamente e logo voltar a mim e aos meus esforços de me manter equilibrada e sã diante do que tenho passado nos últimos tempos. Eu vou me adaptar a minha vida como está agora. Definitivamente minha zona de conforto acabou. E sair dela, depois de tantos anos, é bem difícil. Ter que viver o desenrolar de uma nova dinâmica de vida está sendo bem difícil. Mas, ao menos, eu já consegui enxergar que não dá mais pra olhar e cuidar só do que facilmente eu controlava e agia quando queria. Acabou essa era. Entrei numa outra etapa de vida que eu não esperava, mas que está aí, e não tenho como dar as costas porque, mesmo que quisesse, não conseguiria. É a vida, a minha vida se desenrolando ao sabor do destino. E por hora, dói. É difícil. Me assusta. Mas eu vou me adaptar. Eu sei que vou.

Fugaz

Tô eu aqui, eu e meus pensamentos da madrugada... engraçado como é que nessa hora tantas coisas vêm na cabeça da gente. Eu sinto, às vezes, vontade de correr para cá e colocar tudo que tá passando na minha mente. Mas desisto. É tudo tão fugaz. É melhor dormir, descansar a mente.

segunda-feira, 1 de março de 2021

Eita 52

E cheguei hoje aos meus 52. 
5.2 de idade. 
Acho que cheguei longe. 
Eu lembro quando eu era criança e naquele tempo pensar em chegar aos 50 era uma coisa tão distante, tão difícil de atingir. As pessoas nessa idade eram tão senhoras e senhores. Ao longo dos anos, de lá pra cá, tudo mudou tanto... 
Cheguei aos meus 52 e infelizmente num momento que não tem sido muito bom para mim psicologicamente falando. A gente nunca foi tão jovem aos 50 anos, mas também nunca foi tão perturbado mentalmente. São tantas as questões as quais nos debatemos em conflitos existenciais que nos tiram do eixo... Será que antigamente também era assim? Acho que não. Ou talvez não tanto quanto nos dias atuais. Acho que as preocupações do passado eram outras. O equilíbrio coletivo se dava na obediência aos pais, professores, governo. Na maioria das vezes sem contestações. Hoje se contrata por tudo. Tudo mesmo. Com ou sem critério. Isso causa um desgaste e conflitos que muitas vezes