sexta-feira, 30 de junho de 2023

Expectativa 3

Infelizmente não consegui o vôo de ontem. Houve a interferência de um brigadeiro que decidiu diminuir a quantidade de pessoas que estavam lá, aguardando o vôo, para que ele e outros militares de maior patente pudessem viajar com mais folga dentro do avião, caso contrário ficariam todos muito apertados. Era um avião de carga, bem grande, com bastante vagas, que ele mandou diminuir a capacidade para ter mais conforto. Queria não julgar, mas não deu, fiquei indignada! Minha volta seria praticamente certa. E por isso, eu e outros não conseguimos. Tinha muita gente aguardando. Talvez todos não conseguissem a vaga, mas muitos perderam a oportunidade por conta da ordem desse brigadeiro, infelizmente. 
Agora eu tô aqui numa nova expectativa. Meu filho tinha me inscrito pra tentar um vôo até amanhã, sábado. Como ontem não aconteceu, posso ainda ser chamada para algum vôo nesse último dia dessa inscrição. E será mais uma tentativa. 
De qualquer forma, hoje ele fez uma nova inscrição pra tentar a chamada a partir de domingo até quinta-feira. Pra amanhã, sábado, eu não tô acreditando muito. Seria maravilhoso, perfeito se acontecesse! Mas, fiquei decepcionada de ontem, e não tô confiando não. Porém, mais uma vez, sinto que a confiança pode voltar para a próxima semana, já que as possibilidades melhoram. Quem sabe dessa vez acontece! Mas, também será o meu limite de espera. Infelizmente, caso não consiga de novo, comprarei uma passagem de ônibus (porque de avião está muito cara neste momento). Minhas férias acabam no dia 5 de julho. E além do retorno ao trabalho no dia 6, também é o aniversário da minha filha. Tenho motivos importantes para já estar em casa nesses dias. Então, seja o que Deus quiser! 

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Expectativa 2

Não fui chamada para o vôo de ontem, mas me chamaram para o de hoje como reserva, que eu já imaginava que seria. Como reserva não há certeza de que consigo a vaga, pois é necessário haver desistências de titulares ao vôo. Mas estou confiante que conseguirei embarcar. Preciso retornar e hoje seria ideal. É claro que se não acontecer ficarei mais preocupada com a minha volta para casa, porém, é como se diz: "um dia de cada vez" e Deus tem seus planos, que nem sempre são iguais aos nossos. Mas eu só tenho a agradecer. A estadia na casa do meu filho tem sido muito boa e me deu o que eu precisava, relaxar um pouco das tensões cotidianas da minha vida de lá. O Leo também aproveitou bastante ter a mamãe tão perto todo o tempo, afinal fomos só nos dois nesses dias. Coisa que não acontecia desde que ele saiu da nossa casa e veio morar em Brasília, há quase 10 anos. Até cozinhar, ir no mercadinho, na farmácia, na padaria foi diferente, foi mais leve e até (quem diria!) satisfatório, pois me distraía e não me deixava no completo ócio (que a Ingrid não saiba disso!). Aqui é tudo muito silencioso e quase não se vê os moradores. Deve ser porque são apartamentos. Estamos no terceiro andar, a vista da janela é para uma quadra de estacionamento praticamente vazia, telhados de casas e outros prédios em frente. Passava um carro da pamonha todo dia e eu desci duas vezes para comprar, pois adoro pamonha. Mas ele parou de passar. E justamente quando pensei em comprar mais quantidade. Fiquei na vontade.
Mas hoje, se Deus quiser, estarei voltando pra casa. E de volta à minha rotina, espero me sentir revitalizada por um bom tempo. Que assim seja! 

terça-feira, 27 de junho de 2023

Expectativa

Hoje eu fiquei aguardando que pudesse ser chamada pra voltar amanhã pra minha casa, através do CAN. Mas, infelizmente não aconteceu. Então, segue o meu pensamento mais que positivo, fervoroso, para que amanhã isso possa acontecer e assim eu possa retornar pelo menos na quinta-feira, que já seria o que eu tinha pensado. Mas, infelizmente não depende do que eu penso ou até do que eu quero. Depende da chamada, e eu preciso ir embora essa semana. Preciso dar uma força pra minha filha, ver minha mãe, meu marido, minhas Menah e Ruby. E ter que comprar passagem vai ser duro, porque tá bem caro. 
Oração positiva de rogo e dedos cruzados pra reforçar que amanhã serei chamada pro vôo. Que Deus me ajude!

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Satisfeita comigo

Hoje começa a expectativa do retorno para casa. Aguardando a chamada pro CAN e ansiosa por voltar. Foi ótimo estar aqui na casa do meu filho. Relaxei, descansei, deixei de lado um montão dos problemas. Mas tenho que voltar. 
Estou aqui, sentada no meu cantinho da janela, onde o sol bate pra me aquecer um pouco. Aqui fico algumas horas sentada, descobri esse cantinho preferido. Enquanto Leo dorme, eu me levanto, tomo minha água com limão em jejum e me aqueço enquanto olho para os telhados das casas vizinhas, os outros prédios ao redor, ouço os cachorros latindo ao longe, vejo um gato caminhando lentamente pela rua. Aqui é muito calmo. Como foi bom vir pra cá. Eu tô muito feliz. Querendo ir embora e ao mesmo tempo ficar mais um pouco. Mas minha vida é lá no Rio, em Santa Cruz, meu lugar, minhas raízes. E eu sou muito raiz. Posso dizer foi o melhor tempo que passei aqui, depois de já ter vindo outras vezes. Um sentimento de paz e tranquilidade que fazia tempo não sentia assim. Tô com saudades da minha filha, do meu marido, da minha mãe. Mas nesse momento, tô muito mais satisfeita comigo. 

domingo, 25 de junho de 2023

Dez dias

Já estou há 10 dias na casa do meu filho, aqui em Brasília. Vim com a intenção de ficar no máximo esse tempo, mas penso poder retornar para casa daqui mais três ou quatro dias. Assim espero, com ansiedade, a partir de agora. Como estou tentando voltar através do CAN, assim como vim, não há certeza se logo serei chamada. E por isso pode ser que tenha que ficar ainda mais uns dias. Mas estou confiante e torcendo muito para que eu possa realmente ir embora ou na quarta ou na quinta-feira próximas. E que assim seja! 
Pensei que fica mais angustiada ficando aqui todo esse tempo, afinal de contas não é muito fácil ficar com meu filho direto. Apesar da gente ter um bom relacionamento, cada um é cada um, com suas manias, suas peculiaridades e às vezes a gente cansa, quer voltar para nossa casa, nosso canto, nosso refúgio. Amo meu filho. Muito. E sei que ele me ama. Mas também sei que depois que nos tornamos adultos e independentes, criamos nossa própria forma de viver e conviver. Diferenças começam a surgir e muitas vezes podem causar conflitos. Eu entendo que faz parte do processo de individualidade e amadurecimento que todos nós passamos. Mas então é a hora de retornar tranquila e consciente. Para poder voltar numa outra oportunidade e tudo continuar bem. E isso é bom. Muito bom. 

domingo, 18 de junho de 2023

Descanso

Terceiro dia na casa do meu filho. Nada pra fazer. Aqui onde ele mora é bem calmo. Ainda bem que não ligo pra sair, vim mesmo para descansar minha cabeça, sair da minha rotina em casa e ficar com meu filho um pouco. Tenho feito nosso almoço e jantar. Nada demais. Como o Leo está de repouso devido ao procedimento de transplante capilar, faço o que é necessário e o restante do dia, leio, vejo tv ou fico deitada e enrolada numa manta, porque aqui está frio, a casa é fresca e como não estamos no verão, o clima aqui no terceiro andar está frio. O solzinho é muito bem vindo nesses momentos, quando desponta nos cantos da casa ou então, lá embaixo, nos bancos onde me sento só pra me aquecer um pouco. Tudo é bem calmo e silencioso.  

sexta-feira, 16 de junho de 2023

De volta a Brasília

Finalmente estou em Brasília na casa do meu filho, depois de três anos da última vez que estive aqui, no seu aniversário de 27 anos, junto com Celso, Ingrid, Adriano e Menah. Sim, nossa amada cachorrinha veio conosco. Viemos de carro, numa viagem bem tensa e demorada, pois choveu muito.
Dessa vez, depois de tudo certo para a viagem através do CAN, quase que ela não acontece. Mudaram o horário do vôo de repente, seria às 20h e anteciparam para às 17h. Quando meu filho foi avisado, eu tinha que já estar lá praticamente, devido a chamada dos passageiros que fazem cerca de duas horas antes de embarcar. Aí foi uma correria para chegar no Aeroporto da Base do Galeão e tentar, tentar. E deu certo! Com um atraso de quase uma hora e meia da chamada, cheguei e consegui ainda embarcar. Acho que a mudança do horário pegou muitos desprevenidos. Não fui a única a chegar atrasada. O problema é que moro muito longe e chegar rápido, com o trânsito caótico da Avenida Brasil, nem sempre se consegue chegar na hora onde quer que se vá, quanto mais sabendo que já se está muito atrasado. Na verdade, eu já contava que voltaria para casa, sem conseguir chegar a tempo, perdendo assim, o vôo.
Mas deu certo! Cheguei a Brasília por volta das 19h de ontem. E agora cá estou eu, na casa do meu filho, deitada, descansando. Relembrando a correria e a tensão do momento. Vim pra relaxar a tensão, esquecer um pouco minha rotina no Rio, descansar e ajudar meu filho que fez um procedimento de transplante capilar e tem que ficar de molho um pouquinho. Ele está muito bem. Estamos muito bem. Graças a Deus por tudo!

domingo, 11 de junho de 2023

Nem sombra

Eu queria que meu pai tivesse tido uma vida espetacular. No seu fim, foram quase doze anos acamado e dependente pra tudo.
Eu queria que a minha mãe tivesse tido uma vida espetacular. O seu fim está sendo com parkinson, enrijecida e débil. Nem sombra do que foi toda a sua vida independente. Triste ser testemunha desse fim.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Feriadouu

Feriadouuu! E eu aqui, sentada na varanda, esperando Ruby acabar de comer (como enrola pra comer!), pegando um solzinho, numa preguiça que esse solzinho dá, e nada muito elaborado para fazer. Já vai dar meio-dia e tenho que fazer algo junto com a minha filha pra gente comer. Algo leve, mais saudável, porque tô com h pylori e preciso me cuidar. Além de todas as outras coisas, ainda tem mais essa. É... Não é mole não! E vamos que vamos.

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Dilema

Eu posso não ser a melhor filha. A que deveria cuidar da mãe com maior zelo possível. Mas eu me preocupo muito com ela, e penso nela, no seu bem estar e melhor conforto e que nada possa lhe faltar para que possa ficar bem na medida do possível.  Eu, dentro dos meus limites, tento fazer o que posso, porque é muito difícil para mim, desde que ela adoeceu, essa mudança de tudo para mim. Mas ainda assim, me sinto muito culpada. Acho que nunca retribuirei igualmente a ela tudo o que fez por mim. Não sei se filhos conseguem fazer por seus pais tanto quanto eles fazem por nós. Isso me deixa mal. E não é só dizer "é só fazer", não é tão simples assim. Pelo menos não pra mim.