sexta-feira, 15 de setembro de 2017

258/365 - Inocente

Inocente ou ingênua? Não sei. Mas certeza eu tenho de que já fui as duas coisas. Às vezes lembro com saudades do tempo em que essas características eram tão minhas. A inveja, a maldade, e até o medo não me afetavam tanto. Pois eu simplesmente não os percebia. Hoje, olhando pra trás, sinto como se eu tivesse vivido numa bolha. Mas não havia bolha nenhuma. O que havia era a minha falta de noção dos perigos, das mentiras, dos abusos. Então eu vivia essa coisa da inocência, da ingenuidade. E durou. Hoje, aos 48 anos, muita coisa mudou em mim. Acho que a bolha estourou. Mas sinto que ainda existe arraigado em mim alguma coisa daquele tempo...