quinta-feira, 13 de junho de 2013

Um mês

Faz 30 dias que Celso foi pra Natal - RN e fiz um balanço desse período.
Desde o dia que ele disse que iria, me restou três dias pra digerir sua decisão até a sua partida inevitável.
A primeira semana sem ele foi muito difícil. Eu chegava do trabalho e sentia sua falta; acordava de madrugada e sentia sua falta; levantava pela manhã e sentia sua falta.... o cafezinho, me levar para o trabalho, seu cochilo no sofá... tudo estava diferente. Uma sensação de vazio muito grande.
Nos falávamos todos os dias pelo telefone e internet, mas não é a mesma coisa... senti falta de tocar, sentir, olhar.
Na segunda semana já estava mais conformada. Recolocando as coisas no lugar dentro de mim. Dormir ainda era o pior momento. Minha filha dormiu comigo, na nossa cama por toda a primeira semana, mas depois desse tempo voltou para o seu quarto. Não que eu tivesse pedido, ela quem quis. E assim como veio, também se foi. Tudo bem, não tenho problemas em dormir sozinha, mas a falta dele ao meu lado foi bastante sentida, principalmente porque assim que ele se foi o tempo virou e ficou frio. Sem ele senti mais frio ainda.
Na terceira semana, mesmo por telefone, já rolou estresse... a bendita (ou seria maldita?) TPM quis se intrometer em  nosso meio e fiz grande esforço pra não deixar. Creio que consegui. Mas ele disse que só viria em julho e vi que ficaríamos quase dois meses sem nos vermos. Então a saudade voltou a apertar, chegando mesmo a doer.
Mas qual não foi a minha surpresa quando de repente, vinte e quatro dias depois, ele chega, de surpresa. A noite. Toca a campanhia. Eu vou atender e... muita saudade em vários abraços, olhares e sorrisos sendo dissipada. Pelo menos temporariamente, pois sabíamos que dali a quatro dias ele iria embora outra vez. Então, 'bora curtir o momento!
Poderiam ter sido dias maravilhosos pra mim. Mas infelizmente não foi por dois motivos: o primeiro porque tive que suportar meu desconforto em ter que participar de um churrasco na casa da mãe dele com a presença da sua ex mulher (que não tolero) e sua família. Ele me avisou da presença deles hora antes, e eu disse que iria, mas que não me seria nada agradável. E segundo porque ao fim do dia, ao voltarmos pra casa, ele foi comigo ver meus pais e enquanto eu ajeitava o meu pai, que precisava da minha ajuda, ele se afastou e simplesmente foi embora. Quando fui procurá-lo vi que tinha saído com o carro, que aliás já estava na garagem de casa. Fiquei chateada não porque saiu, mas porque nada falou comigo, que fiquei procurando por ele sem saber o que tinha acontecido. E aí, não prestou. Quando voltou não conseguimos nos entender e praticamente não dormimos juntos... ele preferiu o sofá mais uma vez indo deitar ao meu lado muitas horas depois... Que desperdício. Que raiva. Que mágoa. Que pena. Que tudo.
Só no dia seguinte ao longo da manhã foi que conseguimos, com alguma dificuldade, baixar a bola e nos conciliarmos. Aproveitamos então o resto do dia e a noite também, que por sinal foram deliciosos.
Mas, na manhã seguinte, ao despertar do celular, tivemos que nos despedir mais uma vez... Eu tinha que ir trabalhar e ele tinha que voltar pra Natal.
Assim foi o nosso primeiro fim de semana após sua ida pra Natal. Feliz e triste; Bom e ruim. Podia ter sido melhor, mas também podia ter sido pior. Só depende de nós. Sempre.