sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

01/06/2006, quinta

Amor platônico

Existem coisas que não têm explicação. Não sei se estou ficando louca ou se tudo o que ando sentindo está sendo motivado pela carência que toma conta de mim. Há tanto tempo tudo no meu relacionamento com Celso é tão tumultuado que acho que comecei a desenvolver um amor platônico (como assim?!!).

É um amigo querido que tem sido especial pra mim, pois me faz bem, me faz sentir melhor diante de tudo o que passo, das coisas que me entristece e nunca muda. O que é melhor é que não me sinto culpada por isso, pois é natural que uma perspectiva de mudança diante de tanto sofrimento possa me fazer feliz. E ele me faz sentir assim.

Porém… Ele não está perto de mim. E eu não estou perto dele. A não ser por palavras, na maioria das vezes, escritas. Por isso acho que este se tornou um amor platônico, mas nem por isso menos verdadeiro. Um amor-amizade que me envolve e me aquece, me deixa muito, mas muito contente e me acalma. É minha fuga, meu momento de redenção, de esperança, apesar da distancia. É um carinho para o meu ego, e minhas dores neste momento ficam tão menores… Torço por ele e por sua felicidade. Torço até pelo seu time de coração, que aprendi a admirar por tantas conquistas. Torço para que possamos encontrar nosso caminho. Eu aqui, no Rio, minha cidade, minha casa, minhas raízes. Ele lá, em Sampa, sua vida, seus caminhos, seus sonhos.

O fato é que o carinho que tenho por ele é imenso e meu desejo é um dia poder conhecê-lo, poder lhe dar um grande abraço, olhar nos seus olhos e agradecer tanto bem querer. Parece loucura, mas independente de tanta confusão de sentimentos, reconheço que ele tem sua vida e eu a minha. Mas a amizade que aprendi a cultivar e proteger não me abandona e o tenho em meu coração com um amor especial.

Obrigada, Welinton, pelo simples fato de você existir e, mesmo assim, distante, fazer parte da minha vida. Sei que aos olhos de muitos, isto tudo pode parecer um devaneio e causar estranheza, mas é assim. É assim mesmo.




Desespero


Ah, nada mudou... Nada muda, nada vai mudar nunca!

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Que romântico!


Lembrei agora de uma coisa que aconteceu na faculdade no mês passado. Uma coisa tão bonita! Na sala de aula, estávamos em grupo apresentando um trabalho sobre Saúde da Mulher na disciplina de Psicologia em Saúde Coletiva, quando de repente, meu celular tocou. Fiquei constrangida, pois estávamos no meio da apresentação (quase ninguém me liga em horário de aula e por isso até esqueço de desligá-lo), na pressa de ignorar a chamada vi que era da casa da Heloísa. E a própria também estava em aula, na mesma apresentação do trabalho. Falei pra ela: "É da sua casa". Estranhamos a ligação para o meu celular e não para o dela e disquei de volta pedindo que ela verificasse o que estaria acontecendo. Poderia ser algo importante. Ela saiu da sala pra falar e quando voltou explicou que seu marido tentando ligar pro seu celular, e não conseguindo, resolveu ligar para o meu, pois imaginou que poderíamos estar juntas. Preocupada, perguntei se havia acontecido alguma coisa séria, no qual ela respondeu: "Não. Ele só ligou pra dizer que me ama". Sem palavras... Nem preciso dizer que morri de inveja (no bom sentido, claro!). É... eu sou mesmo uma romântica...